A trama segue a família liderada por Jess (Jennifer Garner) e Bill (Ed Helms). Quando eles discutem com os filhos CC (Emma Myers, a Enid de Wandinha) e Wyatt (Brady Noon) durante um alinhamento planetário, eles acordam com os corpos trocados. Os filhos estão no corpo dos pais e até o bebê trocou de corpo com o cachorro.
É óbvio desde o início que a troca de corpos servirá para que cada membro da família entenda as dores e dificuldades do outro aprendendo grandes lições de vida no processo. Além de uma estrutura previsível, a trama é prejudicada por um roteiro que se apoia em recriar todas as situações que já vimos antes nesse tipo de produção. A filha no corpo da mãe precisa fazer a “grande apresentação” que ira render uma promoção no emprego, o pai no corpo do filho precisa fazer a entrevista para uma faculdade de prestigio que selará seu futuro.
Tudo bem convencional e desprovido de muita imaginação. Mais que isso, nunca há o sentimento que há algo de fato em jogo para essas personagens. Tudo é superado com muita facilidade ou sem muita repercussão. Nunca sentimos que alguém tem verdadeiramente algo a perder. Com isso, o material nunca constrói um senso de drama que nos deixe incertos quanto ao destino dos personagens.
O elenco até consegue dar carisma a seus personagens e convence que estamos diante de adultos no corpo de crianças e vice versa, mas nem mesmo a química entre Garner, Helms, Myers e os demais consegue se elevar acima do material genérico que tem em mãos. A computação gráfica que cria a conduta humana do cachorro e animalizada do bebê é tão bizarra que quebra a imersão e soa mais sinistra do que engraçada.
Trocados mostra
que mais não é necessariamente melhor ao expandir o escopo de uma típica trama
de troca de corpos em uma série de clichês frígidos que nem mesmo o elenco
esforçado consegue salvar.
Nota: 5/10
Trailer
Nenhum comentário:
Postar um comentário