Mostrando postagens com marcador Animação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Animação. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Crítica – O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim

 

Análise Crítica – O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim

Review – O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim
Um anime que contasse a história do rei Helm Mão-de-Martelo e de como o a fortaleza que leva seu nome permitiu aos Rohirrim resistirem a uma invasão séculos antes dos eventos de O Senhor dos Anéis: As Duas Torres (2002) não era a primeira coisa que eu pensaria para uma nova produção na Terra-Média (ainda não entendo como ninguém tentou um projeto baseado em Beren & Luthien ou Os Filhos de Húrin). Mesmo não sendo um pedaço da história deste universo que deixava os fãs ansiosos de curiosidade, O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim é uma aventura bacana.

Lá e de volta outra vez

A trama é focada em Héra, filha de Helm. Quando um governante do sul, Freca, tenta forçar Helm a casá-la com seu filho, Helm o desafia para uma luta. Durante o combate Freca cai por conta de um soco de Helm e bate a cabeça, morrendo. Helm bane Wulf, filho de Freca, das terras de Rohan, mas ele jura vingança. Anos depois Wulf vem com um exército de mercenários atacar o reino, obrigando todos a recuarem para a fortaleza nas montanhas. Os irmãos de Héra morrem no primeiro ataque de Wulf e agora apenas ela e o pai restam da família real enquanto eles ficam sitiados na fortaleza.

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Crítica – The First Slam Dunk

 

Análise Crítica – The First Slam Dunk

Review – The First Slam Dunk
Apesar do título, The First Slam Dunk não é um prelúdio para a história do anime/mangá Slam Dunk de Takehiko Inoue. Na verdade, ele é uma espécie de continuação do anime ao adaptar o último arco do mangá e mostrar a partida decisiva entre os protagonistas do colégio Shohoku e os rivais do colégio Sannoh. De partida isso pode afastar novatos a este universo, já que encontramos esses personagens e suas relações plenamente desenvolvidos, mas o filme, dirigido pelo próprio Inoue em sua estreia como realizador de cinema, consegue funcionar como uma ótima introdução a Slam Dunk.

Vidas em jogo

A narrativa se passa durante a partida derradeira entre Shohoku e Sannoh e ao logo do jogo volta algumas vezes ao passado dos protagonistas para construir suas histórias e o que está em disputa para cada um naquela partida numa estrutura similar a Rivais (2024). Se o anime e mangá eram protagonizados pelo jovem delinquente Sakuragi, que entrava para um time de basquete para se aproximar de uma garota de quem gostava, aqui o foco da narrativa é Ryota, um armador de baixa estatura, mas muito ágil.

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Drops – Transformers: O Início e Hellboy e o Homem Torto

 

Hoje na coluna Drops, dedicada a textos mais curtos, vou falar sobre dois filmes que acabei deixando passar quando foram exibidos nos cinemas, Transformers: O Início e Hellboy e o Homem Torto, dois filmes que funcionam como recomeços para seus respectivos personagens.

Aventura “padrão Marvel”

Análise Crítica – Transformers: O Início


Review – Transformers: O Início
Transformers: O Início acompanha a história de dois mineradores, Orion Pax (Chris Hemsworth) e D-16 (Bryan Tyree Henry, de Atlanta) antes que eles se tornem os lendários Optimus Prime e Megatron respectivamente. A trama mostra uma Cybertron arruinada, que depende da constante mineração de energon para sobreviver enquanto o líder, Sentinel Prime busca a mítica matriz da liderança para resolver o problema de energia do planeta.

Desde o início incomoda como o filme se apoia no expediente de ter seus personagens trocando piadinhas ou diálogos engraçadinhos o tempo todo, muitas vezes comentando a própria trama, como se esse tipo de humor “padrão Marvel” fosse um substituto para personagens sem personalidade ou para uma trama mal escrita (tentar rir de um roteiro ruim não é por si só engraçado). Isso é principalmente evidente em B-127 (que virará o Bumblebee), cujo falatório constante é mais constrangedor e irritante do que engraçado, e em Elita-1 (Scarlett Johansson), que é reduzida à “a garota”, se limitando a reagir exasperada às ações dos demais personagens de maneira tão clichê que imaginei que em algum momento ela fosse jogar os braços para cima e dizer “ah, homens” aborrecida.

