O cinema de Clint Eastwood sempre
trouxe consigo meditações sobre moralidade na sociedade estadunidense, desde a
expansão para o oeste no
western revisionista
Os Imperdoáveis (1992), passando por
considerações a respeito de como a sociedade trata seus heróis em produções
como
Sully (2016) e
O Caso Richard Jewell (2019). Agora
Eastwood se volta para o sistema judiciário e sua moralidade em
Jurado Nº2.
Crime e castigo
A narrativa é protagonizada por
Justin (Nicholas Hoult), que é chamado para servir de jurado em um julgamento
de homicídio. Ele tenta sair da convocação alegando a gravidez de risco da
esposa, Allison (Zoey Deutch), mas a juíza nega afirmando que ele só irá ficar o
mesmo número de horas de seu expediente regular. Quando os trabalhos começam,
Justin se dá conta que o réu está sendo acusado de ter assassinado uma mulher
que o próprio Justin tinha atropelado acidentalmente meses atrás. Como o réu
era ex-namorado da mulher assassinada e tinha um histórico de violência, as
autoridades automaticamente o consideraram como responsável pela morte. Justin
é um alcoólatra em recuperação e tem uma condenação de anos atrás por dirigir
embriagado, o que faria sua pena ser altíssima caso assumisse a culpa. Agora,
Justin precisa convencer o júri a inocentar o réu para evitar que um inocente
vá para a cadeia ao mesmo tempo que tenta afastar qualquer conjectura sobre o
possível culpado real.