A internet ficou em polvorosa
quando saiu o primeiro trailer deste O
Urso do Pó Branco. Era o tipo de premissa maluca que o cinema precisava,
ainda por cima levemente (mas muito levemente) baseada em fatos reais (no mundo
real o urso simplesmente morreu depois de ingerir a cocaína). O resultado final
diverte, mas fica aquém do que poderia ter sido.
A trama se passa na década de 80,
no interior dos Estados Unidos. Depois que um traficante joga vários pacotes de
cocaína de um avião, as drogas caem nas imediações de uma pequena cidadezinha
do interior. A notícia se espalha, com policiais e criminosos vasculhando a
mata ao redor em busca do pó, mas eles não esperavam que um grande urso negro
tivesse chegado primeiro e estivesse disposto a matar qualquer um por mais
narcóticos.
É uma trama completamente pirada,
que coloca traficantes, policiais e turistas desavisados na mira do urso
drogado. O tipo de coisa que você para e pensa como alguém teve capacidade de
fabulação o bastante para fazer um filme com essa narrativa e, no geral, o
filme entrega momentos bem divertidos, praticamente todos protagonizados pelo
urso titular. Da cena em que ele sobe furiosamente uma árvore ao cheirar um
pouco de pó no corpo de um biólogo que foi ajudar a guarda florestal a
investigar o local, passando pela perseguição a uma ambulância, as cenas com o
urso são os momentos em que o filme se entrega ao mais puro absurdo e é difícil
não rir com toda a maluquice em cena. Também há um inegável valor de entretenimento
ao ver atores tarimbados como Margo Martindale, Jesse Tyler Ferguson ou Ray
Liotta sofrendo mortes brutais nas garras do animal titular.