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Crítica – The Legend of Vox Machina: 3ª Temporada

 

Análise Crítica – The Legend of Vox Machina: 3ª Temporada

Review – The Legend of Vox Machina: 3ª Temporada
Essa terceira temporada de The Legend of Vox Machina tem um clima de apoteose considerando que ela marca o confronto derradeiro entre os aventureiros da Vox Machina e o conclave de dragões liderado pelo poderoso dragão vermelho Thordak. É um conflito que foi construído ao longo das duas temporadas anteriores e cuja execução aqui não decepciona.

Masmorras e dragões

Mesmo depois de coletarem os Vestígios na segunda temporada, o grupo ainda não é páreo para Thordak. Eles são abordados por Raishan, antiga aliada de Thordak, que propõe uma aliança com eles, já que ela quer se vingar do dragão por ter se recusado a ajudá-la a eliminar uma maldição que a estava matando aos poucos. Mesmo relutantes, a equipe aceita o acordo e parte em busca de uma armadura que pode absorver o poder de Thordak. A missão se torna mais urgente com a descoberta que o dragão está chocando centenas de ovos que estão prestes a eclodir para liberar novos dragões contra o reino.

terça-feira, 22 de outubro de 2024

Crítica – Robô Selvagem

 

Análise Crítica – Robô Selvagem

Review – Robô Selvagem
Não esperava nada da animação Robô Selvagem e me surpreendi com sua narrativa singela e emocionante sobre cuidado, cooperação e maternidade. A trama é focada na robô Roz (voz de Lupita Nyong’o), que depois de uma tempestade vai parar em uma ilha habitada apenas por animais. Lá ela acaba acolhendo um bebê ganso órfão, a quem chama de Bico-Bonito, e toma para si a tarefa de criá-lo e prepará-lo para voar até o momento da migração de inverno, contando com a ajuda da raposa Escobar (voz de Pedro Pascal) para educar a pequena ave.

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Drops – Garfield: Fora de Casa

 

Análise Crítica – Garfield: Fora de Casa

Review – Garfield: Fora de Casa
Cresci com as tirinhas do Garfield e assistindo a série animada que passava no Cartoon Network, até assisti os dois live action em que Bill Murray deu voz ao gato mal humorado (o primeiro é inofensivo, o segundo é ruim), mas mesmo o retorno à animação não me empolgou muito para este Garfield: Fora de Casa. A trama tenta recontar o início da relação do gato Garfield (Chris Pratt) com seu dono, Jon (Nicholas Hoult), com Garfield eventualmente sendo sequestrado e forçado a ajudar o pai que nunca conheceu, Vic (Samuel L. Jackson), a realizar um roubo para a perigosa gata Jinx (Hannah Waddingham) como forma de pagar um dívida.

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Crítica – Sailor Moon: Cosmos

 

Análise Crítica – Sailor Moon: Cosmos

Review – Sailor Moon: Cosmos
Depois que Sailor Moon: Eternal adaptou o quarto arco do mangá em dois filmes, a saga de Usagi e suas aliadas iniciada em Sailor Moon Crystal chega ao fim neste Sailor Moon: Cosmos, que adapta o arco final do mangá. Como na história anterior, o anime produzido pela Netflix vem no formato de dois filmes.

A Lenda da Luz da Lua

A história inicia com Usagi e as demais voltando ao seu cotidiano de estudantes, mas essa paz é logo interrompida pela chegada das misteriosas Sailor Starlights, guerreiras de outro planeta que vieram à Terra um busca de sua princesa, e também da poderosa vilã Sailor Galaxia, que está em busca dos Sailor Crystals que Usagi e as outras carregam consigo.

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Crítica – Batman: Cruzado Encapuzado

 

Análise Crítica – Batman: Cruzado Encapuzado

Review – Batman: Cruzado Encapuzado
Lançada em 1992 Batman: A Série Animada, produzida por Bruce Timm, redefiniu as histórias do Batman ao inserir novos personagens, como a Arlequina, e repensar a mitologia de vários de seus vilões, como o Sr. Frio, lhes dando mais complexidade. A série também é importante por ter originado todo um universo animado, sendo seguida por Superman: A Série Animada, Liga da Justiça e Liga da Justiça Sem Limites. Todo esse conjunto é, talvez, uma das melhores adaptações do universo DC para o audiovisual, então recebi com empolgação a notícia que Timm voltaria a produzir uma série animada do Batman neste Batman: Cruzado Encapuzado, que ainda conta com o veterano dos quadrinhos Ed Brubaker como roteirista.

