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quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Crítica – Twisters

 

Análise Crítica – Twisters

Review – Twisters
Filmes-catástrofe não fazem muito meu estilo e não morro de amores pelo primeiro Twister (1996), então não fiquei exatamente empolgado com o anúncio desse Twisters. Parecia só mais uma dessas continuações tardias que existe para capitalizar em cima da nostalgia do espectador. Talvez por isso eu tenha ficado surpreso com o fato de que o filme se concentra mais em seus novos personagens sem se preocupar muito com referências ao original.

Novos rostos

A trama é protagonizada por Kate (Daisy Edgar-Jones), meteorologista que desenvolve um protótipo que pode dissipar tornados. As coisas dão errado durante o teste e quase toda sua equipe morre. Anos depois, ela trabalha em Nova Iorque quando o antigo colega, Javi (Anthony Ramos), a procura para uma nova caçada a tornados. Javi está trabalhando para o empreendedor Scott (David Corenswet), que financia sua pesquisa de escaneamento de tornados. Com esse mapeamento, Kate poderia aperfeiçoar seu protótipo e, assim, ela aceita participar da empreitada. Chegando no interior do país, a equipe de Kate esbarra no grupo de youtubers liderado por Tyler (Glen Powell), cuja postura é bem menos profissional que a equipe de cientistas da qual Kate faz parte.

sexta-feira, 29 de abril de 2022

Crítica – Moonfall: Ameaça Lunar

 

Análise Crítica – Moonfall: Ameaça Lunar

Review – Moonfall: Ameaça Lunar
Os filmes de Roland Emmerich nunca foram exatamente inteligentes e sempre usavam de maneira bem solta os conceitos científicos que ele usava. Ao menos, porém, produções como Independence Day (1996) ou O Dia Depois de Amanhã (2004) tinham uma certa autoconsciência da própria estupidez e conseguiam criar um senso de diversão ao redor de seus conceitos absurdos. O mesmo não acontece com este Moonfall: Ameaça Lunar, que não apenas leva a imbecilidade típica das tramas de Emmerich a patamares ainda mais elevados como também o faz sem qualquer espírito de diversão ou galhofa, levando tudo a sério e sendo tão cinzento que mais parece uma tentativa de Zack Snyder imitar o estilo de Emmerich. E não, isso não é um elogio.

Depois dos fracassos que foram Independence Day: O Ressurgimento (2016) e Midway: Batalha em Alto Mar (2019), grandes estúdios sabiamente passaram a não querer investir em Emmerich e para fazer Moonfall o diretor precisou levantar os 140 milhões de seu orçamento de produção (ou seja, o valor não leva em conta os custos de marketing e distribuição) de diferentes parceiros comerciais, incluindo companhias chinesas. Isso faz de Moonfall o mais caro “filme independente” estadunidense, o que seria um grande feito se não fosse tão pavorosamente ruim.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Crítica – A Última Noite

 

Análise Crítica – A Última Noite

Review Crítica – A Última Noite
Misturando o otimismo de películas natalinas com o niilismo de filmes sobre o iminente fim do mundo, este A Última Noite é certamente uma mistura insólita. A diretora Camille Griffin tenta construir uma trama sobre celebrações e encerramentos, mas nem tudo se encaixa como deveria.

A narrativa começa com o casal Nell (Keira Knightley) e Simon (Matthew Goode) esperando um grupo de amigos para as comemorações de Natal em sua casa de campo. Aos poucos o filme vai dando indícios de que há algo estranho no ar e logo descobrimos a razão. A atmosfera se tornou tóxica por conta das mudanças climáticas, gerando tornados e tempestades de substâncias mortais. Para evitar uma morte lenta e sofrida, a família de Nell e seus amigos decidiram tomar os comprimidos distribuídos pelo governo para terem uma morte sem sofrimento.  A comemoração de Natal é, portanto, a última noite deles neste mundo. O problema é que Art (Roman Griffin Davis, filho da diretora), o filho mais velho de Nell, não aceita de bom grado a ideia do suicídio coletivo.

