sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Drops – Garfield: Fora de Casa

 

Análise Crítica – Garfield: Fora de Casa

Review – Garfield: Fora de Casa
Cresci com as tirinhas do Garfield e assistindo a série animada que passava no Cartoon Network, até assisti os dois live action em que Bill Murray deu voz ao gato mal humorado (o primeiro é inofensivo, o segundo é ruim), mas mesmo o retorno à animação não me empolgou muito para este Garfield: Fora de Casa. A trama tenta recontar o início da relação do gato Garfield (Chris Pratt) com seu dono, Jon (Nicholas Hoult), com Garfield eventualmente sendo sequestrado e forçado a ajudar o pai que nunca conheceu, Vic (Samuel L. Jackson), a realizar um roubo para a perigosa gata Jinx (Hannah Waddingham) como forma de pagar um dívida.

Origem secreta

É aí que as coisas começam a degringolar. Tentar inserir uma trama de roubo e um clima de grande aventura a um personagem cujas principais características são a preguiça, a gula e o mau humor soa inconsistente (um problema nos dois live action também). Todo o clima do filme e sua trama de roubo não parecem pertencer ao mesmo universo do qual Garfield faz parte. A impressão é que alguém encontrou um roteiro descartado para uma continuação de Meu Malvado Favorito e resolveu reescrever algumas partes para transformar em um filme do Garfield.

Todo o arco entre ele o pai é previsível na eventual reconciliação entre eles e a narrativa sofre com vários problemas de ritmo. Quando eles chegam na fazenda para o roubo de leite, imaginamos que irão logo dar cabo do plano, mas o filme gasta um longo tempo com uma montagem de treinamento que acrescenta muito pouco (o flashback do pai poderia acontecer durante o roubo em si). Perto do fim, toda vez que parece que o conflito principal está resolvido a trama insiste em um novo problema, o que dá a impressão que o clímax tem mais finais que O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (2003).

O principal problema, porém, é que não é lá muito engraçado. Os primeiros minutos até acertam na dinâmica entre Jon e Garfield, mas a dublagem de Chris Pratt carece do cinismo e do ar blasé que são típicos do gato. Boa parte do tempo o filme recorre a gags físicas previsíveis e que as vezes se alongam mais do que deveriam. Eu só ri em duas ocasiões. Uma é quando a vilã Jinx liga para a emergência para denunciar o roubo de leite, implicando Vic e Garfield, e a atendente humana do outro lado ouve apenas uma série de miados. O outro é quando Garfield usa vários drones de delivery para atacar a vilã e a revoada dos dispositivos é acompanhada pelo tema musical de Top Gun (1986).

 

Nota: 3/10


Trailer

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