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Crítica – Minhas Aventuras Com o Superman: Segunda Temporada

 

Análise Crítica – Minhas Aventuras Com o Superman: Segunda Temporada

Review – Minhas Aventuras Com o Superman: Segunda Temporada
O ano de estreia de Minhas Aventuras Com o Superman acertava na construção de um Superman mais esperançoso, benevolente e conectado à sua humanidade. Esse segundo ano continua isso e expande o universo com novos personagens.

Depois de salvar Metrópolis do Parasita o Superman conta com aprovação de boa parte do público, embora Amanda Waller ainda o trate como ameaça, principalmente depois da visão de uma frota kryptoniana se aproximando. Clark tenta descobrir mais sobre seu passado enquanto Lois se esforça para se reaproximar do pai e Waller cruza ainda mais limites éticos para conseguir meios de enfrentar o Superman, buscando inclusive ajuda do gênio tecnológico Lex Luthor.

A temporada explora o senso de solidão de Clark por ser o único de sua espécie e a dificuldade dele em lidar com o legado kryptoniano que parece ser o de um império expansionista. Esse senso de isolamento desperta inseguranças em Lois de que ela talvez seja banal demais ou não seja o suficiente para alguém tão extraordinário quanto Clark. Jimmy, por outro lado, só vai ter algum arco próprio quando Kara chega na cidade e ele se torna a principal conexão dela com a humanidade, mostrando o lado positivo do nosso planeta para a prima do Superman, que parece ter vindo para nos dominar.

sexta-feira, 12 de julho de 2024

Crítica – Go! Go! Loser Ranger!

Análise Crítica – Go! Go! Loser Ranger!
 

Review – Go! Go! Loser Ranger!
O anime Go! Go! Loser Ranger! funciona como um The Boys para o universo dos Super Sentai/Power Rangers na medida em que satiriza esse tipo de história e pensa como, num olhar mais realista ou mais cínico esses personagens se tornariam celebridades inebriadas pela própria fama e poder, além de uma força fascistoide de controle social. Com doze episódios primeira temporada tenta nos introduzir esse universo e os problemas dele, embora sofra com alguns problemas de ritmo.

A trama se passa em um mundo no qual uma nave de invasores alienígenas paira sobre o nosso planeta. Semana após semana os invasores enviam monstros para a nossa superfície e cabe aos Guardiões do Dragão da Tropa Ranger deter esses monstros. Munidos de equipamentos poderosos chamados de Artefatos Divinos, os Rangers detêm um poder enorme e se tornaram celebridades. Estádios foram construídos no local de pouso mais comum dos monstros e a guerra que se estende há treze anos é agora um espetáculo para as massas, com as lutas sendo televisionadas para o mundo inteiro. Só há um problema: os Rangers derrotaram os invasores no primeiro ano do ataque e tudo que veio depois é uma encenação.

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Crítica – Meu Malvado Favorito 4

 

Análise Crítica – Meu Malvado Favorito 4

Review – Meu Malvado Favorito 4
Quando escrevi sobre Meu Malvado Favorito 3 (2017) mencionei como o filme deixava evidente o desgaste criativo da franquia, se limitando a encadear uma série de gags cômicas de modo aleatório e episódico sem uma trama que ajudasse a nos manter investidos em todo o caos. Este Meu Malvado Favorito 4 segue o mesmo caminho, partindo de um fiapo narrativo para jogar um monte de situações cômicas a esmo, sendo que uma parcela não funciona como deveria.

Gru (Leandro Hassum) se vê ameaçado pelo antigo inimigo Maxime Le Mal, que fugiu da prisão e jura se vingar de Gru e de sua família. Agora ele, a esposa, Lucy (Maria Clara Gueiros), e as filhas se mudam para uma pequena cidade, recebendo novas identidades. Ao mesmo tempo, os minions são levados para o QG da Liga Antivilões para serem treinados como agentes, o que logicamente dá muito errado e gera muitas confusões.

segunda-feira, 17 de junho de 2024

Crítica – Divertida Mente 2

 

Análise Crítica – Divertida Mente 2

Review – Divertida Mente 2
Eu adoro o primeiro Divertida Mente (2015) e como ele consegue transmitir, com um humor, sensibilidade e de uma maneira acessível a todas as idades a complexidade de lidar com as nossas emoções e como cada sentimento é importante para uma vida emocional saudável. Apesar de todos os méritos, temi que esse Divertida Mente 2 pudesse não estar à altura do original, principalmente no modo como a Disney vem fazendo continuação e remake de seus principais filmes um atrás do outro e forçando a Pixar a fazer o mesmo. Felizmente isso não acontece aqui e Divertida Mente 2 é tão emocionante, divertido e complexo quanto o primeiro filme.

