Como seria viver a juventude com
o conhecimento e experiência de nossa versão mais velha? É essa pergunta que Meu Eu do Futuro tenta ponderar a
resposta e o resultado é um exame singelo sobre o impacto de nossas escolhas de
vida e como o tempo muda nossa perspectiva das coisas, nem sempre para melhor.
Convergência temporal
A narrativa é protagonizada por
Elliott (Maisy Stella), uma garota que aproveita suas últimas férias antes de
ir para a faculdade. Um dia ela vai acampar com as amigas Ruthie (Maddie
Ziegler) e Ro (Kerrice Brooks) e elas acabam usando cogumelos alucinógenos.
Durante a viagem nas drogas, ela encontra sua versão mais velha (Aubrey Plaza)
e pede a ela conselhos para o futuro. Seu eu do futuro a alerta que tudo irá
mudar depois que for para a faculdade, que ela deve aproveitar o tempo que tem
com os irmãos e com os pais na fazenda da família e que deve evitar se
apaixonar por um rapaz chamado Chad. No dia seguinte ela conhece um Chad (Percy
Hynes White, de Wandinha) e não
consegue entender porque a Elliott do futuro lhe disse para não se envolver com
ele.
Dirigido por Anna Muylaert,
responsável por Que Horas Ela Volta?
(2015), O Clube das Mulheres de Negócios
tenta imaginar como seria um Brasil em que as mulheres dominassem a sociedade.
É uma ideia com potencial de repensar noções de masculino e feminino, de como
muito disso é uma construção social, mas infelizmente o filme se prende a um
binarismo raso que o reduz a ser uma sátira de uma piada só.
Mundo invertido
Na trama, o renomado fotógrafo
Jongo (Luís Miranda) e o inexperiente repórter Candinho (Rafael Vitti) vão ao
famoso Clube das Mulheres de Negócios, confraria privada que abriga as mulheres
mais poderosas do país, para entrevistar as integrantes da diretoria. Jongo
está apreensivo de entrar em um ambiente de mulheres tão poderosas, mas
Candinho não se sente intimidado por ser neto da presidente do clube, a
poderosa Cesárea (Cristina Pereira).
O diretor Sean Baker sempre
demonstrou interesse por pessoas que vivem nas margens, que sobrevivem nas
fissuras, nos cantos que nosso olhar não alcança ou não se interessa muito em
chegar. Em Projeto Flórida(2017)
acompanhava o cotidiano de uma garotinha que vivia uma existência nômade por
hotéis baratos ao lado da mãe viciada. Neste Red Rocket o diretor acompanha um ator pornô fracassado que volta
para sua cidade natal na costa do Texas.
Uma vida obscena
Mike (Simon Rex) chega cheio de
hematomas à sua cidade natal e pede para ficar uns dias na casa da ex-esposa
Lexi (Bree Elrod), de quem nunca se divorciou. Ela e sua mãe, Lil (Brenda
Deiss), que vive na mesma casa, não o querem ali, mas Mike usa sua lábia para
convencê-las em troca de ajudar no aluguel. Ele tenta conseguir emprego, mas é
recusado por conta de seu passado como ator pornô. Ele acaba convencendo uma
traficante local a deixá-lo vender maconha e passa a fazer ponto em uma loja de
rosquinha vendendo para trabalhadores que passam no local durante a troca de
turnos. Ele também fica interessado pela balconista da loja, a jovem Raylee
(Suzanna Son), cujo apelido é Morango.
Depois de reunir Matt Damon e
Casey Affleck com o fraco Os Provocadores, a AppleTV volta a promover mais uma mini reunião de Onze Homens e um Segredo (2001) ao
juntar novamente Brad Pitt e George Clooney neste Lobos. Infelizmente assim como Os
Provocadores o resultado aqui é um thriller
morno
Operativos discretos
Na trama, Clooney é um mercenário
especialista em fazer desaparecer as indiscrições dos poderosos. Ele é
contratado pela promotora Margaret (Amy Ryan) depois que um jovem com quem ela
está tendo um caso aparentemente morre em seu quarto de hotel. O problema é que
os donos do hotel também contrataram seu próprio mercenário no operativo vivido
por Brad Pitt. Como os dois clientes têm seus próprios interesses a proteger,
os mercenários são obrigados a trabalharem juntos. As coisas se complicam
quando os dois encontram uma quantidade enorme de drogas na mochila do garoto
morto e precisam descobrir a quem as drogas pertencem para que os donos não
mirem em seus clientes.
