sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Crítica – Casamentos Cruzados

 

Análise Crítica – Casamentos Cruzados

Review – Casamentos Cruzados
Estrelado por Will Ferrell e Reese Whiterspoon, Casamentos Cruzados é uma daquelas comédias românticas que não arrisca muito além dos lugares comuns do gênero. A narrativa acompanha duas famílias que acidentalmente tiveram casamentos marcados para o mesmo dia em uma bucólica e pequena ilha. Jim (Will Ferrell) é um pai viúvo que vai organizar o casamento de sua única filha, Jenni (Geraldine Viswanathan), enquanto que Margot (Reese Whiterspoon) é uma obstinada produtora de tv que fica responsável pelo casamento de sua irmã, Neve (Meredith Hagner).

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Crítica – Canina

 

Análise Crítica – Canina

Review – Canina
Dirigido por Marielle Heller, responsável por Poderia Me Perdoar? (2018) e Um Lindo Dia na Vizinhança (2019), Canina funciona como uma reflexão sobre como a maternidade altera a vida de uma mulher, a solidão que ela impõe e os desafios de se adequar às expectativas sociais de mãe. Nem tudo que o filme tenta fazer funciona e sua incursão no realismo fantástico não é bem aproveitada como deveria, mas não deixa de ter qualidades.

Solidão materna

A trama é centrada em uma mãe (Amy Adams) que abriu mão da carreira de artista plástica para se dedicar a cuidar do filho. Seu marido (Scoot McNairy) trabalha viajando e passa poucos dias em casa. Mesmo quando está em casa ele não contribui em nada com a criação do filho, sempre jogando a responsabilidade para a esposa. A protagonista também começa a perceber mudanças no seu corpo e sentindo como se ficasse mais animalesca.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Crítica – O Homem Que Quer Viver Para Sempre

 

Análise Crítica – O Homem Que Quer Viver Para Sempre

Review – O Homem Que Quer Viver Para Sempre
É possível que você já tenha visto alguma coisa sobre Bryan Johnson, o milionário estadunidense que está torrando milhões da própria fortuna em métodos antienvelhecimento. Este documentário O Homem Que Quer Viver Para Sempre conta a história de Bryan. Poderia ser um estudo de personagem interessante, entender o que move alguém a fazer algo tão extremo com o próprio corpo ou mesmo trazer alguma discussão mais científica e consistente sobre o tema. O filme não faz nada disso.

Who wants to live forever?

Centrado na figura de Bryan, o documentário tem como fontes o próprio protagonista e pessoas que trabalham diretamente com ele, como sua assistente de marketing. Isso torna boa parte dos depoimentos sobre os supostos resultados que ele tem pouco confiáveis e, na maioria dos casos, resultados como baixa de colesterol, sódio e níveis ideais de vitaminas poderia simplesmente ser obtido com uma boa alimentação e exercícios regulares, sem a necessidade de métodos nas bordas da ciência ou tomar mais de cem comprimidos por dia.

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Crítica – Emilia Pérez

 

Análise Crítica – Emilia Pérez

Review – Emilia Pérez
A sensação de assistir Emilia Pérez é que o diretor francês Jacques Audiard, responsável pelo ótimo Ferrugem e Osso (2012), tentou fazer um filme do Almodóvar, mas sem a sensibilidade e curiosidade que o realizador espanhol tem pelos temas e personagens complicados que trata. O resultado é um filme que tinha muito potencial ao contar a história de um chefe do narcotráfico que reconstrói a vida ao realizar uma transição de gênero, mas fica na superfície por conta de um olhar distanciado e escolhas problemáticas.

Identidade em transição

A narrativa acompanha a advogada Rita (Zoe Saldaña) que é contratada pelo traficante Manitas (Karla Sofia Gascon) para tirá-lo do país em segredo para que ele faça uma cirurgia de transição de gênero e assuma uma nova identidade. Depois de quatro anos e vivendo como Emilia Pérez, ela volta a contatar Rita para que a advogada a ajude em outras questões e juntas elas iniciam uma organização filantrópica.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Crítica – A Verdadeira Dor

 

Análise Crítica – A Verdadeira Dor

Review – A Verdadeira Dor
Dirigido por Jesse Eisenberg, A Verdeira Dor é uma meditação sobre como lidamos com o sofrimento, passado ou presente, seja ele de natureza pessoal ou coletiva. No coração desse conflito há uma dinâmica familiar cujas tensões borbulham abaixo da superfície conforme os dois protagonistas viajam pela Europa.