A trama mostra a garota Riley agora com treze anos. Ela tem amigas na escola, ela é destaque no seu time de hockey e suas emoções aprenderam a trabalhar em harmonia. A passagem do tempo também tornou o funcionamento de sua mente mais complexo, com o surgimento de uma camada profunda na qual certas memórias formam convicções que se enraízam no senso de si da Riley. A Alegria se preocupa em só transformar em convicções as memórias que se conectam a um senso de si positivo de que Riley é uma boa pessoa, jogando para as margens da mente as memórias que ela acha negativas.

quinta-feira, 16 de maio de 2024

Crítica – X-Men 97

 

Análise Crítica – X-Men 97

Review – X-Men 97
Foi uma surpresa o anúncio de que a Marvel iria reviver a animação dos X-Men da década de 90 neste X-Men 97. Mais surpreendente ainda é que a produção não tenha se acomodado a ser uma exploração cínica da nostalgia noventista e tenha realmente feito algo incrível com esses personagens e esse universo. A verdade é que X-Men 97 é muito melhor do que teria qualquer direito de ser e provavelmente é a melhor produção da Marvel Studios desde sua origem.

A série continua de onde a animação original parou, com Xavier sendo levado pelos Shi’ar depois de sofrer uma tentativa de assassinato. Sem seu líder, os X-Men tentam prender Bolivar Trask e os remanescentes do programa dos sentinelas, mas o testamento de Xavier coloca Magneto no comando da equipe e da escola, iniciando novas tensões dentro do grupo.

Poucos produtos da Marvel entenderam tão bem a essência de seus personagens e suas diferentes facetas como essa série faz. A série explora os X-Men como super-heróis, como metáfora social para o preconceito, como personagens de ficção científica e também como protagonistas de um grande melodrama familiar repleto de triângulos amorosos e traições. Tudo isso embalado em um pacote coeso, que nunca soa tonalmente inconsistente a despeito das várias direções nas quais joga seus personagens.

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Crítica – Velma: Segunda Temporada

 

Análise Crítica – Velma: Segunda Temporada

Review – Velma: Segunda Temporada
A primeira temporada de Velma foi tão universalmente odiada que se tornou um fenômeno de hate watching, com muita gente assistindo só para conferir o que de fato ela tinha de tão ruim. Apesar de ninguém ter gostado, a quantidade de pessoas que assistiram só para falar mal garantiu que a série animada tivesse audiência suficiente para uma segunda temporada.

O segundo ano começa com a turma tentando voltar ao normal depois dos eventos do ano anterior. A tranquilidade, no entanto, dura pouco já que uma nova onda de assassinatos volta a aterrorizar a cidade, começando pela morte do xerife. Com as autoridades sem liderança, cabe a Velma e o resto da turma tentarem resolver o mistério.

Velma era uma das piores personagens da temporada de estreia. Egoísta, mesquinha, sem qualquer escrúpulo de usar os amigos sem se importar com eles e desprovida de qualidades que a redimissem, ela era uma personagem insuportável de acompanhar. Essa nova temporada some com isso e traz uma Velma que, apesar de ser irritante por sua conduta sabichona, é mais preocupada com o bem estar das pessoas ao seu redor e tem mais elementos que nos fazem torcer por ela.

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Drops – Kung Fu Panda 4

 

Análise Crítica – Kung Fu Panda 4

Review – Kung Fu Panda 4
Assim como outras animações que tiveram continuações demais, Kung Fu Panda 4 dá sinais de cansaço da franquia e um senso de que tudo é feito a toque de caixa simplesmente porque é mais barato e menos arriscado financeiramente fazer mais um do que tentar algo novo. A trama coloca Po para enfrentar uma nova vilã ao mesmo tempo em que o mestre Shifu o incumbe de encontrar um novo Dragão Guerreiro para substituí-lo, já que Po deve se tornar o líder espiritual do Vale da Paz. Em sua jornada, Po encontra a raposa Zhen e se alia a ela contra a nova vilã.