Estrelado por Peter Dinklage e
Josh Brolin, Irmãos conta a história
de dois irmãos gêmeos não idênticos e criminosos que se reencontram depois anos
afastados para um último golpe. Jady (Peter Dinklage) sai da cadeia
antecipadamente ao prometer a um guarda corrupto, Farful (Brendan Fraser), dar
a ele esmeraldas que foram roubadas décadas atrás. Para recuperar as joias Jady
busca o irmão, Moke (Josh Brolin), para ajudá-lo no esquema, já que foi a mãe deles
quem roubou as esmeraldas. A questão é que Moke já abandonou a vida de crimes,
tem um emprego formal e está com a esposa, Abby (Taylour Paige, de Um Tira da Pesada 4), grávida, com o
retorno de Jady abrindo antigas feridas entre os dois.
Como em muitos outros filmes dos
irmãos Coen Garotas em Fuga apresenta
uma trama sobre pessoas comuns acidentalmente envolvidas em uma trama criminal.
Despreparadas para lidar com os eventos ao seu redor, as personagens agem de
maneira sem noção e provocam reações desproporcionais em seus perseguidores,
criando uma espécie de bola de neve crescente de burrice e caos. Dirigida por
Ethan Coen, a produção não tem nada que ele já não tenha feito antes, mas ao
menos envolve com suas personagens pitorescas.
Comédia de erros
A trama é centrada em Jamie
(Margaret Qualley), que busca um recomeço depois de terminar com a namorada,
Sukie (Beanie Feldstein), embarca em uma viagem para a Flórida ao lado de sua
amiga Marian (Geraldine Viswanathan). O problema é que o carro que elas
alugaram deveria ser entregue a um grupo de criminosos que iria transportar a
carga escondida nele até a Flórida e agora os criminosos estão no encalço das
duas.
Muito do humor vem das
personalidades opostas da dupla principal, com Jamie sendo aventureira e
disposta a qualquer maluquice enquanto Marian é mais retraída e introspectiva.
Boa parte das situações insólitas em que a dupla se coloca vem de Jamie querer
que Marian se solte e tenha uma transa espetacular com alguma garota que
encontrem na estrada, enquanto Marian prefere esperar pela garota ideal.
Universo caótico
Além das protagonistas, o filme
povoa seu universo com figuras esquisitas e histriônicas, como a dupla de
capangas no encalço de Jamie e Marian, que estão sempre discordando e
questionando o modo de agir um do outro, enquanto um quer ser mais violento o
outro tenta resolver via diálogo, um embate que terá consequências sangrentas
perto do final. Igualmente pitoresca é a agressiva policial vivida por Beanie
Feldstein que parece sempre reagir a qualquer situação com o máximo de intensidade,
que faça sentido para o momento ou não.
Esse senso de bizarrice se dá
também na própria progressão da trama, com guinadas que acontecem por conta de
coincidências ou desencontros fortuitos e revelações completamente absurdas. A
principal delas é a descoberta do que há na maleta escondida no carro de Jamie
e Marian e o motivo de um poderoso e conservador senador da Flórida
(interpretado por Matt Damon) estar tão focado em recuperá-la. De todas as
possibilidades de construir uma trama de escândalo político, o filme escolhe
pela via mais estúpida e aloprada possível. Há uma crítica aqui às hipocrisias
dessas figuras públicas que arrotam moralismo em prol da “família tradicional”,
mas são observações que nunca saem da superfície e carecem da acidez de sátiras
sociais que os Coen já fizeram em filmes como Fargo (1996), O Grande Lebowski(1998) ou Queime Depois de
Ler (2006).
Assim, Garotas em Fuga diverte pelo seu universo povoado por personagens
excêntricos, ainda que não faça nada que os Coen não tenham feito melhor em
trabalhos anteriores.
Cresci com as tirinhas do
Garfield e assistindo a série animada que passava no Cartoon Network, até
assisti os dois live action em que
Bill Murray deu voz ao gato mal humorado (o primeiro é inofensivo, o segundo é
ruim), mas mesmo o retorno à animação não me empolgou muito para este Garfield: Fora de Casa. A trama tenta
recontar o início da relação do gato Garfield (Chris Pratt) com seu dono, Jon
(Nicholas Hoult), com Garfield eventualmente sendo sequestrado e forçado a
ajudar o pai que nunca conheceu, Vic (Samuel L. Jackson), a realizar um roubo
para a perigosa gata Jinx (Hannah Waddingham) como forma de pagar um dívida.
