sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Crítica – Tipos de Gentileza

 

Análise Crítica – Tipos de Gentileza

Review – Tipos de Gentileza
Os filmes do diretor grego Yorgos Lanthimos costumam ser divisivos, com reações que muitas vezes se localizam em polos extremos do amor ao ódio por suas produções. Em geral costumo gostar do niilismo surrealista do diretor, mas confesso que Tipos de Gentileza não me pegou.

Absurdo previsível

A produção consiste de um tríptico de três histórias curtas. Na primeira história seguimos Robert (Jesse Plemons), um sujeito completamente devotado ao chefe, Raymond (Willem Dafoe), que controla todos os seus horários e ações ao longo do dia. Quando Raymond pede a Robert que bata seu carro em alta velocidade contra outro veículo, Robert não fica confortável com a possibilidade de matar outra pessoa, criando um conflito na relação. Na segunda história um policial, Daniel (Jesse Plemons) se reúne com a esposa, Liz (Emma Stone), depois que ela se envolve em um naufrágio e fica meses perdida no mar. O problema é que Daniel desconfia que a mulher que voltou não é a sua esposa. A terceira história é protagonizada por Emily (Emma Stone) que é devotada a um bizarro culto sexual liderado por Omi (Willem Dafoe) e Aka (Hong Chau) e é incumbida de encontrar uma mulher que, segundo profecias, seria capaz de ressuscitar os mortos.

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Drops – O Reencontro da Turma

 

Análise – O Reencontro da Turma

Review – O Reencontro da Turma
Depois de assistir O Reencontro da Turma pensei seriamente se eu escreveria algo respeito. É uma produção tão inane, tão desprovida de qualquer qualidade minimamente memorável que pensei que seria difícil fazer render um texto sobre ele, mesmo nas pílulas críticas da coluna Drops. Ainda assim, resolvi tentar como um desafio (ou penitência, sei lá) auto imposto para ver o que consigo extrair.

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Crítica – Sailor Moon: Cosmos

 

Análise Crítica – Sailor Moon: Cosmos

Review – Sailor Moon: Cosmos
Depois que Sailor Moon: Eternal adaptou o quarto arco do mangá em dois filmes, a saga de Usagi e suas aliadas iniciada em Sailor Moon Crystal chega ao fim neste Sailor Moon: Cosmos, que adapta o arco final do mangá. Como na história anterior, o anime produzido pela Netflix vem no formato de dois filmes.

A Lenda da Luz da Lua

A história inicia com Usagi e as demais voltando ao seu cotidiano de estudantes, mas essa paz é logo interrompida pela chegada das misteriosas Sailor Starlights, guerreiras de outro planeta que vieram à Terra um busca de sua princesa, e também da poderosa vilã Sailor Galaxia, que está em busca dos Sailor Crystals que Usagi e as outras carregam consigo.

terça-feira, 27 de agosto de 2024

Crítica – Os Novatos

 

Análise Crítica – Os Novatos

Review – Os Novatos
História mais velha que o próprio tempo: grupo de garotos meio nerds chega no ensino médio decididos a se tornarem populares e conquistarem garotas, a oportunidade vem na primeira grande festa do ano. É essa premissa extremamente típica de filmes adolescentes que Os Novatos vai construir, com o grosso do filme se passando em uma festa que sai do controle não muito diferente de produções como Mal Posso Esperar (1998) ou Projeto X (2012).

Só mais um besteirol americano

A trama gira em torno de Benj (Mason Thames, de O Telefone Preto), que vê na primeira festa do ensino médio uma chance de ficar com Bailey (Isabella Ferreira, de Crush: Amor Colorido), a melhor amiga de sua irmã, Alyssa (Ali Gallo), por quem é apaixonado há anos. Na festa Benj e seus amigos se envolvem em muitas confusões para tentar parecerem descolados.

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Crítica – Longlegs: Vínculo Mortal

 

Análise Crítica – Longlegs: Vínculo Mortal

Review – Longlegs: Vínculo Mortal
Dirigido por Osgood Perkins, filho do ator Anthony Perkins (famoso pelo Norman Bates de Psicose), este Longlegs: Vínculo Mortal mistura um thriller de serial killer com horror sobrenatural. Nem sempre a mistura transita de maneira fluida entre os gêneros, mas a condução de Perkins é eficiente em criar uma atmosfera de constante tensão.