Tensões em família

A narrativa acompanha os primos David (Jesse Eisenberg) e Benji (Kieran Culkin) que viajam juntos em uma excursão pela Polônia para se reconectarem com seu passado e com a memória da falecida avó, que veio do país. Ao longo da viagem conflitos antigos começam a emergir entre os primos e também as razões para o excêntrico Benji ter ficado tão abalado pela morte da avó.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Drops – Wallace & Gromit: Avengança

 

Crítica – Wallace & Gromit: Avengança

Review – Wallace & Gromit: Avengança
Como outras animações estreadas pela dupla criada pela Aardman Animations, Wallace & Gromit: Avengança é uma aventura que conquista pela sua excentricidade e senso de encantamento. Na trama Gromit passa a ficar cada vez mais preocupado com a dependência de Wallace de suas invenções, se agravando quando Wallace cria um robô gnomo para realizar todas as tarefas domésticas. As coisas pioram quando o vilão Feathers McGraw toma o controle do robô e passa a usá-lo para fins malignos, buscando vingança contra Wallace e Gromit por prendê-lo no passado.

Ludicidade aloprada

Em essência é uma narrativa sobre os perigos de confiar demais em automação e inteligência artificial, lembrando como nada substitui o componente humano, como o ato de você mesmo fazer carinho em seu cachorro ao invés de recorrer a alguma traquitana maluca como faz Wallace. Que essa crítica a uma dependência de inteligência artificial seja feita por uma animação em stop motion feita à mão só torna essa crítica mais apropriada.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Conheçam os indicados ao Oscar 2025

 

Academy Awards Nominees 2025

Na manhã desta quinta, 23 de janeiro, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou os indicados ao Oscar 2025. Para nós, brasileiros, a melhor notícia foi Ainda Estou Aqui ter conseguido três indicações, incluindo uma indicação inédita ao prêmio de melhor filme. O filme com mais indicações foi Emilia Perez, que recebeu treze menções, seguido por O Brutalista, que recebeu dez indicações. A cerimônia do Oscar acontecerá no dia três de março, domingo de carnaval, e será apresentada por Conan O’Brien. Confiram abaixo a lista completa de indicados.

 

Melhor Filme

"Anora"

"O Brutalista"

"Um Completo Desconhecido"

"Conclave"

"Duna: Parte II"

"Emilia Pérez"

"Ainda Estou Aqui"

"Nickel Boys"

"A Substância"

"Wicked"

Crítica – Castlevania Noturno: 2ª Temporada

 

Análise Crítica – Castlevania Noturno: 2ª Temporada

Review – Castlevania Noturno: 2ª Temporada
Depois de uma ótima primeira temporada que introduziu novos heróis e vilões, Castlevania: Noturno leva o confronto contra a “messias vampira” Erszebet ao seu clímax. Ainda que não seja tão boa quanto a temporada anterior, a série continua a empolgar com sua mistura das histórias de Castlevania Rondo of Blood e Castlevania Symphony of the Night.

Revolução vampírica

A trama continua no ponto em que a temporada anterior terminou, com a vilã ampliando seus poderes e ficando mais perto de conseguir evocar uma noite eterna para que as criaturas da noite dominem o mundo. Richter e os demais heróis mal conseguem escapar, mas encontram um novo aliado em Alucard. Agora eles precisam se reorganizar e encontrar um meio de lidar com os poderes quase que divinos de Erszebet.

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Drops – De Volta à Ação

 

Resenha Crítica – De Volta à Ação

Análise Crítica – De Volta à Ação
Divulgado como o retorno de Cameron Diaz depois de onze anos longe das telas, De Volta à Ação mostra que Diaz ainda tem carisma para sustentar um blockbuster de ação. Infelizmente, Diaz e sua co-estrela Jamie Foxx são desperdiçados em uma produção genérica, daquelas que a gente começa a esquecer assim que os créditos sobem.

Retorno em não tão grande estilo

A narrativa é protagonizada pelo casal de espiões Emily (Cameron Diaz) e Matt (Jamie Foxx). Depois que uma missão dá errado e Emily descobre estar grávida eles aproveitam para forjarem as próprias mortes e desaparecer. Quinze anos depois eles levam uma típica vida suburbana com seus dois filhos até que um incidente faz seus disfarces serem revelados. Agora a família é alvo de criminosos que buscam o item que a dupla escondeu em sua última missão como espiões.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Crítica – Anora

 