Com a mania de Hollywood em
continuações tardias que apelam para a nostalgia do espectador é a vez de Tim
Burton se juntar à onda com este Os
Fantasmas Ainda Se Divertem, continuação de Os Fantasmas Se Divertem (1988). Não esperava muita coisa e o
resultado final é meio bagunçado por subtramas que não vão a lugar nenhum, mas
ao menos é divertido por mais que seja mais estilo do que substância.
Bagunça sobrenatural
Mais de trinta anos depois do
original, Lydia Deetz (Winona Ryder) tem um programa de investigação
sobrenatural, explorando sua mediunidade para ganhar dinheiro com a ajuda do
noivo Rory (Justin Theroux). Quando o pai dela morre (porque é claro que eles
não trariam de volta o Jeffrey Jones depois que ele foi preso por conta de
vários crimes sexuais incluindo pedofilia) Lydia precisa voltar a sua cidade
natal, se reconectando com a filha, Astrid (Jenna Ortega), e com a madrasta
Delia (Catherine O’Hara). O retorno de Lydia também chama atenção do espectro
Beetlejuice (Michael Keaton), que segue obcecado em casar com Lydia. O fantasma
lida com seus próprios problemas, já que sua antiga noiva Delores (Monica
Belucci) se libertou de sua prisão sobrenatural e agora busca vingança.
Se não me engano foi o crítico Roger
Ebert que disse que um filme bom nunca é longo o bastante e um filme ruim nunca
é curto o bastante. Isso se aplica perfeitamente a este O Cara da Piscina, cujos meros cem minutos de duração se
transformam em algo tão dolorosamente excruciante que o filme parece ter mais
de quatro horas de duração.
A trama é centrada em Darren (Chris
Pine), um tratador de piscinas hiponga, conspiracionista, metido a filósofo e
ativista político, sempre cobrando mudanças nas linhas de ônibus na câmara de
vereadores. Quando ele esbarra em um escândalo envolvendo o presidente da
câmara, Stephen Toronkowski (Stephen Tobolowski), que pode estar recebendo
propina do magnata imobiliário Theodore Hollandaise (Clancy Brown) para aprovar
um grande empreendimento, Darren decide investigar a questão. No meio do
caminho encontra a femme fatale June
(DeWanda Wise) e mais uma série de personagens pitorescos.
Escrito por Diablo Cody (de Garota Infernal e Tully) e dirigido por Zelda Williams (filha do comediante Robin
Williams) este Lisa Frankenstein tem
cara de algo feito para virar cult entre certos setores da cinefilia com sua
trama insólita e personagens excêntricos. A trama se passa em 1989 sendo
protagonizada por Lisa (Kathryn Newton) uma garota introspectiva que vive à
sombra da meio-irmã popular Taffy (Liza Soberano) e da madrasta opressora Janet
(Carla Gugino). Sem sorte com garotos por ser considerada esquisita, as coisas
mudam para ela quando acidentalmente reanima um cadáver vitoriano (Cole
Sprouse, de Riverdale) durante uma
tempestade e decide fazer dele seu homem ideal com partes que pega de outros
garotos.
Reunindo Casey Affleck e Matt
Damon depois de ambos dividirem a cena na trilogia Onze Homens e Um Segredo, Os Provocadores tenta ser um filme de
roubo que mistura comédia e algum comentário político. A trama segue Rory (Matt
Damon) e Cobby (Casey Affleck), dois sujeitos que estão em um péssimo momento
de suas vidas que aceitam a proposta do pequeno criminoso Scalvo (Jack Harlow,
do fraco remake de Homens Brancos Não Sabem Enterrar) para roubarem o dinheiro de propina que o prefeito Miccelli
(Ron Perlman) tem escondido em um cofre. O assalto dá errado e agora Rory e
Cobby são homens procurados precisando encontrar um meio de fugirem da cidade,
indo pedir ajuda à terapeuta de Rory, a dra. Rivera (Hong Chau).
Os filmes do diretor grego Yorgos
Lanthimos costumam ser divisivos, com reações que muitas vezes se localizam em
polos extremos do amor ao ódio por suas produções. Em geral costumo gostar do
niilismo surrealista do diretor, mas confesso que Tipos de Gentileza não me pegou.