Instinto sombrio

A narrativa é centrada em Lee Harker (Maika Monroe, de Corrente do Mal) uma jovem agente do FBI que tem um instinto afiado para encontrar criminosos. Ela acaba incumbida pelo seu superior, Carter (Blair Underwood), de investigar os assassinatos cometidos pelo misterioso Longlegs (Nicolas Cage). Ao longo de anos, o assassino matou cerca de dez famílias inteiras, sempre deixando uma carta cifrada no local do crime, mas nenhuma evidência física de sua participação nos crimes, que são considerados assassinatos seguidos de suicídio e as provas apontam para os pais de cada família cometendo os crimes.

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Crítica – Jackpot: Loteria Mortal!

 

Análise Crítica – Jackpot: Loteria Mortal!

Review – Jackpot: Loteria Mortal!
Dirigido por Paul Feig, Jackpot: Loteria Mortal! se passa em um futuro próximo no qual o estado da Califórnia criou uma loteria na qual qualquer um pode tomar o prêmio do vencedor desde que consiga matá-lo até o fim do dia. Katie (Awkwafina) chega recentemente a Los Angeles para tentar a sorte como atriz, acidentalmente ela se cadastra na loteria e acaba vencendo, ficando na mira de todas as pessoas da cidade. O guarda-costas Noel (John Cena) aparece oferecendo proteção em troca de um percentual do prêmio e assim eles se tornam aliados relutantes.

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Crítica – A Primeira Profecia

 

Análise Crítica – A Primeira Profecia

Funcionando como prelúdio para A Profecia (1976) este A Primeira Profecia conta as origens da seita sinistra que tenta trazer o anticristo para o mundo e mergulhá-lo em trevas. Considerando que nenhuma tentativa de continuar A Profecia foi lá grande coisa eu não tinha muitas expectativas em relação a esse prelúdio, mas, felizmente, o resultado é um terror bem executado.

A trama se passa no final da década de 60 e gira em torno de Margaret (Nell Tiger Free), freira que é enviada para trabalhar em um orfanato em Roma. Chegando lá ela conhece a jovem Carlita (Nicole Sorace), que exibe um comportamento instável e esquisito. Com o tempo Margaret experimenta visões e outras ocorrências estranhas e começa a desconfiar que a responsável pelo local, a Irmã Silva (Sônia Braga) guarda algum segredo sombrio.

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Crítica – Estômago 2: O Poderoso Chef

 

Análise Crítica – Estômago 2: O Poderoso Chef

Review – Estômago 2: O Poderoso Chef
O primeiro Estômago (2007) divertia por sua mistura narrativa inusitada entre gastronomia, comédia e trama criminal. Era uma história bem executada, que amarrava com habilidade seus arcos narrativos e nunca senti que havia necessidade ou espaço para uma continuação. Talvez por isso vi com estranhamento o anúncio deste Estômago 2: O Poderoso Chef, que nos coloca novamente ao lado do cotidiano do protagonista como um detento e cozinheiro.

O chef agora é outro

Nonato (João Miguel) continua preso e continua cozinhando, agora não apenas para o líder de facção Etcetera (Paulo Miklos), mas para os guardas e o diretor do presídio, usando seu talento para obter mordomias. A dinâmica da prisão muda quando o misterioso italiano Dom Caroglio (Nicola Siri), chega para cumprir pena. As tensões aumentam e Nonato tenta acalmar os ânimos ao mesmo tempo em que voltamos ao passado para descobrir como o italiano passou de um ator fracassado chamado Roberto ao Dom de uma família criminosa.

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Crítica – Motel Destino

 

Análise Crítica – Motel Destino

Review – Motel Destino
Motéis são um espaço de discrição e também de livre exercício de nossos desejos. Um lugar em somos encorajados a fazer o que queremos porque ninguém nos vê. Não é acidente, portanto, que a locação central de Motel Destino, um filme cuja história gira em torno de desejo e da necessidade de se esconder, seja um motel.