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Crítica – Godzilla vs Kong

 

Análise Crítica – Godzilla vs Kong

Review – Godzilla vs Kong
Depois de três filmes (Godzilla, Kong: A Ilha da Caveira e Godzilla 2: Rei dos Monstros) construindo o universo de monstros e preparando terreno para o embate entre os dois famosos monstros gigantes do cinema neste Godzilla vs Kong. Eles mostram que aprenderam algumas lições com os filmes anteriores, embora ainda insistam em repetir alguns dos problemas.

Na trama, Godzilla começa estranhamente a atacar cidades humanas e as pessoas começam a pensar na criatura, que até então protegia o mundo de outros monstros, como uma ameaça. O aumento da agressividade do réptil atômico preocupa a pesquisadora Ilene (Rebecca Hall), que supervisiona o Kong na Ilha da Caveira e teme que Godzilla o ataque. Ao mesmo tempo, Madison (Millie Bobby Brown) desconfia que haja um motivo para os ataques de Godzilla, que não seja apenas agressividade irracional e decide investigar os eventos.

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Crítica – A Força da Natureza

 Análise Crítica – A Força da Natureza


Review – A Força da Natureza
Um grupo de ladrões tenta um roubo de itens valiosos durante um furacão. Espera, eu já analisei esse filme, se chama No Olho do Furacão, lançado em 2018. O quê? Esse A Força da Natureza é outro filme sobre um roubo em pleno furacão? Qual o problema de Hollywood com roubos e furacões? Não é como se No Olho do Furacão tivesse sido um baita sucesso ao ponto de gerar imitadores, na verdade foi um grande fracasso e A Força da Natureza é igualmente ruim.

Cardillo (Emile Hirsch) é o clichê do policial atormentado por um erro do passado. Ele trabalha em Porto Rico e, ao lado da parceira Jess (Stephanie Cayo), acaba indo parar em um prédio que é atacado por assaltantes bem quando um poderoso furacão atinge a ilha. Os ladrões são liderados por John (David Zayas) que está em busca de valiosas pinturas escondidas por um morador do prédio.

Na prática é uma mistura de Duro de Matar (1988) com Twister (1996), mas sem a tensão do primeiro ou o espetáculo destrutivo do segundo. O que ele tem a oferecer então? Bem, nada. Apesar de termos dois policiais confinados em um prédio com bandidos em maior número, não há qualquer sensação de urgência, os vilões, apesar de cientes da presença de Cardillo, não fazem muito esforço para procurá-lo e a maioria dos embates acontece porque os personagens se encontram fortuitamente nos corredores.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Crítica - Destruição Final: O Último Refúgio

 

Análise - Destruição Final: O Último Refúgio

Review - Destruição Final: O Último Refúgio
Confesso que fui assistir este Destruição Final: O Último Refúgio esperando que fosse uma porcaria monumental do nível de Tempestade:Planeta em Fúria (2017), última incursão do ator Gerard Butler nos filmes catástrofes. O que encontrei, no entanto, foi uma narrativa razoavelmente competente sobre pessoas tentando sobreviver ao fim do mundo.

Na trama o mundo está a alguns dias de uma catástrofe que pode acabar com a vida no planeta conforme pedaços de um cometa passando próximo à Terra começam a cair na atmosfera. Governos começam a se preparar para o pior, selecionando cidadãos para abrigos que podem protegê-los da destruição. O engenheiro John (Gerard Butler) é um dos selecionados e ele parte com a esposa, Allison (Morena Baccarin), e o filho para a base militar na qual serão transportados para o abrigo. Chegando lá, o abrigo é atacado por pessoas não selecionadas tentando invadir os aviões de transporte e na confusão John se separa de Allison e do filho. Agora a família precisa se reunir e pensar no que fará diante do fim iminente.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Crítica – Kursk: A Última Missão


Análise Crítica – Kursk: A Última Missão


Review – Kursk: A Última Missão
Kursk: A Última Missão é um daqueles filmes sobre tragédias reais feito para levar o público às lágrimas que sempre chega aos cinemas ao menos uma vez por ano. É tão quadrado e preso aos lugares-comuns desse tipo de produção que chega ser uma surpresa ver o nome de alguém como Thomas Vinterberg na cadeira de diretor.