Absurdo previsível
A produção consiste de um tríptico
de três histórias curtas. Na primeira história seguimos Robert (Jesse Plemons),
um sujeito completamente devotado ao chefe, Raymond (Willem Dafoe), que
controla todos os seus horários e ações ao longo do dia. Quando Raymond pede a
Robert que bata seu carro em alta velocidade contra outro veículo, Robert não
fica confortável com a possibilidade de matar outra pessoa, criando um conflito
na relação. Na segunda história um policial, Daniel (Jesse Plemons) se reúne
com a esposa, Liz (Emma Stone), depois que ela se envolve em um naufrágio e
fica meses perdida no mar. O problema é que Daniel desconfia que a mulher que
voltou não é a sua esposa. A terceira história é protagonizada por Emily (Emma
Stone) que é devotada a um bizarro culto sexual liderado por Omi (Willem Dafoe)
e Aka (Hong Chau) e é incumbida de encontrar uma mulher que, segundo profecias,
seria capaz de ressuscitar os mortos.
Depois de assistir O Reencontro da Turma pensei seriamente
se eu escreveria algo respeito. É uma produção tão inane, tão desprovida de
qualquer qualidade minimamente memorável que pensei que seria difícil fazer
render um texto sobre ele, mesmo nas pílulas críticas da coluna Drops. Ainda
assim, resolvi tentar como um desafio (ou penitência, sei lá) auto imposto para
ver o que consigo extrair.
História mais velha que o próprio
tempo: grupo de garotos meio nerds chega no ensino médio decididos a se
tornarem populares e conquistarem garotas, a oportunidade vem na primeira
grande festa do ano. É essa premissa extremamente típica de filmes adolescentes
que Os Novatos vai construir, com o
grosso do filme se passando em uma festa que sai do controle não muito
diferente de produções como Mal Posso
Esperar (1998) ou Projeto X
(2012).
Só mais um besteirol americano
A trama gira em torno de Benj
(Mason Thames, de O Telefone Preto),
que vê na primeira festa do ensino médio uma chance de ficar com Bailey
(Isabella Ferreira, de Crush: Amor Colorido), a
melhor amiga de sua irmã, Alyssa (Ali Gallo), por quem é apaixonado há anos. Na
festa Benj e seus amigos se envolvem em muitas confusões para tentar parecerem
descolados.
Dirigido por Paul Feig, Jackpot: Loteria Mortal! se passa em um
futuro próximo no qual o estado da Califórnia criou uma loteria na qual
qualquer um pode tomar o prêmio do vencedor desde que consiga matá-lo até o fim
do dia. Katie (Awkwafina) chega recentemente a Los Angeles para tentar a sorte
como atriz, acidentalmente ela se cadastra na loteria e acaba vencendo, ficando
na mira de todas as pessoas da cidade. O guarda-costas Noel (John Cena) aparece
oferecendo proteção em troca de um percentual do prêmio e assim eles se tornam
aliados relutantes.
O primeiro Estômago (2007) divertia por sua mistura narrativa inusitada entre
gastronomia, comédia e trama criminal. Era uma história bem executada, que
amarrava com habilidade seus arcos narrativos e nunca senti que havia
necessidade ou espaço para uma continuação. Talvez por isso vi com
estranhamento o anúncio deste Estômago 2:
O Poderoso Chef, que nos coloca novamente ao lado do cotidiano do
protagonista como um detento e cozinheiro.
O chef agora é outro
Nonato (João Miguel) continua
preso e continua cozinhando, agora não apenas para o líder de facção Etcetera
(Paulo Miklos), mas para os guardas e o diretor do presídio, usando seu talento
para obter mordomias. A dinâmica da prisão muda quando o misterioso italiano
Dom Caroglio (Nicola Siri), chega para cumprir pena. As tensões aumentam e
Nonato tenta acalmar os ânimos ao mesmo tempo em que voltamos ao passado para
descobrir como o italiano passou de um ator fracassado chamado Roberto ao Dom
de uma família criminosa.
Desde que comecei a Lixo Extraordinário, essa coluna
dedicada a filmes lendários por sua ruindade, nos idos de 2017 sempre ouço a mesma pergunta: “e
quando você vai falar sobre Cinderela
Baiana?”. Talvez o mais lendário filme ruim do cinema brasileiro Cinderela Baiana foi lançado em 1998 e
trazia Carla Perez interpretando uma versão ficcionalizada de si mesma e de sua
trajetória de garota pobre de Salvador a estrela da dança. O filme foi um imenso
fracasso no lançamento e só começou a ser visto pelas pessoas quando caiu na
internet nos primeiros anos do Youtube (reza a lenda que Carla Perez teria adquirido e destruído boa parte dos VHS do filme) se tornando uma espécie de clássico cult
da ruindade.