Neon Noir

A trama é protagonizada por Heraldo (Iago Xavier). Ele e o irmão trabalham para a chefe de uma facção local e são incumbidos de eliminar um rival dela. Um dia antes do assassinato, Heraldo se envolve com uma mulher que conheceu em um show e vai com ela para um motel, ele acorda no dia seguinte atrasado para o assassinato e quando chega no local combinado descobre que o irmão tentou o ataque sozinho e foi morto. Temendo a vingança da chefe e dos companheiros, Heraldo volta ao motel para se esconder e convence o casal de donos, Dayana (Nataly Rocha) e Elias (Fábio Assunção) a deixá-lo ficar lá em troca de emprego. Aos poucos, tanto Elias quanto Dayana demonstram interesse nele, com Heraldo eventualmente se envolvendo com Dayana.

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Lixo Extraordinário – Cinderela Baiana

 

Crítica – Cinderela Baiana

Review - Cinderela Baiana
Desde que comecei a Lixo Extraordinário, essa coluna dedicada a filmes lendários por sua ruindade, nos idos de 2017 sempre ouço a mesma pergunta: “e quando você vai falar sobre Cinderela Baiana?”. Talvez o mais lendário filme ruim do cinema brasileiro Cinderela Baiana foi lançado em 1998 e trazia Carla Perez interpretando uma versão ficcionalizada de si mesma e de sua trajetória de garota pobre de Salvador a estrela da dança. O filme foi um imenso fracasso no lançamento e só começou a ser visto pelas pessoas quando caiu na internet nos primeiros anos do Youtube (reza a lenda que Carla Perez teria adquirido e destruído boa parte dos VHS do filme) se tornando uma espécie de clássico cult da ruindade.

Ele foi, provavelmente, o filme que iniciou o meu masoquismo audiovisual e sem ele provavelmente nunca teria pensado em criar essa coluna. Talvez por conta disso eu tenha esperado para falar sobre ele em uma ocasião especial. Essa ocasião acabou sendo minha participação no Festival Cinderela Baiana de Cinema que ocorreu de 16 a 18 de agosto aqui em Salvador. Fui convidado pela organização do festival a falar sobre o filme, então tive que revê-lo e aproveitei para fazer por escrito minhas considerações. O que vem a seguir é menos uma análise pormenorizada do filme e mais uma tentativa de explicar como ele ganhou seu status lendário de ruindade e porque ele continua sendo discutido mesmo sendo tão ruim.

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Crítica – MaXXXine

Resenha Crítica – MaXXXine


Review – MaXXXine
Desfecho da trilogia iniciada com X: A Marca da Morte (2022) e Pearl (2023), este MaXXXine é, infelizmente o mais fraco dos três. Ele segue boa parte dos temas iniciados nos dois outros filmes, mas não tem muito a acrescentar a eles. A trama acompanha a atriz Maxine (Mia Goth), depois dos eventos do primeiro filme. Ainda marcada pelo trauma da matança a qual sobreviveu ela tenta reconstruir a carreira saindo do pornô e indo para Hollywood. Quando Maxine consegue um papel de protagonista em um filme de terror ela crê que finalmente alcançará o estrelato que almeja, mas começa a ser seguida pelo detetive John Labat (Kevin Bacon) que ameaça revelar segredos do passado dela, tudo isso enquanto a atriz navega pelo perigo das ruas de Los Angeles aterrorizadas pelo serial killer Night Stalker (que existiu de verdade).

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Crítica – The Umbrella Academy: 4ª Temporada

 

Análise Crítica – The Umbrella Academy: 4ª Temporada

Review – The Umbrella Academy: 4ª Temporada
De certa forma The Umbrella Academy tem um problema similar ao de Game of Thrones por adaptar uma história que não foi concluída em seu meio original, ultrapassar a trama do material original e ter que construir um fim apenas com apontamentos gerais dos criadores a respeito da direção em que querem levar a narrativa. A terceira temporada da série já dava sinais de cansaço e agora este quarto e último ano tropeça em uma conclusão que carece de impacto ao mesmo tempo em que apenas repete ideias de tramas anteriores.

Apocalipse? Now?

