Quando a família chefiada por Frank (Anthony Mackie) descobre o fantasma Ernest (David Harbour) morando na casa, ele decide monetizar o fato. Aproveitando a amizade de seu filho caçula, Kevin (Jahi Di'Allo Winston), com o fantasma, Frank produz vídeos para a internet e transforma sua casa em uma atração turística e em um negócio lucrativo. O problema é que isso atrai a atenção de agências do governo que estão há anos tentando capturar um fantasma real.
A trama tenta misturar terror e comédia, mas não consegue consistentemente nem assustar nem fazer rir. A narrativa se divide em várias subtramas sem que nenhuma seja particularmente interessante. De um lado há o esforço de comentar sobre a cultura de internet e influencers, no entanto o filme não tem muito a dizer sobre isso. O arco envolvendo a relação complicada de Kevin com o pai não consegue ir além dos clichês de tramas sobre pais e filhos. O mistério envolvendo Ernest e a morte não consegue envolver ou criar suspense.
A narrativa do governo estar atrás de Ernest parece jogada a esmo na trama só para ter um vilão, já que os objetivos deles são vagos e mal desenvolvidos. A agência governamental quer capturar um fantasma de verdade para...err...para...bem não tem um objetivo. O chefe da operação apenas diz que como Ernest não é um ser vivo e não tem direitos eles podem “fazer o que quiserem” com ele. Mas o que isso significa além de uma ameaça vaga? Não muita coisa. Se a ameaça não consegue ter credibilidade é difícil sentir tensão ou temor pelo destino dos personagens.
David Harbour acaba sendo o único destaque positivo do longa, conseguindo expressar muito usando apenas o rosto, já que Ernest não fala. Pertencem a ele os momentos mais divertidos do longa, como a cena em que ele assusta a apresentadora interpretada por Jennifer Coolidge ou a perseguição à pé ao lado de Kevin. Esses breves momentos, porém, não são o bastante para salvar Fantasma e CIA do oceano de marasmo e apatia no qual ele se encontra.
Fantasma e CIA é um daqueles filmes que não tem nada de
terrivelmente errado, mas que também não possui qualquer atributo capaz de
capturar nossa atenção. É uma produção genérica, esquecível, que não mobiliza
os sentimentos do espectador em qualquer direção.
Nota: 5/10
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