Ele foi, provavelmente, o filme
que iniciou o meu masoquismo audiovisual e sem ele provavelmente nunca teria
pensado em criar essa coluna. Talvez por conta disso eu tenha esperado para
falar sobre ele em uma ocasião especial. Essa ocasião acabou sendo minha participação
no Festival Cinderela Baiana de Cinema que ocorreu de 16 a 18 de agosto aqui em
Salvador. Fui convidado pela organização do festival a falar sobre o filme,
então tive que revê-lo e aproveitei para fazer por escrito minhas
considerações. O que vem a seguir é menos uma análise pormenorizada do filme e
mais uma tentativa de explicar como ele ganhou seu status lendário de ruindade e porque ele continua sendo discutido
mesmo sendo tão ruim.
Sinto que toda vez que eu pisco
sai mais um filme de ação estrelado pelo Jason Statham e a essa altura a
maioria deles é muito similar entre si para despertar meu interesse. O que me
atraiu para este Esquema de Risco:
Operação Fortune foi a inesperada parceria entre Statham e Aubrey Plaza, já
que o senso de humor excêntrico que a atriz costuma carregar em todos os seus
projetos não é algo que você imagina junto das fitas de ação estreladas pelo
ator inglês.
A trama traz Statham como o
mercenário Orson, contratado pela inteligência britânica para recuperar um HD
roubado na Ucrânia que traz em si um avançado sistema de armas. Com a ajuda da
hacker Sarah (Aubrey Plaza) eles descobrem que o drive está em posse do traficante
de armas Greg (Hugh Grant), que planeja vendê-lo. Como não é qualquer um que se
aproxima dele, Orson decide usar o astro do cinema Danny (Josh Hartnett), de
quem Greg é fã, para se infiltrar no círculo social do criminoso.
Considerando que desde que
comprou a Marvel a Disney nunca tinha feito nenhum filme de classificação alta com
os heróis da Casa de Ideias, era de se imaginar que depois da compra da Fox o Deadpool
deixaria de ser usado ou ficaria preso em classificações baixas o que limitaria
o personagem. Felizmente a Disney entendeu que o personagem funciona melhor
quando sua propensão por violência e palavrões fluem soltas e este Deadpool & Wolverine abraça tudo
isso enquanto finalmente reúne o personagem de Ryan Reynolds com o carcajú
vivido por Hugh Jackman, marcando a primeira vez que a dupla está em cena desde
o malfadado X-Men Origens: Wolverine
(2009).
Na trama, o mercenário Deadpool
(Ryan Reynolds) é procurado por um dos gestores da AVT, Mr. Paradox (Matthew
Macfadyen), que o chama para ir para o universo principal da Marvel. O problema
é que isso vai acontecer porque o universo em que o mercenário reside vai deixar
de existir e todos que vivem nele irão morrer. A única pessoa que poderia
estabilizar a linha do tempo de seu universo seria o Wolverine (Hugh Jackman),
só que ele morreu em Logan(2017).
Assim, Deadpool cruza o multiverso atrás de uma variante do Wolverine que o
ajude.
Estrelado por Olivia Colman e
Jessie Buckley Pequenas Cartas Obscenas
é uma daquelas produções que nos lembra como a realidade pode ser mais maluca
que a ficção. A trama é baseada na história real de um pequeno vilarejo no interior
da Inglaterra pós Segunda Guerra que ficou em polvorosa quando cartas cheias de
ofensas e palavrões começaram a ser recebidas por diferentes habitantes da
cidade.
A narrativa é focada em Edith
Swan (Olivia Colman), uma carola solteirona que mora com os pais e é um dos
primeiros alvos das cartas obscenas. Depois de receber algumas correspondências
os pais de Edith, Edward (Timothy Spall) e Victoria (Gemma Jones), chamam a
polícia. Edith acha que a responsável é sua vizinha, a irlandesa Rose (Jessie Buckley),
uma viúva de vida livre e boca suja que chegou na cidade pouco tempo depois da
guerra com a filha Nancy (Alisha Weir, de Abigail).
Como Rose é a única mulher “sem decoro” da cidade ela é automaticamente tratada
como culpada pela polícia local, sendo presa enquanto aguarda julgamento pelo
crime. Enquanto isso, Gladys (Anjana Vassan), a única policial mulher da
cidade, crê na inocência de Rose e tenta encontrar o real culpado.