quinta-feira, 27 de junho de 2024

Drops – A Mãe da Noiva

 

Análise – A Mãe da Noiva

Review – A Mãe da Noiva
Este A Mãe da Noiva é mais uma daquelas comédias românticas que segue a fórmula algorítmica da Netflix de juntar um elenco moderadamente famoso (nomes conhecidos, mas que não sejam tão caros) em uma locação paradisíaca (para dar ao público a impressão de que está vendo algo novo). Tudo embalado por uma trama tão quadrada e previsível que se você ver os primeiros vinte minutos e pular para os últimos vinte não vai perder nada da narrativa.

A história é centrada em Emma (Miranda Cosgrove, a eterna protagonista de iCarly), uma influencer que vai casar com o homem de seus sonhos em um resort paradisíaco na Tailândia com tudo pago por uma marca que a patrocina. O problema é que sua mãe, Lana (Brooke Shields), foi ex-namorada do pai de R.J (Sean Teale), o noivo de Emma. Lana considera Will (Benjamin Bratt) um cafajeste e teme pelo futuro da filha ao lado do genro.

Miranda Cosgrove tenta injetar algum carisma numa personagem que não é muito mais que a típica mocinha certinha de comédia romântica, enquanto que Brooke Shields não convence muito como uma geneticista brilhante. Shields de fato tem alguma química com Benjamin Bratt, cujo charme canalha é talvez a coisa mais divertida do filme.

O problema, como muitas outras comédias românticas desse padrão Netflix, é que não há drama ou tensão no arco desses personagens. As objeções de Lana nunca são um obstáculo convincente ao casamento de Emma e nunca temos dúvidas que tudo dará certo para ela. Do mesmo modo, é óbvio desde o início que Lana e Will vão se apaixonar novamente. O médico bonitão Lucas (Chad Michael Murray) que se aproxima de Lana em momento algum soa como um pretendente que tem alguma chance e existe só para tentar fazer Will sentir ciúme.

Igualmente evidente é a lição que Emma precisa aprender, de não transformar seu casamento em um produto e não aceitar todas as imposições da marca que a está patrocinando. Como essas imposições são exageradas e ridículas desde o início nunca duvidamos que Emma ira eventualmente se rebelar. Para piorar, uma vez que a protagonista faz isso não há qualquer repercussão para ela ou para o casamento, não justificando o receio dela em contrariar a marca.

O humor parece algo saído de filmes dos anos noventa, recorrendo a gags físicas preguiçosas tipo alguém tomando uma bolada no saco e outras obviedades tão pouco criativas que geram mais constrangimento do que risos. Tudo soa datado, como uma comida passada da validade, e tão previsível ao ponto de entediar.

 

Nota: 3/10


Trailer

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