A trama é centrada em Mikhail (Matthias Schoenarts), um dos oficiais a bordo do submarino nuclear Kursk. Quando um exercício de treinamento dá errado e um torpedo explode dentro do submarino, cabe a Mikhail liderar os sobreviventes enquanto esperam o resgate. Enquanto isso, Tanya (Lea Seydux), esposa de Mikhail, tenta conseguir informações com as autoridades russas, que teimam em não admitir que não estão devidamente equipados para o resgate.

A narrativa segue a estrutura padrão desse tipo de filme, com um começo que mostra esses personagens como maridos e pais de família (um deles é recém-casado, inclusive) na esperança que isso seja suficiente para angariar simpatia do público, já que o texto nunca se esforça para dar personalidades discerníveis a cada um deles ou mesmo ao próprio Mikhail, figura central da trama, mostrado apenas como um pai de família, como se isso bastasse em termos de construção de personagem.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Crítica – 11 de Setembro: O Resgate


Análise Crítica – 11 de Setembro: O Resgate


Review – 11 de Setembro: O Resgate
Eu não sei por onde começar a falar de 11 de Setembro: O Resgate. Um projeto tão equivocado e que trata de modo tão aproveitador uma tragédia real que me surpreendo que parentes das vítimas não tenham protestado contra esse filme, embora suspeito de que seja porque a maioria das pessoas sequer saiba que ele exista e talvez seja melhor assim.

A trama se passa durante os atentados de 11 de setembro de 2001 no qual as torres gêmeas do World Trade Center em Nova Iorque foram derrubadas por um ataque terrorista. Apesar de se basear em uma história real, a narrativa segue um grupo de personagens fictícios que fica preso em um dos elevadores durante o ataque às torres. Jeff (Charlie Sheen), Eve (Gina Gershon), Eddie (Luis Guzman), Michael (Wood Harris) e Tina (Olga Fonda). Enquanto estão presos no elevador, eles conversam com a supervisora de segurança Metzie (Whoopi Goldberg), que tenta encontrar um jeito de tirá-los de lá.

É impressionante que um filme sobre pessoas tentando sobreviver a um desastre iminente consiga ser tão chato. Os personagens são unidimensionais, funcionando como uma coleção de clichês, tipo o rico empresário que não presta atenção na família, o trabalhador simplório que só quer voltar para a família, a patricinha materialista, o sujeito com problemas de vício (em jogos de azar, nesse caso) e daí por diante. Eles trocam confidências sobre seus problemas, como uma espécie de Clube dos Cinco (1985) adulto, mas o texto nunca vai além desses dados expositivos. Não há praticamente nenhum aprendizado ou transformação experimentado por esses personagens e todos eles são um tédio de acompanhar.

terça-feira, 28 de maio de 2019

Crítica – Godzilla 2: Rei dos Monstros


Análise Crítica – Godzilla 2: Rei dos Monstros


Review – Godzilla 2: Rei dos Monstros
Godzilla (2014) caía no erro de dedicar mais tempo aos personagens humanos do que ao monstro que dá título ao filme, que mal aparecia direito exceto por alguns minutos do fim. Este Godzilla 2: Rei dos Monstros, tem menos pudor em mostrar suas criaturas, mas continua a insistir demasiado em uma quantidade excessiva de humanos desinteressantes.

A trama é centrada na garota Madison (Millie Bobby Brown, a Eleven de Stranger Things), que perdeu o irmão durante os eventos do primeiro filme. Por conta disso, os pais de Madison se divorciaram e agora ela mora com a mãe, Emma (Vera Farmiga), que trabalha para a Monarch, a instituição que pesquisa e vigia os monstros gigantes. Emma desenvolve uma maneira de se comunicar com as criaturas, mas é sequestrada por um grupo de ecoterroristas que querem usar a invenção para despertarem o temível King Ghidorah para restaurar a natureza. Com o sequestro a Monarch procura Mark (Kyle Chandler), ex-marido de Emma, que ajudou a construir o dispositivo para que ele tente encontrá-la.

