Na trama, Gil Bok-soon (Jeon Do-Yeon) é uma renomada assassina do submundo criminoso da Coreia do Sul. Em sua vida privada ela é mãe solo de uma adolescente e luta para conseguir equilibrar sua profissão com a maternidade. É uma ideia divertida, de se concentrar nas ações mundanas dessa assassina extraordinária, observando ela como mais uma mulher tentando manejar carreira e filhos. O filme é mais sobre a relação dela com a filha do que sobre ação explosiva.
Isso não seria um problema se a trama não fosse tão longa com cerca de duas horas e vinte e não gastasse tanto tempo com os meandros burocráticos do universo criminoso que tenta estabelecer. Se a franquia John Wick criou uma cabala de assassinos com regras próprias, mas que tinha personalidade o bastante para despertar nosso interesse, o mesmo não acontece aqui. Longuíssimas reuniões e discussões sobre modos de agir travam o ritmo do filme e fazem a aventura ser bem mais lenta do que sua premissa, de uma mãe tentando fazer malabarismos para ter tempo para ser uma assasina e cuidar da filha, pediria.
Imagino que escolha é para tentar conferir um olhar mundano, como se essa fosse uma profissão como qualquer outra, mas acaba ficando bastante entediante. Felizmente o filme se sai bem na construção da relação da protagonista com a filha para nos manter minimamente interessados. O ponto alto, porém, são as cenas de ação que entregam combates ágeis e violentos que se beneficiam no modo como a câmera transita de maneira contínua e com poucos cortes pelo espaço da ação, ressaltando a habilidade e letalidade desses assassinos experientes.
Kill Boksoon tinha potencial para ser uma comédia de ação bem
melhor do que realmente é, mas seu humor e pancadaria tem o impacto diluído por
uma duração desnecessariamente longa que gasta tempo demais com os aspectos
menos interessantes do universo apresentado.
Nota: 6/10
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