Análise Crítica – Anora

Review – Anora
Os filmes do diretor Sean Baker costumam focar em pessoas que vivem nas margens, tentam desesperadamente alcançar algum sonho apenas para perceberem que nunca estiveram perto de conseguir o que desejavam ou ver o sonho se dissolver diante de si. Anora tem muito disso, embora exiba uma trama mais focada ao invés dos personagens errantes de Projeto Flórida (2017) ou Red Rocket (2021), ao acompanhar uma personagem cuja mudança de vida toma uma guinada inesperada. É uma trama tributária a Noites de Cabíria (1957), de Federico Fellini, e também de comédias românticas como Uma Linda Mulher (1990), a qual subverte com gosto, embora nunca se torne derivativa pelo modo como Baker imprime sua personalidade no material.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Piores filmes de 2024

 

Lista Piores filmes de 2024

Em 2024 eu me preservei mais, evitei muitos filmes ruins. Talvez por ter sido um ano difícil no plano pessoal e não estava com cabeça para ver certas coisas com cara de bomba. Ainda assim, é inevitável o contato com produções ruins e experiências negativas no cinema, inclusive porque penso que filmes ruins também tem um valor pedagógico, servindo como ótimos exemplos do que não fazer ou do que acontece quando se ignora certos procedimentos ou técnicas de realização audiovisual. Como aconteceu com minha lista de melhores filmes de 2024, levei em consideração as produções que foram lançadas comercialmente no Brasil ao longo do ano de 2024.

 

10) Madame Teia 

Piores filmes de 2024 - Madame Teia

Um dos filmes mais vilipendiados do ano Madame Teia é uma produção tão equivocada, tão problemática em todos os níveis, tão distante de qualquer convenção de qualidade dramatúrgica ou conduta humana que se torna acidentalmente hilário. É como assistir um filme de super-herói escrito e dirigido pelo Tommy Wiseau (de The Room), sendo divertido pelas razões erradas. Justamente por ter me feito rir que está na última posição da lista.

 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Crítica – Aqui

 

Análise Crítica – Aqui

Review – Aqui
Eu nunca gostei muito da expressão “tal coisa é um personagem” para qualificar a importância em um filme de algo que claramente não é um personagem. Dizer que “a casa é um personagem” ou “a música é um personagem” é um chavão genérico que não contribui para que expliquemos porque esse elemento de imagem/som se destaca ou ocupa uma posição tão central dentro de uma produção. Sim, objetos podem ser personagens, desde que ajam como tal, a exemplo de Memórias de um Liquidificador (2010) no qual o eletrodoméstico é um personagem de fato. A questão é que na maioria dos casos essa expressão é usada para qualificar elementos estéticos que claramente não ocupam essa função.

Feridas do tempo

Dirigido por Robert Zemeckis, Aqui meio que parte da ideia de que “a casa é um personagem” ao situar toda a sua trama em um único espaço ao longo de séculos e o resultado vai na contramão dessa ideia, com o espaço fazendo pouca ou nenhuma diferença no esquema geral da produção.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Crítica – Conclave

 

Análise Crítica – Conclave

Review – Conclave
Confesso que não imaginei que um filme focado no que é basicamente o TSE do Vaticano conseguiria me manter tão interessado, mas é exatamente isso que Conclave, novo filme de Edward Berger (responsável por Nada de Novo no Front), faz. Claro, o foco é mais nas intrigas da votação do que na burocracia em si, analisando as disputas de poder que ocorrem no coração da fé católica.

Eleição disputada

A trama é centrada no cardeal Lawrence (Ralph Fiennes), reitor da Santa Sé que fica incumbido de organizar o Conclave depois da morte do Papa. Com o colegiado dos cardeais isolados eles precisam votar para eleger um novo Papa. A votação, porém, não é um debate pacífico, com diferentes correntes disputando supremacia no pleito, segredos do passado trazidos à tona e até o surgimento de novas figuras, como o misterioso cardeal Benitez (Carlos Diehz), cuja nomeação foi feita em segredo pelo falecido Papa anterior e sua chegada na eleição desperta curiosidade quanto à sua legitimidade e intenções em relação ao pleito.

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Crítica – Maria Callas

 

Análise Crítica – Maria Callas

Review – Maria Callas
Terceira biografia dirigida pelo chileno Pablo Larraín depois de Jackie (2016) e Spencer (2021), Maria Callas conta a história da famosa cantora de ópera de origem grega. Como as outras biografias de figuras históricas femininas dirigidas por Larraín, é um filme que acerta ao tentar entender a subjetividade de sua biografada, embora este seja o mais fraco da trilogia do diretor.