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Crítica – Megatubarão


Análise Crítica – Megatubarão


Review – Megatubarão
Quando você entra para assistir um filme sobre um tubarão gigante, o mínimo que se espera é algo divertido. Este Megatubarão, no entanto, é tão derivativo e sem personalidade que nem isso consegue oferecer.

Na trama, o especialista em resgates submarinos Jonas Taylor (Jason Statham) tem uma missão fracassada e credita o insucesso à presença de uma imensa criatura, mas ninguém acredita nele. Tempos depois, um grupo de cientistas fica preso sob profundidades abissais depois de ser atacado por um imenso tubarão pré-histórico e Jonas é chamado para realizar o resgate.

Esse não é o tipo de filme que vamos assistir interessados em trama ou desenvolvimento de personagem, mas Megatubarão insiste em fazer isso e escolhe trilhar esse caminho transitando por uma coleção de lugares-comuns. Jonas é o clichê do herói com um trauma a superar e o filme gasta uma boa parte de sua minutagem tentando nos convencer que ele é esse indivíduo devastado pelo trauma, apenas para abandonar essa faceta do personagem quase que completamente quando o tubarão aparece e ele se joga diante do perigo sem pensar duas vezes ou sem duvidar da própria capacidade.

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Crítica – Arranha-Céu: Coragem Sem Limites


Análise Crítica – Arranha-Céu: Coragem Sem Limites


Review – Arranha-Céu: Coragem Sem Limites
Na superfície Arranha-Céu: Coragem Sem Limites parece uma colagem pouco inspirada de Duro de Matar (1988) com pitadas de Inferno na Torre (1974) e, bem, é só isso mesmo. Não é exatamente um produto ruim, mas é tão derivativo, sem personalidade e apoiado em refazer cenas que já vimos em filmes melhores que não me produziu nada além de apatia.

A trama é centrada em Will Sawyer (Dwayne “The Rock” Johnson), um ex-militar que depois de perder a perna em combate passou a trabalhar com segurança privada. Ele é contratado pelo bilionário Zhao (Chin Han) para avaliar a segurança de seu novo empreendimento: o Pérola, um arranha-céu tão grande que é praticamente uma cidade vertical. A avaliação de Will está quase acabando quando criminosos armados invadem o prédio e incendeiam parte dos andares, incluindo o pavimento no qual a família de Will está. Assim, o protagonista precisa salvar a família e deter os criminosos.

The Rock se afasta um pouco dos tipos invencíveis que vinha fazendo, como no recente Rampage: Destruição Total, para assumir a persona de um herói mais vulnerável, nos moldes do John McClane de Duro de Matar. Além das dificuldades envolvendo sua prótese na perna, Will se fere a cada confronto, precisando parar para improvisar curativos e pensar cuidadosamente suas ações. Tudo isso ajudaria a construir uma sensação de perigo e nos fazer temer pelo personagem conforme seus ferimentos se agravam, mas é tudo tão igual a Duro de Matar e seus muitos clones, que nada soa genuíno, mesmo com o carisma de The Rock.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Crítica – No Olho do Furacão


Análise Crítica – No Olho do Furacão


Review – No Olho do Furacão
Meu primeiro pensamento ao entrar para assistir No Olho do Furacão foi: “eu não já vi esse filme antes”? Na verdade eu tinha confundido com No Olho do Tornado (2014), que não tem nenhuma relação com este No Olho do Furacão além do fato de ambos serem filmes muito ruins sobre ciclones.

A trama é centrada no meteorologista Will (Toby Kebbell), que está em uma pequena cidade no sul dos Estados Unidos para investigar a formação de uma possível supertempestade na região. A cidade, que abriga uma instalação do governo federal de descarte de cédulas de dinheiro velhas, é evacuada por precaução, mas bandidos tomam o controle do prédio do governo para roubar os milhões armazenados ali, usando o furacão como cobertura. Sim, os vilões conceberam um plano que só poderia ser executado na ocorrência de um furacão forte o bastante para motivar uma evacuação da cidade, o que é estranhamente específico e imprevisível. O que eles fariam se um evento climático dessa magnitude não acontecesse? Iam esperar até morrer de velhice? De todo modo, a agente federal Casey (Maggie Grace) é a única a não ser capturada pelos bandidos e com a ajuda de Will tentará deter o audacioso (ou estúpido) roubo.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Crítica - Rampage: Destruição Total