A trama é relativamente previsível, sendo óbvio desde o início que Zhen vai trair Po e depois se arrepender por conta da amizade genuína que o panda mostrou a ela. Do mesmo modo, é bem evidente quem Po escolherá como seu sucessor. A vilã Camaleoa, apesar da dublagem de Viola Davis torná-la ameaçadora, acaba se revelando uma antagonista bastante genérica, longe dos vilões marcantes dos filmes anteriores, em especial o Tai Lung do primeiro filme que reaparece aqui para nos lembrar de filmes melhores da franquia. A ideia da vilã poder se transformar em inimigos do passado de Po poderia servir de metáfora para o personagem confrontar seu passado, mas na narrativa nunca faz nada de muito interessante com esse conceito.

terça-feira, 9 de abril de 2024

Crítica – Invencível: Segunda Temporada (Parte 2)

 

Análise Crítica – Invencível: Segunda Temporada (Parte 2)

Review – Invencível: Segunda Temporada (Parte 2)
Depois de uma primeira parte difusa, que se espalhava demais tentando estabelecer os conflitos dos vários personagens, a segunda parte da segunda temporada de Invencível consegue entregar desfechos impactantes para os conflitos que iniciou em sua metade inicial.

Voltando para a Terra depois de reencontrar o pai e tomar uma surra dos viltrumitas, Mark precisa pensar em um meio de deter os poderosos seres antes que eles lancem sua total invasão ao nosso planeta. Ao mesmo tempo os Guardiões do Globo lidam com seus conflitos internos e o misterioso Angstrom Levy trama nos bastidores sua vingança contra Mark.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Crítica – O Menino e a Garça

 

Análise Crítica – O Menino e a Garça

Review – O Menino e a Garça
Divulgado como o último filme do venerável Hayao Miyazaki, O Menino e a Garça foi lançado nos cinemas japoneses sem qualquer trailer, apenas com um pôster para dar alguma noção do que seria. Até o lançamento no ocidente saíram alguns trailers, mas preferi assisti-lo sem ver nada, aberto a qualquer coisa que Miyazaki colocasse diante de mim e sem saber o que esperar.

A trama se passa no Japão da década de 1940 e acompanha Mahito, um garoto que perde a mãe em um bombardeio em sua vila durante a Segunda Guerra Mundial. Ele é então mandado para morar com o pai e sua nova esposa, que está grávida. Mahito tem dificuldade de se adaptar a essa nova vida e as coisas começam a ficar estranhas quando uma garça que habita o lago da propriedade começa a falar com ele e chamá-lo para uma torre em ruínas próxima que é alvo de lendas dos moradores locais. Ao entrar na torre Mahito é levado para um estranho universo paralelo e agora precisa sobreviver às ameaças e voltar para casa.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Crítica – Mestres do Universo: A Revolução

 

Análise Crítica – Mestres do Universo: A Revolução

Review – Mestres do Universo: A Revolução
Depois que Mestres do Universo: Salvando Etérnia me pegou de surpresa com a maturidade com a qual trabalhava seus personagens e trazia transformações significativas para o universo da trama e os protagonistas, estava curioso para ver o que o produtor e roteirista Kevin Smith faria com os ganchos deixados pela série. O resultado é esse Mestres do Universo: A Revolução, que entrega uma aventura mais tradicional do He-Man e passa longe da ousadia da série anterior.

A trama continua do ponto em que a anterior parou. Esqueleto se reconstruiu usando tecnologia e ajuda Hordak e sua horda a invadirem Eternia. Enquanto isso Adam lida com a morte do pai e se divide entre seu papel de herói e a possibilidade de ser Rei. Teela tenta usar seus poderes de feiticeira para recriar Preternia de modo que as almas dos heróis caídos tenham para onde ir.

