A narrativa acompanha o piloto Brodie Torrance (Gerard Butler), que está guiando um avião comercial pelo sul da Ásia. Quando a aeronave é atingida por um raio e danificada, o piloto não tem escolha senão fazer um pouso forçado em uma pequena ilha próxima. O problema é que a ilha é controlada por criminosos filipinos e agora ele precisa dar um jeito de manter todos seguros enquanto o resgate chega. Brodie encontra ajuda em Gaspare (Mike Colter, o Luke Cage da Marvel), um prisioneiro que estava sendo transportado no voo e que tem experiência de soldado. Mesmo sem saber se Gaspare é confiável, Brodie não tem escolha senão confiar nele.
Parte da tensão funciona porque Colter consegue dar a Gaspare ambiguidade o suficiente para que passemos a primeira metade do filme em dúvida se ele tem um interesse genuíno em ajudar ou se ele pretende usar o caos da situação para salvar a própria pele e fugir dali. As primeiras interações entre ele e Butler servem para estabelecer essa dinâmica frágil e como eles vão se conhecendo e aprendendo a confiar um no outro.
O filme é eficiente no manejo da suspense, em especial nas cenas envolvendo o avião no início e no clímax, construindo com clareza os riscos e o senso de perigo iminente no qual qualquer um pode morrer. Também é competente, ainda que não traga nada de muito novo ou diferente, em termos de cenas de ação quando Brodie e Gaspare tentam se infiltrar na base dos criminosos que levaram os passageiros e tripulação como reféns. O material estabelece bem o senso de desvantagem dos protagonistas e a engenhosidade deles em se manterem vivos.
Por outro lado o filme repete os mesmos preconceitos de origem colonialista de que países em desenvolvimento são antros de criminalidade e corrupção descontroladas, que essas populações são primitivas e selvagens para dar a impressão de que o mundo não é um lugar seguro sem a intervenção dos Estados Unidos. Os vilões filipinos não passam de caricaturas bestializadas que existem meramente como obstáculo aos heróis, despachados sem muita cerimônia.
Alerta Máximo até funciona como um suspense competente, mas é
prejudicado pelo olhar anacrônico com o qual acompanha a situação retratada.
Nota: 6/10
Trailer
Nenhum comentário:
Postar um comentário