Análise Rampage: Destruição Total


Review Rampage: Destruição Total
Considerando que a Warner vem obtendo relativo sucesso com seus filmes de monstro como Godzilla (2013) ou Kong: A Ilha da Caveira (2017), inclusive com uma cena pós-créditos ligando os dois filmes em um universo compartilhado, é estranho que o estúdio tenha escolhido adaptar um antigo jogo de videogame sobre monstros gigantes que mal tinha uma trama. O que Rampage: Destruição Total tem a oferecer aos fãs desse tipo de filme que outros não fazem? Bem, nada.

A trama começa quando uma estação espacial explode e os cilindros contendo um patógeno capaz de manipular o DNA animal caem em diferentes pontos dos Estados Unidos, transformando a fauna local em monstros gigantes. Um dos cilindros cai na reserva animal na qual Davis (Dwayne "The Rock" Johnson) cuida de gorilas, tornando um gorila albino em um animal gigantesco. Para controlar a situação, os irmãos Claire (Malin Akerman) e Brett Wyden (Jake Lacy), donos da empresa responsável pelos experimentos despacham uma equipe de mercenários para capturar as criaturas, mas quando os soldados falham, os executivos resolvem usar um sinal de rádio que só pode ser ouvido pelas criaturas para atraí-los à sede da empresa, eliminá-los e coletar seu DNA para futuros experimentos porque, claro, atrair monstros gigantes para uma grande cidade é algo bastante responsável e inteligente.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Crítica - Tempestade: Planeta em Fúria

Análise Tempestade: Planeta em Fúria


Review Tempestade: Planeta em Fúria
Faz um bom tempo que o ator Gerard Butler não faz um filme realmente bom. Também faz algum tempo que o ator Ed Harris não faz um filme realmente ruim. Com trajetórias opostas os dois se encontram neste Tempestade: Planeta em Fúria. O resultado? Bem, vamos dizer que Ed Harris saiu prejudicado nessa.

Na trama, a humanidade é capaz de controlar e dissipar desastres naturais graças a uma rede de satélites que é capaz de deter tornados, terremotos, tsunamis e outras ocorrências. O aparato, no entanto, começa a apresentar falhas, causando desastres naturais ao redor do mundo. A recorrência desses problemas faz os responsáveis pelo sistema considerarem que alguém está deliberadamente interferindo no funcionamento do aparato. Agora cabe ao astronauta Jake (Gerard Butler) desativar os satélites, mas para isso será necessário que seus aliados em Terra localizem o presidente Andrew (Andy Garcia), o único que tem os códigos de desativação dos satélites.

Os personagens são unidimensionais e suas personalidades são uma coleção de clichês, sendo difícil nutrir simpatia ou torcer pela sua sobrevivência. O roteiro demora a engrenar e ainda está apresentando novos personagens mesmo quando já passaram cerca de cinquenta minutos de duração. Há uma tentativa de injetar humor ao dar aos personagens frases de efeito engraçadinhas mas a maioria delas é digna daquele seu tio que sempre faz a piada do pavê nos almoços de domingo e servem mais para constranger do que para fazer rir. Igualmente constrangedoras são as cenas românticas envolvendo Max (Jim Sturgess) e Sarah (Abbie Cornish) que deveriam ser engraçadinhas, mas não funcionam.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Crítica - Horizonte Profundo: Desastre no Golfo

Análise Horizonte Profundo


Resenha Horizonte Profundo Desastre no Golfo
Quando escrevi sobre Terremoto: A Falha de San Andreas (2015) disse que "filmes catástrofe são normalmente mais focados na criação do espetáculo destrutivo do que em elaborar uma narrativa envolvente ou personagens interessantes". Quando temos ainda um filme catástrofe baseado em uma tragédia real, espera-se também uma certa medida de sentimentalismo em relação às pessoas que lutaram pela sobrevivência. A mistura por vezes funciona, como em O Impossível (2012), mas pesar a mão no sentimentalismo pode descambar fácil para um sensacionalismo apelativo e é isso que acontece neste Horizonte Profundo: Desastre no Golfo.

