Na trama, Arthur (Nick Blood, o Hunter de Agentes da SHIELD) é um corretor de imóveis judeu que se afastou da família depois de casar com uma mulher não judia, Claire (Emily Wiseman). Agora que a esposa está grávida, Arthur tenta se reaproximar do pai, Saul (Allan Corduner), um judeu ortodoxo. O problema é que o protagonista não quer apenas reparar o relacionamento, mas convencer o pai a vender seu imóvel para que possa saldar dívidas. As coisas se complicam quando um misterioso cadáver chega na funerária de Saul com uma faca cheia de símbolos antigos cravada no corpo e um estranho pingente. O cadáver traz consigo uma entidade sobrenatural que passa a aterrorizar a família.
De início parece que o cerne do drama será essa relação entre Arthur, o pai e a esposa, mas como Saul é morto pela criatura já nos primeiros minutos todo esse drama familiar não vai a lugar nenhum. Não ajuda que o filme estabeleça tão pouco do passado desses personagens e da relação quebrada entre eles para que qualquer um dos eventos, inclusive o desfecho e a tentativa de redenção de Arthur tenham qualquer impacto emocional. Com a morte do pai, imaginei que Hamish (Paul Kaye), que também trabalha na funerária e nutre uma certa desconfiança de Arthur, pudesse funcionar como um elemento de drama, mas uma vez que descobrem os elementos sobrenaturais a relação entre eles rapidamente se conserta.
Sem o drama, resta ao filme tentar se apoiar nos elementos de terror e nesse aspecto ele é lamentavelmente genérico apesar de se apoiar em uma mitologia que não é comum para esse tipo de produção. Há muito pouco em termos de construção de atmosfera, preferindo se apoiar em jumpscares batidos que fazem pouco para de fato assustar e uma criatura que não faz nada de muito diferente de outros filmes de possessão. O visual da criatura é de fato sinistro, mas não é o bastante para fazer o filme funcionar.
A despeito de uma promissora
ambientação em uma comunidade de judeus ortodoxos, Oferenda ao Demônio falha em oferecer qualquer coisa diferente, se
limitando a reproduzir clichês batidos de terror e personagens rasos.
Nota: 3/10
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