A temporada continua no ponto em que a anterior parou, com os Hargreeves indo parar em uma nova linha do tempo em que eles não tem super poderes. Anos se passam e eles se resignam a viver como pessoas comuns até que Cinco (Aidan Gallagher), que agora trabalha para a CIA, descobre uma nova ameaça nos Guardiões. Liderados pelos excêntricos Gene (Nick Offerman) e Jean (Megan Mulally, esposa de Offerman na vida real), o grupo reúne pessoas com memórias das outras linhas temporais criadas pelas ações dos Hargreeves e que se ressentem pela vida que levam na realidade atual, tentando reverter a situação ao organizar um evento cataclísmico que ira destruir a linha do tempo. Sim, mais uma vez os irmãos precisam correr contra o tempo para impedir um iminente fim do mundo, que original.

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Crítica – Alien: Romulus

 

Análise Crítica – Alien: Romulus

Review – Alien: Romulus
Depois de dois filmes bem aquém do esperado com Prometheus (2012) e Alien: Covenant (2017) eu não tinha muitas expectativas em relação a este Alien: Romulus. Sim, o diretor Fede Alvarez tem uma trajetória sólida no horror com filmes como O Homem nas Trevas (2016) ou A Morte do Demônio (2013), mas a impressão é que não havia muito mais a ser dito sobre o universo criado em Alien: O Oitavo Passageiro (1979). Alien: Romulus não é uma reinvenção da franquia, mas trabalha de modo consistente seus temas de totalitarismo corporativo, soberba humana ou a tentativa do homem em tomar para si a criação da vida. Inclusive executa melhor alguns conceitos que não foram muito bem aproveitados em produções anteriores neste universo.

A trama é centrada em Rain (Cailee Spaeny), que trabalha em uma decadente colônia de mineração da Weyland-Yutani. Ela acumulou horas de trabalho suficientes para conseguir um passe para deixar o lúgubre planeta minerador que não recebe luz solar para um lugar, mas habitável. Quando a empresa muda a cota de horas na última hora, ela decide encontrar um outro meio para sair do planeta junto com o sintético Andy (David Jonsson), a quem considera um irmão. A chance de fuga aparece através de Tyler (Archie Renaux) que propõe a Rain usar as permissões que Andy tem dos sistemas da Weyland-Yutani para invadirem uma estação espacial desativada e roubarem os suprimentos que precisam para chegar no planeta mais próximo. Chegando na estação, porém, descobrem que o local não foi desativado, mas destruído e que experimentos perigosos estão à solta no local.

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Crítica – Batman: Cruzado Encapuzado

 

Análise Crítica – Batman: Cruzado Encapuzado

Review – Batman: Cruzado Encapuzado
Lançada em 1992 Batman: A Série Animada, produzida por Bruce Timm, redefiniu as histórias do Batman ao inserir novos personagens, como a Arlequina, e repensar a mitologia de vários de seus vilões, como o Sr. Frio, lhes dando mais complexidade. A série também é importante por ter originado todo um universo animado, sendo seguida por Superman: A Série Animada, Liga da Justiça e Liga da Justiça Sem Limites. Todo esse conjunto é, talvez, uma das melhores adaptações do universo DC para o audiovisual, então recebi com empolgação a notícia que Timm voltaria a produzir uma série animada do Batman neste Batman: Cruzado Encapuzado, que ainda conta com o veterano dos quadrinhos Ed Brubaker como roteirista.

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Crítica - Meu Filho, Nosso Mundo

Análise Crítica - Meu Filho, Nosso Mundo

Review - Meu Filho, Nosso Mundo
Filmes sobre autismo muitas vezes pecam por excesso, romantizando demais a condição ou focando apenas nas limitações e sofrimento. Meu Filho, Nosso Mundo apresenta um raro equilíbrio no modo como trata essa situação, embora ainda estruture as coisas como uma jornada de superação relativamente previsível.

A trama acompanha o comediante Max (Bobby Cannavale), cujo filho, Ezra (William A. Fitzgerald), sofre na escola e acaba sendo atropelado na rua. O acidente faz Ezra ficar sob tutela do Estado, sendo forçado a tomar medicação e sendo colocado em uma instituição psiquiátrica. Sentindo-se impotente em proteger o filho, Max sequestra Ezra e o leva consigo em uma turnê de comédia que irá fazer através do país.

