A trama leva McCall (Denzel Washington) para a Sicília, no sul da Itália. Ao enfrentar um grupo de mafiosos para recuperar algo que foi levado dos EUA, o protagonista topa com um grande esquema de financiamento de terrorismo via a máfia siciliana. Agora ele precisa proteger os habitantes da pequena vila que é controlada pelos criminosos ao mesmo tempo em que tenta contato com a CIA para alertá-los dessa ameaça em escala global, contando com a ajuda da analista Emma (Dakota Fanning).
É uma trama um pouco mais lenta que os outros filmes, mas cujo ritmo é necessário tanto para estabelecer as relações que McCall vai construindo com o povo da vila e como o local vai aos poucos se tornando importante para ele, como para o processo do personagem de finalmente contemplar uma vida de paz, sem que precise entrar em conflitos o tempo todo. O filme faz um bom trabalho de nos fazer entender porque alguém como ele se interessaria pela banalidade da vida daquelas pessoas e porque preservar esse modo de vida humilde e pacato da vila seria importante para McCall.
Esse ritmo mais deliberado também serve para explorar o relacionamento entre McCall e Emma. Depois de trabalharem juntos em Chamas da Vingança (2004), Washington e Fanning se reúnem quase de vinte anos depois. Os dois tem uma boa química juntos e o modo fluido com qual eles conversam servindo para estabelecer as motivações de Emma em se manter de olho em McCall sem, no entanto, considerá-lo um suspeito, com a agente percebendo que há mais naquele homem do que ele dá a entender. É uma pena, no entanto, que Emma acabe sendo deixada um pouco de lado no terço final, com ela sendo atingida em um atentado e reduzida a mais um elemento para motivar McCall a ir atrás dos mafiosos. Seria mais interessante se a personagem não fosse ao fim reduzida a alguém a ser salva ou ser vingada.
O vilão acaba sendo só mais um criminoso genérico, mais uma vez falhando em apresentar um antagonista a altura do primeiro filme. Ao menos a produção continua a entregar boas cenas de ação que continuam a demonstrar a letalidade brutal de McCall e como ele despacha grupos de inimigos com uma eficiência sangrenta, construindo bem a fantasia de poder de um agente experiente capaz de qualquer coisa. O final encerra os arcos construídos ao longo de três filmes e dá uma sensação de algo mais definitivo. Sinceramente, espero que de fato seja, já que é o tipo de história que não tem mais para onde ir e continuar daqui iria desfazer o desenvolvimento do personagem ao longo desse terceiro filme.
Com boas cenas de ação e uma interpretação intensa de Denzel
Washington, O Protetor: Capítulo Final
entrega um desfecho satisfatório para Robert McCall, ainda que seus vilões
sejam genéricos e não entregue nada de muito diferente dos filmes anteriores.
Nota: 6/10
Trailer
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