Baseado no incidente da plataforma Deepwater Horizon, o maior vazamento de petróleo a acontecer na costa dos Estados Unidos. O filme acompanha o engenheiro Mike (Mark Wahlberg) que vai trabalhar na plataforma e percebe que os executivos da companhia, ansiosos com os atrasos no cronograma, estão querendo pular as verificações de segurança. Obviamente tudo dá muito errado e os operários precisam dar um jeito de evitar um desastre maior e esvaziar a plataforma.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Crítica - Independence Day: O Ressurgimento



O primeiro Independence Day (1996) não era lá grande coisa, mas funcionava como uma diversão descartável e descompromissada graças aos efeitos especiais que criavam uma destruição em larga escala e ao carisma de Will Smith. Vinte anos depois, esses efeitos especiais se tornaram lugar comum em grandes produções de Hollywood e Will Smith preferiu não voltar para a continuação. Assim, esse Independence Day: O Ressurgimento já nascia como um projeto desprovido daquilo que chamava atenção do primeiro (a inovação visual e o seu astro) deixando em dúvida se seria capaz de entregar algo que preste e a verdade é que realmente não consegue.

Vinte anos depois do primeiro filme, a Terra vem se preparando para uma nova ofensiva dos alienígenas, com David Levinson (Jeff Goldblum) liderando a força-tarefa responsável. O ex-presidente Whitmore (Bill Pullman) começa a ter visões envolvendo o retorno dos inimigos e avisa sua filha Patricia (Maika Monroe, do ótimo Corrente do Mal), mas ninguém lhe dá ouvidos, julgando ser estresse pós-traumático. Apesar de toda a preparação, nada estava à altura do novo ataque, que mais uma vez parece prestes a extinguir a raça humana.

Se a história anterior não era exatamente um primor narrativo, pelo menos ia direto ao ponto, rapidamente estabelecendo a ameaça e fazendo os arcos dos personagens convergirem rapidamente para dar prosseguimento à ação. Esse novo filme não consegue fazer nem isso e na marca dos quarenta minutos, de um total de cento e vinte, ainda está introduzindo seus personagens quando já deveria estar iniciando o conflito.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Crítica - Caçadores de Emoção: Além do Limite


Análise Crítica - Caçadores de Emoção: Além do Limite


Review - Caçadores de Emoção: Além do Limite
A ideia de fazer um remake do clássico de ação Caçadores de Emoção (1991) da diretora Kathryn Bigelow (de Guerra ao Terror e A Hora Mais Escura) e estrelado por Keanu Reeves e Patrick Swayze me parecia um esforço inútil e provavelmente fadado a fracassar. Primeiro porque o filme de 1991 continua a se sustentar muito bem hoje, não precisando de nenhum tipo de atualização e segundo porque ele praticamente já tinha recebido um remake na forma de Velozes e Furiosos (2001), tornando o esforço de uma nova versão ainda mais irrelevante. Sério pessoal, a trama e o desenvolvimento do primeiro Velozes e Furiosos é idêntica a de Caçadores de Emoção, apenas substituindo o surfe por corridas. A questão é que mesmo tendo em mente todo o potencial que esse filme tinha para dar errado, ainda assim eu não esperava por algo tão ruim quanto ele de fato é.

Assim como no filme original, acompanhamos o jovem agente do FBI Johnny Utah (Luke Bracey, o Comandante Cobra de G.I Joe:Retaliação) em sua investigação por uma gangue que comete crimes audaciosos. Suas suspeitas o levam para o mundo dos esportes radicais no qual conhece o misterioso Bodhi (Edgar Ramirez, que também está em cartaz no igualmente fraco Joy: O Nome do Sucesso), que pode ser o líder da gangue. O atleta busca completar uma série de façanhas conhecidas como as "Oito de Ozaki", proezas tidas como impossíveis, mas que se alcançadas deixariam uma pessoa em tal comunhão com o planeta que ele alcançaria o nirvana (o espiritual, não a banda) e, além disso, Bodhi acredita que cumprir o desafio salvaria o mundo, pois sua a comunhão com o planeta permitiria que o mundo se curasse das feridas causadas pela humanidade. Não contente, Bodhi decide fazer "oferendas" ao planeta para ser auxiliado em sua jornada e assim comete crimes como destruir uma madeireira ou implodir uma mina.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Crítica - Evereste

