Daí é evidente que ela vai esbarrar em uma grande conspiração do clero local e ações conectadas ao sobrenatural. O problema é que apesar de todas as ideias a respeito de como a clausura da religião produz um fanatismo tão virulento que torna difícil distinguir deus e diabo, o texto nunca vai além do que já foi dito antes sobre esse tema, então a exploração dessas questões soa superficial e em nada diferente de outros produtos que já vimos antes.
Jena Malone convence da ligação forte que Grace tinha com o irmão bem como o modo que traumas do passado pesam sobre ela e a impelem a continuar buscando a verdade do caso, ainda que a tentativa da atriz de um sotaque escocês nem sempre funcione. Danny Houston e Janet Suzman, por outro lado, são tão pouco ambíguos como o padre e a madre superiora da abadia que removem parte do clima de mistério por serem tão obviamente sinistros.
Por conta de caminhar muito
próxima aos lugares comuns do gênero, a trama reserva poucos momentos de tensão
ou pavor, em parte também porque a natureza vaga da ameaça sobrenatural torna
difícil se importar ou sentir curiosidade para desvendar o mistério. Quando o
filme finalmente revela a força por trás de tudo, é algo tão aloprado que chega
a ser mais risível do que impactante. Ocasionalmente o filme consegue entregar
algumas imagens marcantes, principalmente no modo como certas mortes acontecem,
no entanto isso é muito pouco para compensar a carência de tensão e a natureza
genérica com a qual O Convento constrói
sua trama ou discute seus temas.
Nota: 4/10
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