O filme tem uma estrutura relativamente episódica, saindo de um evento para outro quase como se fossem esquetes soltos ao invés de uma narrativa coesa. Essa falta de coesão se vê também nos personagens, em especial Salvo. Se nos primeiros momentos ele implica com absolutamente tudo, depois de uma reclamação de Sebastian ele muda completamente de personalidade e simplesmente passa a encantar toda a família de Ellie como se nada tivesse acontecido. Esse tipo de guinada pela conveniência da trama tira o impacto de aspectos mais dramáticos dos conflitos familiares que o filme tenta construir, fazendo os momentos que deveriam ser de catarse e reconciliação não funcionarem.
De Niro faz o mesmo tipo de patriarca mau humorado que já interpretou em produções como Entrando Numa Fria (2000), mas ainda assim consegue encontrar momentos divertidos, como a cena em que ele cozinha um jantar para toda a família e termina com Salvo e Sebastian enterrando um pavão. Por outro lado, o humor nem sempre funciona, muitas vezes recorrendo a gags visuais preguiçosas, como as calças de Sebastian caindo durante um esporte aquático, e alguns personagens que são mais irritantes do que engraçados a exemplo do irmão exotérico de Ellie.
Apesar de ocasionalmente render algumas risadas Meu Pai é Um Perigo não afasta a
impressão de uma trama previsível e que já vimos tudo aqui ser melhor executado
em filmes melhores.
Nota: 5/10
Trailer
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