Vida em revisão

A narrativa acompanha os últimos dias de Maria Callas (Angelina Jolie) vivendo uma existência solitária em seu apartamento em Paris. Ela passa os dias isolada, se enchendo de medicamentos que mexem com sua cognição e a fazem imaginar que está sendo entrevistada para um documentário. Esses delírios são uma maneira do filme nos deixar imersos no ponto de vista da protagonista, alguém que há muito já passou do seu ápice e agora se encontra em uma profunda depressão por conta de problemas de saúde que a impedem de cantar. Ao mesmo tempo, essa escolha também tenta servir como uma metalinguagem para as estruturas típicas de cinebiografias.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Crítica – Sol de Inverno

 

Análise Crítica – Sol de Inverno

Review – Sol de Inverno
Segundo longa-metragem do realizador japonês Hiroshi Okuyama, Sol de Inverno é uma história sobre amadurecimento e desilusão. O diretor narra essa história com um ritmo bastante deliberado e um olhar contemplativo diante de seus personagens conforme eles navegam pelos relacionamentos entre si.

Você é meu sol

A trama acompanha Takuya (Keitatsu Koshiyama), um garoto tímido e levemente gago que não tem muita aptidão para esportes, mas que tenta participar das ligas de sua cidade para acompanhar os amigos. Um dia ele se encanta por Sakura (Kiara Takanashi), uma jovem patinadora que está treinando para ser profissional. O técnico de Sakura, Arakawa (Sōsuke Ikematsu), ele próprio um ex-campeão de patinação, crê que Sakura e Takuya podem funcionar bem como uma dupla e que trabalhar em equipe pode ser bom para Sakura.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Crítica – Comando das Criaturas

 

Análise Crítica – Comando das Criaturas

Review – Comando das Criaturas
Primeiro produto do novo universo DC capitaneado por James Gunn, a série animada Comando das Criaturas traz vários personagens de quarta ou quinta categoria da DC para fazer o que Gunn faz de melhor, dar camadas a esses vilões que nas mãos de outras pessoas seriam buchas de canhão para os heróis baterem, mas aqui viram indivíduos com várias camadas e razões compreensíveis para que suas vidas os tenham levado para o rumo que tomaram.

Circo de aberrações

A narrativa começa quando Amanda Waller (Viola Davis) precisa montar uma nova equipe clandestina para agir contra uma ameaça na remota nação do Pokolistão e proteger a governante local, a princesa Ilana (Maria Bakalova). Como o uso de prisioneiros se tornou controverso depois dos eventos na ilha de Corto Maltese em O Esquadrão Suicida (2021), Waller decide empregar seres que não seriam considerado “humanos”, colocando Rick Flag Sr (Frank Grillo) para comandar um grupo de criaturas formado pela Noiva (Indira Varma), o Robô Recruta (Sean Gunn), Dr. Fósforo (Alan Tudyk), Nina Mazurski (Zoe Chao) e o Doninha (Sean Gunn).

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Melhores filmes de 2024

Best movies of 2024

Em 2024 eu me preservei mais, evitei muitos filmes ruins. Talvez por ter sido um ano difícil no plano pessoal e não estava com cabeça para ver certas coisas com cara de bomba. Por outro lado, vi muita coisa que me agradou bastante ao ponto em que foi um dos anos mais difíceis em termos de organizar a lista dos dez melhores e senti que precisaria fazer algumas menções honrosas para ser justo com alguns filmes que mereciam atenção. Como fiz em outros anos minha lista leva em consideração filmes que foram lançados comercialmente no Brasil (em cinema ou streaming) ao longo de 2024.

  

10)           Jurado Nº2

 

Melhores filmes de 2024 - Juror Number 2

Porque diferenciar o que é certo e o que é conveniente nem sempre é fácil

 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Crítica – Bagagem de Risco

 

Análise Crítica – Bagagem de Risco

Review – Bagagem de Risco

Um dos filmes mais divertidos da parceria entre o diretor Jaume Collet-Serra e o ator Liam Neeson foi Sem Escalas (2014), um thriller que aproveitava bem o espaço confinado de um avião em pleno voo para construir tensão. O realizador volta ao ambiente de aeroporto neste Bagagem de Risco, produzido pela Netflix, mas o resultado não é tão legal.

Terminal em risco

A trama é protagonizada por Ethan (Taron Egerton), um funcionário da segurança do aeroporto de Los Angeles. É véspera de Natal e o terminal está cheio de gente tentando viajar. Em meio ao caos ele recebe a ligação de um estranho (Jason Bateman) avisando que ele precisa deixar passar um passageiro com uma bagagem com fita vermelha independente do resultado do raio-x, caso contrário o estranho irá matar a namorada de Ethan, Nora (Sofia Carson).