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Crítica – Planeta dos Macacos: O Reinado

 

Análise Crítica – Planeta dos Macacos: O Reinado

Review – Planeta dos Macacos: O Reinado
Considerando que Planeta dos Macacos: A Guerra (2017) deu um encerramento digno à trilogia prelúdio iniciada com Planeta dos Macacos: A Origem (2011), não via muito sentido em continuar seguindo na cronologia e não estava particularmente empolgado para este Planeta dos Macacos: O Reinado. O resultado não é dos piores da franquia, embora também não esteja entre os melhores.

A trama se passa anos depois da morte de Cesar, com os símios dominando o planeta e os humanos cada vez menos numerosos. Noa (Owen Teague) é um jovem símio de um clã remoto que é atacado pelos símios agressivos que servem a Proximus Cesar (Kevin Durand). Agora Noa precisa se aventurar fora de seu vale remoto para resgatar a família. No caminho ele aprende mais sobre o atual estado do mundo e como as coisas se tornaram assim, ele conhece Raka (Peter Macon), um seguidor dos valores do falecido Cesar, e a humana Mae (Freya Allan, a Ciri de The Witcher).

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Crítica – Borderlands

 

Análise Crítica – Borderlands

Review – Borderlands
Nos últimos anos tivemos boas adaptações de games como The Last of Us (2023) ou Fallout, então é de se esperar que Hollywood tente explorar esse filão, principalmente em um contexto de desgaste de filmes de super-heróis. Borderlands adapta o game de mesmo nome da desenvolvedora Gearbox e, ao contrário dos exemplos citados, é mais um filme ruim baseado em games.

Problemas na produção

O longa teve uma produção turbulenta, com atrasos, material sendo reescrito (Craig Mazin, de Chernobyl e The Last Of Us escreveu uma primeira versão do roteiro e pediu para ter seu nome removido dos créditos quando as mudanças se afastaram de sua visão inicial) e posteriores refilmagens que não contaram com a presença do diretor Eli Roth. É o tipo de coisa que já não dá muita esperança que o resultado vá ser ruim e entrei para assistir esperando algo que sequer conseguisse fazer o mínimo de sentido em sua trama. Os problemas do filme não chegam a tanto, ao menos ele conta uma história com começo, meio e fim, o que é o mínimo a se esperar.

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Crítica – Manual de Assassinato Para Boas Garotas

 

Análise Crítica – Manual de Assassinato Para Boas Garotas

Review – Manual de Assassinato Para Boas Garotas
Adaptando o romance de mesmo nome escrito por Holly Jackson, Manual de Assassinato Para Boas Garotas é uma trama investigativa para o público jovem que remete a produtos similares como as histórias de Nancy Drew ou Veronica Mars. O problema é que a série não faz muito mais além de seguir todas as estruturas típicas desse tipo de narrativa sem muito brilho.

A trama é protagonizada por Pippa (Emma Myers, de Wandinha) que decide investigar o assassinato de Andie Bell (India Lillie Davies), a garota mais popular da escola, ocorrido cinco anos atrás. O crime abalou a pequena cidade em que Pippa vive e a garota pensa em usar sua investigação como a redação para a faculdade. Sua investigação também é motivada pelo fato dela não acreditar que Sal (Rahul Pattni), o namorado de Andie, tenha cometido o crime.

terça-feira, 6 de agosto de 2024

Crítica – Mais Pesado é o Céu

 

Análise Crítica – Mais Pesado é o Céu

Review – Mais Pesado é o Céu
O Brasil é um país profundamente desigual e Mais Pesado é o Céu conta a história de duas pessoas tentando sobreviver em meio à miséria nas áreas mais remotas do país. Não é uma narrativa de superação como outras histórias sobre a pobreza. É, sim, uma narrativa que pondera sobre as consequências de ter que estar sempre “se virando” para sobreviver e os impactos físicos ou psicológicos de se submeter a violências ou humilhações para conseguir o mínimo para se sustentar.

