Na trama, o Fantasma do Natal Presente (Will Ferrell), ou apenas Presente para simplificar, não se sente mais desafiado pelo trabalho de redimir pessoas ruins na véspera de Natal e decide que o próximo alvo dos fantasmas deve ser alguém considerado irredimível, já que apenas corrigindo alguém assim eles conseguiriam uma mudança significativa no mundo. O escolhido é o relações públicas Clint (Ryan Reynolds), um sujeito completamente antiético, disposto a qualquer coisa para destruir seus oponentes e promover seus clientes.
As canções e números musicais são competentes, mas nada que dê vontade de sair cantando ou que fique na cabeça depois que os créditos sobem, falhando em encantar como deveriam. O arco do Presente acaba sendo redundante com a trama de Clint e acaba alongando o filme mais do que necessário, além da reviravolta que conecta Presente com o romance de Dickens ser relativamente previsível. Boa parte do humor autorreferencial, com piadas sobre clichês de musicais ou o quanto Um Conto de Natal muitas vezes atrapalham o fluxo das cenas e soam mais como o filme tentando disfarçar sua excessiva adesão aos clichês do que uma crítica mordaz da indústria cultural.
Ainda assim, Ferrell e Reynolds tem química suficiente para que acreditemos na construção da amizade entre Presente e Clint, nos fazendo nos interessar pelo destino dos personagens. O final consegue trazer uma emoção genuína para o arco de redenção do protagonista e acerta ao não tentar desfazer o peso da decisão final de Clint, já que isso diminuiria também o peso de sua transformação.
No fim das contas Spirited: Um Conto Natalino é um musical natalino bem
produzido, mas que não consegue encantar como deveria, muitas vezes falhando em
se decidir entre parodiar ou levar a sério seu material.
Nota: 5/10
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