A impressão é que muito dessa nova série foi pensado em resposta às reações negativas de fãs à série anterior e o quanto ela mexia com o status quo desse universo (o que era seu melhor atributo na minha opinião, afinal bons personagens se transformam com o tempo). Aqui, durante boa parte dos cinco episódios, não temos qualquer tentativa de mexer na fórmula ou na dinâmica entre os personagens, entregando uma aventura mais típica de He-Man contra o Esqueleto sem muito desenvolvimento para os personagens.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Crítica – What If...?: Segunda Temporada

 

Análise Crítica – What If...?: Segunda Temporada

Review – What If...?: Segunda Temporada
A primeira temporada de What If...? tinha algumas boas histórias, mas sofria um pouco com alguns episódios que não desenvolviam suas premissas de modo interessante. Essa segunda temporada é mais consistente na sua curadoria de histórias e apresenta tramas que se valem melhor de suas ideias.

Como na primeira temporada, a série acerta ao situar suas tramas em diferentes gêneros. O primeiro episódio protagonizado pela Nebulosa é bem tributário ao film noir, remetendo a produções como O Falcão Maltês (1940) ou o noir futurista de Blade Runner (1982). O episódio de Peter Quill invadindo a Terra remete a filmes de monstro e aquele que traz Happy preso na torre dos Vingadores com um bando de criminosos é claramente feito para remeter a Duro de Matar (1988).

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Crítica – Wish: O Poder dos Desejos

 

Análise Crítica – Wish: O Poder dos Desejos

Feito para celebrar os 100 anos da Disney, Wish: O Poder dos Desejos é uma homenagem mais focada em nos lembrar do longevo legado do estúdio do que para mostrar o espírito de inovação que o tornou tão amado. É uma produção que tem sua parcela de qualidades, mas que não tem o impacto que esperaríamos de uma celebração de um século.

A trama é focada em Asha, uma jovem que deseja se tornar aprendiz do rei Magnifico, um monarca que trouxe paz e prosperidade ao reino com seu poder de extrair e guardar os desejos de seus cidadãos, realizando-os periodicamente. Quando Asha descobre que o rei usa os desejos como forma de controlar a população ao invés de inspirá-la, ela decide devolver os desejos ao povo. A jovem faz um pedido para uma estrela e ela ganha vida. Agora, com a ajuda da estrela e seus poderes mágicos, ela decide enfrentar o rei.

É uma trama típica da Disney, com animais falantes e números musicais que nos lembra da importância de sonhar e perseguir os próprios desejos. Não tem nada aqui que quebre o molde do estúdio, mas não chega a ser um grande problema já que a produção tem carisma e encantamento o suficiente para nos manter interessados. Os números musicais são vibrantes e alguns deles, como o que envolve galinhas dançantes, remetem aos mosaicos das coreografias de Busby Berkeley. Não tem nenhuma música que soe com o impacto de hit instantâneo algo como Dos Oruguitas ou Não Falamos do Bruno de Encanto (2021), mas são canções carismáticas que entregam o que se espera.

Muito da graça do filme vem de como a trama costura referências aos vários filmes da Disney ao longo do último século, da silhueta da Malévola que aparece no livro de magia sombria do rei, passando pelo fato de que os amigos de Asha se vestem como os sete anões, que o manto que a protagonista usa remete ao da fada madrinha de Cinderela (1950) ou o vilão basicamente se tornar ao final no espelho da Rainha Má de Branca de Neve e os Sete Anões (1937). Nesse sentido, o avô de Asha ser um idoso de 100 anos em busca de alcançar seu desejo de inspirar as pessoas é uma clara metáfora para a Disney em si, que chega ao seu aniversário de um século ainda tentando nos fazer acreditar nos sonhos e na magia.

Como algo que nos diz o tempo todo que foi feito para celebrar o legado do seu estúdio, é relativamente decepcionante que ele arrisque tão pouco e prefira que sua celebração consista meramente de repousar sobre os próprios louros passados (nos lembrando de vários filmes melhores do que esse que estamos assistindo) do que em nos mostrar que a Disney ainda é capaz de inovar, de nos surpreender, de nos pegar desprevenidos e nos fazer nos perguntar “como eles imaginaram isso?” como fizemos em seus filmes mais memoráveis. Ao invés de nos mostrar como tem vigor para mais outros 100 anos de encantamento Wish: O Poder dos Desejos se acomoda em meramente nos fazer lembrar das glórias passadas. Claro, o filme tem lá seus bons momentos e não tem nada de particularmente problemático, só não está plenamente à altura de ser celebração que se propõe a ser.

 

Nota: 6/10


Trailer