Antônio (Matheus Nachtergaele) está cruzando o Ceará rumo ao norte do país para encontrar um amigo que aparentemente tem um negócio de caranguejo. No caminho ele decide parar em sua antiga cidade que agora foi alagada por açude. Lá ele encontra Teresa (Ana Luiza Rios), que também foi ver as ruínas da antiga cidade e encontra um bebê abandonado no local. Agora os dois resolvem ficar juntos para ajudar a prover para o bebê.

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Crítica – Guerra Sem Regras

 

Análise Crítica – Guerra Sem Regras

Review – Guerra Sem Regras
Quando foi anunciado, Guerra Sem Regras dava a impressão que seria a versão britânica de Bastardos Inglórios (2009) do Tarantino ao narrar a história de um grupo violento de soldados usando táticas de guerrilha para sabotar a ocupação nazista na Europa. O filme é isso, com o problema de que não faz nada além de tentar emular a produção de Quentin Tarantino sem que o diretor Guy Richie consiga criar um senso de identidade ou estilo próprio para a sua narrativa.

A narrativa é levemente baseada na história real da Operação Postmaster, uma missão clandestina das forças armadas britânica para sabotar a cadeia de suprimentos nazista que abastecia os barcos que patrulhavam o oceano Atlântico. O renegado Gus March-Philips (Henry Cavill) é incumbido de liderar uma missão clandestina a uma ilha na costa oeste da África que serve de base para a estrutura de suporte aos submersíveis alemães que patrulham o oceano. Com ele está um grupo de soldados desajustados como o sueco Anders Lassen (Alan Ritchson, de Reacher) ou o piromaníaco Freddy (Henry Golding).

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Drops – Esquema de Risco: Operação Fortune

 

Análise – Esquema de Risco: Operação Fortune

Review – Esquema de Risco: Operação Fortune
Sinto que toda vez que eu pisco sai mais um filme de ação estrelado pelo Jason Statham e a essa altura a maioria deles é muito similar entre si para despertar meu interesse. O que me atraiu para este Esquema de Risco: Operação Fortune foi a inesperada parceria entre Statham e Aubrey Plaza, já que o senso de humor excêntrico que a atriz costuma carregar em todos os seus projetos não é algo que você imagina junto das fitas de ação estreladas pelo ator inglês.

A trama traz Statham como o mercenário Orson, contratado pela inteligência britânica para recuperar um HD roubado na Ucrânia que traz em si um avançado sistema de armas. Com a ajuda da hacker Sarah (Aubrey Plaza) eles descobrem que o drive está em posse do traficante de armas Greg (Hugh Grant), que planeja vendê-lo. Como não é qualquer um que se aproxima dele, Orson decide usar o astro do cinema Danny (Josh Hartnett), de quem Greg é fã, para se infiltrar no círculo social do criminoso.

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Crítica – Minhas Aventuras Com o Superman: Segunda Temporada

 

Análise Crítica – Minhas Aventuras Com o Superman: Segunda Temporada

Review – Minhas Aventuras Com o Superman: Segunda Temporada
O ano de estreia de Minhas Aventuras Com o Superman acertava na construção de um Superman mais esperançoso, benevolente e conectado à sua humanidade. Esse segundo ano continua isso e expande o universo com novos personagens.

Depois de salvar Metrópolis do Parasita o Superman conta com aprovação de boa parte do público, embora Amanda Waller ainda o trate como ameaça, principalmente depois da visão de uma frota kryptoniana se aproximando. Clark tenta descobrir mais sobre seu passado enquanto Lois se esforça para se reaproximar do pai e Waller cruza ainda mais limites éticos para conseguir meios de enfrentar o Superman, buscando inclusive ajuda do gênio tecnológico Lex Luthor.

A temporada explora o senso de solidão de Clark por ser o único de sua espécie e a dificuldade dele em lidar com o legado kryptoniano que parece ser o de um império expansionista. Esse senso de isolamento desperta inseguranças em Lois de que ela talvez seja banal demais ou não seja o suficiente para alguém tão extraordinário quanto Clark. Jimmy, por outro lado, só vai ter algum arco próprio quando Kara chega na cidade e ele se torna a principal conexão dela com a humanidade, mostrando o lado positivo do nosso planeta para a prima do Superman, que parece ter vindo para nos dominar.