Crimes digitais
Na trama, o detetive Ma Seok-Do (Ma Dong-Seok/Don Lee) se junta à unidade de crimes cibernéticos para deter uma grande organização de jogos de azar online que usa o dinheiro para financiar outras operações criminosas. Considerando o crescimento dos cassinos online ao redor do mundo (incluindo aqui no Brasil com o jogo do tigrinho e similares) e como eles nem sempre operam na legalidade, o conflito central do filme soa bastante atual.
Logicamente a narrativa não é um tratado sobre os malefícios de cassinos virtuais e fica apenas na superfície do problema, usando a premissa mais como um meio de contextualizar suas cenas de ação do que como um tema do qual tem algo a dizer. Isso em si não é um problema. Ninguém vai assistir filmes com o título de Força Bruta esperando uma análise de conjuntura madura e ponderada. É o tipo de coisa que importaria pouco se o filme fosse divertido, mas depois de tantas continuações, as aventuras do detetive Ma Seok-Do já dão aqui sinais de cansaço.
Sim, Don Lee ainda é um protagonista de ação carismático, distribuindo frases de efeito engraçadinhas e canastronas com a mesma facilidade com a qual distribui sopapos. Lee é preciso no timing cômico de suas tiradas sarcásticas com inimigos e colegas, sendo mais do que habilidoso nas cenas de ação.
Como em filmes anteriores, a
pancadaria é competente em termos de execução e chama atenção pela brutalidade
dos combates. A questão é que não tem nada que realmente empolgue, por mais que
exiba lutas bem conduzidas, como a luta de faca envolvendo o vilão invadindo a
área de um rival e matando várias pessoas ou o combate no corredor de um avião
no qual os lutadores precisam de técnica e astúcia para vencer em um espaço
muito restrito. Não há nada de exatamente errado na ação, é até criativa, mas
não empolga como deveria e isso faz Força
Bruta: Punição ser aquele tipo de filme que você começa a esquecer assim
que os créditos sobem.
Nota: 5/10
Trailer
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