Natal em família
Obviamente esse corretor que só pensa em trabalho e ganhar dinheiro irá se conectar com os sobrinhos e aprender a importância da família. Tudo é relativamente previsível, seguindo exatamente aquilo que se espera de uma película natalina. As quatro crianças que interpretam os sobrinhos de Mike, todas irmãs na vida real, tem uma boa química juntas e divertem com seus esquemas caóticos ou as situações inesperadas nas quais colocam o tio.
A questão é que por mais adoráveis que sejam as crianças e por mais divertidas que sejam suas travessuras os as cenas de balé, a relação de Mike e os sobrinhos carece de um peso emocional mais consistente, principalmente se lembrarmos que todos ali estão em uma situação de luto. Durante todo o filme nunca sentimos o devido peso dessa perda, afinal são crianças que de uma só vez perderam o pai e a mãe, Mike acabou de perder a irmã e, no entanto, nunca temos a impressão que esses personagens, para além da transição radical que vivenciam, passaram por uma perda tão significativa.
Sem essa ancoragem emocional tudo
fica sem peso dramático, ainda mais com uma narrativa tão esquemática,
parecendo que o filme só está cumprindo um checklist de lugares comuns a serem
seguidos sem construir uma jornada emocional para esses personagens e como eles
reaprendem a ser uma família depois dessa perda. Como isso não é construído, o
clímax carece de catarse e de peso emocional, com a excentricidade de seu
elenco infantil não sendo suficiente para compensar o vazio emotivo do
material.
Nota: 5/10
Trailer
Nenhum comentário:
Postar um comentário