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Crítica – Sonic 3: O Filme

 

Análise Crítica – Sonic 3: O Filme

Review – Sonic 3: O Filme
O sucesso de Sonic: O Filme (2020) foi um dos raros casos em que um bando de nerds raivosos de internet conseguiu tornar algo melhor ao substituir o bizarro visual fotorrealista do ouriço veloz por algo mais cartunesco e próximo do seu design nos games. Mesmo não sendo grande coisa, o filme arrecadou o bastante para justificar uma continuação em Sonic 2: O Filme (2022) que melhorou um pouco em relação ao anterior, ainda que sofresse com parte dos mesmos problemas. Agora chegamos a este Sonic 3: O Filme que entrega algo superior aos anteriores e se continuarmos a progredir nesse nível talvez tenhamos um filme do Sonic realmente excelente lá pelo sexto ou sétimo filme.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Crítica – Babygirl

 

Análise Crítica – Babygirl

Review – Babygirl
Os trailers de Babygirl não me deixaram muito curioso pelo filme, soando como uma versão da A24 da franquia 50 Tons de Cinza. Felizmente o produto final não é isso, entregando um estudo sobre sexualidade, poder, liberdade e culpa que se sustenta principalmente pela performance de Nicole Kidman.

Desejo e controle

A trama é protagonizada pela executiva Romy (Nicole Kidman), que preside uma crescente empresa de automação de processos. Ela e o marido são casados há quase vinte anos, mas ela não parece sentir prazer com ele, sempre indo assistir pornô de sadomasoquismo depois do sexo para realmente se satisfazer. Ela tem a chance de viver suas fantasias quando conhece o jovem estagiário Samuel (Harris Dickinson), que parece perceber o desejo da empresária em ceder controle. Aos poucos eles se aproximam e começam um tórrido romance que ameaça os negócios e o casamento de Romy.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Crítica – What If…?: 3ª Temporada

 

Resenha Crítica – What If…?: 3ª Temporada

Review – What If…?: 3ª Temporada
A série What If…? funciona melhor quando usa suas possibilidades do multiverso para explorar novas possibilidades de desenvolver seus personagens ou formatos narrativos diferentes para suas tramas de super-heróis. Esse terceiro e aparentemente último ano da série tenta trazer um encerramento ao arco do Vigia iniciado nos anos anteriores e dialogar com alguns gêneros diferentes, mas tanto suas escolhas narrativas quanto de personagem nem sempre funcionam.

Prisma de possibilidades

O primeiro episódio da temporada é claramente uma homenagem a filmes de kaijus como Godzilla e similares ao nos apresentar a uma realidade com monstros gigantes em que os Vingadores precisam pilotar mechas para enfrentar as criaturas. É um episódio com ação bem conduzida, ainda que nunca aproveite as possibilidades desse cenário e a narrativa tem muito pouco a dizer sobre a amizade que tenta construir entre Sam Wilson e Bruce Banner.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Crítica – Jurado Nº 2

 

Análise Crítica – Jurado Nº 2

Review – Jurado Nº 2
O cinema de Clint Eastwood sempre trouxe consigo meditações sobre moralidade na sociedade estadunidense, desde a expansão para o oeste no western revisionista Os Imperdoáveis (1992), passando por considerações a respeito de como a sociedade trata seus heróis em produções como Sully (2016) e O Caso Richard Jewell (2019). Agora Eastwood se volta para o sistema judiciário e sua moralidade em Jurado Nº2.

Crime e castigo

A narrativa é protagonizada por Justin (Nicholas Hoult), que é chamado para servir de jurado em um julgamento de homicídio. Ele tenta sair da convocação alegando a gravidez de risco da esposa, Allison (Zoey Deutch), mas a juíza nega afirmando que ele só irá ficar o mesmo número de horas de seu expediente regular. Quando os trabalhos começam, Justin se dá conta que o réu está sendo acusado de ter assassinado uma mulher que o próprio Justin tinha atropelado acidentalmente meses atrás. Como o réu era ex-namorado da mulher assassinada e tinha um histórico de violência, as autoridades automaticamente o consideraram como responsável pela morte. Justin é um alcoólatra em recuperação e tem uma condenação de anos atrás por dirigir embriagado, o que faria sua pena ser altíssima caso assumisse a culpa. Agora, Justin precisa convencer o júri a inocentar o réu para evitar que um inocente vá para a cadeia ao mesmo tempo que tenta afastar qualquer conjectura sobre o possível culpado real.