A trama é relativamente previsível, sendo óbvio desde o início que Zhen vai trair Po e depois se arrepender por conta da amizade genuína que o panda mostrou a ela. Do mesmo modo, é bem evidente quem Po escolherá como seu sucessor. A vilã Camaleoa, apesar da dublagem de Viola Davis torná-la ameaçadora, acaba se revelando uma antagonista bastante genérica, longe dos vilões marcantes dos filmes anteriores, em especial o Tai Lung do primeiro filme que reaparece aqui para nos lembrar de filmes melhores da franquia. A ideia da vilã poder se transformar em inimigos do passado de Po poderia servir de metáfora para o personagem confrontar seu passado, mas na narrativa nunca faz nada de muito interessante com esse conceito.
A ação é competente, em especial a luta de Po e Zhen contra
uma taverna que usa planos longos e com poucos cortes, no entanto não há nada
aqui que tenha o mesmo impacto e adrenalina que a fuga de Tai Lung no primeiro
filme ou a luta final contra Shen no segundo. Aqui raramente sentimos que Po
está verdadeiramente em perigo. O humor também tem seus bons momentos, seja nas
interações entre Po e Zhen ou nas cenas entre Li e o Sr. Ping. Os momentos
cômicos fazem tudo funcionar como uma aventura leve e sem muito compromisso,
ainda que não afastem o sentimento que Kung
Fu Panda 4 é uma versão diluída e sem o mesmo encantamento de outros filmes
da franquia, repetindo ideias já conhecidas de maneira acomodada sem oferecer
nada de memorável.
Nota: 5/10
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