sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Drops – O Jogo do Assassino

 

Crítica – O Jogo do Assassino

Review Drops – O Jogo do Assassino
Não esperava nada de O Jogo do Assassino, mas é um filme de ação tão idiota, tão absurdamente exagerado e cartunesco que acabei me divertindo. A trama acompanha Joe (Dave Bautista) um assassino profissional que começa a sentir estranhas dores de cabeça. Ele vai ao médico e descobre que tem uma rara doença degenerativa, tendo apenas alguns meses de vida. Como Joe não quer definhar aos poucos, ele contrata uma rival para assassiná-lo de modo que sua namorada, a bailarina Maize (Sofia Boutella), possa receber seu seguro de vida quando ele morrer.

Vidas em jogo

Assim que o prazo do contrato contra Joe se inicia ele recebe uma ligação do médico avisando que houve um engano com seus exames e ele não vai morrer. Agora é tarde demais para retirar a recompensa que ele próprio botou sobre si e Joe vai precisar enfrentar todos os assassinos da Europa se quiser sobreviver.

É uma trama bem básica e sem muita substância, como Joe não oferecendo muito além do assassino com consciência que deseja reconstruir a vida. Sofia Boutella, por sua vez, é desperdiçada com uma personagem que existe só para ser o interesse romântico do protagonista.

O que chama atenção, por outro lado, é todo o universo absurdo de assassinos de aluguel que o filme cria, com direito a um aplicativo no qual os matadores recebem a “encomenda” e podem escolher pegar o serviço ou não arrastando para a esquerda ou direita como se fosse o Tinder. A narrativa cria todo tipo de matador aloprado, como a dupla de irmãos que luta em cima de uma moto ou o assassino espanhol que luta dançando enquanto ouve flamenco. Essa natureza exagerada se encontra também na vilã Antoinette (Pom Klementieff, a Mantis de Guardiões da Galáxia), que devora o cenário em sua histeria violenta.

O exagero cartunesco está também na ação sanguinolenta, com um tiro bastando para fazer a cabeça de alguém explodir em milhares de pedaços e pintar um cômodo inteiro com sangue. O sangue digital as vezes descamba para a artificialidade, mas o diretor J.J Perry, que tem uma longa experiência como dublê, faz a ação funcionar pela criatividade nas suas coreografias de luta e como explora os talentos pitorescos de seus assassinos. É tudo muito absurdo, muito exagerado e muito idiota, como se estivéssemos vendo uma versão live action sangrenta de algum desenho animado antigo tipo Tom & Jerry, conferindo ao filme um charme tosco que o torna divertido mesmo quando a narrativa e personagens são qualquer coisa.

 

Nota: 6/10


Trailer

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