Análise Evereste

Review EverestQuando pensamos em filmes envolvendo pessoas escalando montanhas o que nos vem a memória são trabalhos bem fracos como Limite Vertical (2000) ou Risco Total (1993), então não tinha grandes expectativas quando entrei para ver este Evereste. Embora não seja tão ruim quanto os produtos anteriormente citado, Evereste apresenta problemas demais para ser completamente satisfatório.

Baseado em uma história real, acompanhamos uma excursão de alpinistas liderados pelo profissional Rob Hall (Jason Clarke) para chegar ao topo do Monte Evereste, o ponto mais alto do mundo. Não bastando o risco natural que envolve uma empreitada como essa, a montanha é atingida por uma violenta tempestade durante a escalada, tornando tudo ainda mais mortal.

As paisagens do Nepal são muito bem filmadas e a fotografia consegue compor esse cenário como simultaneamente belo e hostil, beneficiado pelas amplas panorâmicas filmadas para o formato IMAX. As cenas de escalada são carregadas de tensão e mostram bem as dificuldades enfrentadas pelos alpinistas. O problema é que quando as coisas deveriam realmente engrenar e nos deixar  na beira da poltrona, os eventos não nos atingem como deveriam.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Crítica - Terremoto: A Falha de San Andreas

Análise Crítica - Terremoto: A Falha de San Andreas

Review - Terremoto: A Falha de San AndreasFilmes catástrofe são normalmente mais focados na criação do espetáculo destrutivo do que em elaborar uma narrativa envolvente ou personagens interessantes. Ninguém entra para assistir um filme como este Terremoto: A Falha de San Andreas esperando um drama shakespeariano, sabemos que a história e os personagens não vão ser grande coisa, mas esperamos um mínimo de coesão e empatia. Lamentavelmente este filme se prende tanto à fórmula do gênero que acaba prejudicado por ela.

A história nos faz acompanhar Ray (Dwayne "The Rock" Johnson), chefe do grupo de resgate dos bombeiros da cidade de Los Angeles. No dia em ele tinha prometido dirigir com sua filha, Blake (Alexandra Daddario), até a faculdade, mas um enorme quando um enorme terremoto destrói a represa Hoover, ele precisa deixá-la com o padrasto, Daniel (Ioan Gruffudd). No entanto, o geólogo Lawrence (Paul Giamatti) e a jornalista Serena (Archie Panjabi) avisa que aquele pode ser o início de um enorme terremoto que provavelmente irá arrasar a Califórnia, deixado em perigo a filha e a ex-esposa (Carla Gugino) de Ray.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Crítica - O Destino de Júpiter

Análise O Destino de Júpiter


Review O Destino de JúpiterDepois de chamar a atenção do mundo inteiro com o primeiro Matrix (1999) os Wachowski jamais conseguiram repetir o feito. As duas continuações foram decepcionantes, o divertido e subestimado Speed Racer (2008) foi ignorado pela maioria e o insosso A Viagem (2012) também não conseguiu restaurar a reputação da dupla. Assim chegamos a este O Destino de Júpiter que provavelmente é o ponto mais baixo dos irmãos desde então.

A trama acompanha uma jovem que aos poucos descobre uma realidade oculta sob nosso mundo, na qual os humanos são cultivados por seres poderosos para que estes mantenham suas vidas e ela é a única que pode parar tudo isso. Pareceu familiar? Pois é exatamente a trama do primeiro Matrix, apenas substituindo os robôs por alienígenas e a profecia do escolhido pela reencarnação de uma rainha. Em resumo, os irmãos se entregaram ao auto-plágio, claramente indicando que não tem mais para onde ir em termos criativos. Além do próprio trabalho, os Wachowski se baseiam diretamente em obras como Eram os Deuses Astronautas, O Guia do Mochileiro das Galáxias, M.I.B: Homens de Preto (1997), a seminal ficção-científica Duna e até mesmo contos de fada.