Alguns filmes nos ganham não por terem uma trama inovadora,
mas pela construção visual de seu universo e o espetáculo que ele proporciona.
Os filmes de James Cameron (como a franquia
Avatar) certamente se encaixam
nessa categoria, assim como os filmes do
John Wick.
Resistência, novo filme de Gareth Edwards (de
Godzilla e
Rogue One),
quase se encaixa nessa categoria se sua trama não fosse tão aderente a clichês
ao ponto de se tornar entediante e suas pretensões de discutir noções de pós
humanismo não fossem tão simplórias.
A trama se passa em um futuro no qual a humanidade
desenvolveu robótica muito cedo e inteligências artificiais viviam entre nós
desde a segunda metade do século XX. Quando uma bomba nuclear explode em Los
Angeles, a humanidade declara guerra às IAs, que se concentram no sul da Ásia
devotadas à figura de Nirmata, o seu criador. Joshua (John David Washington) é
um militar dos Estados Unidos colocado para se infiltrar em linhas inimigas e
descobrir a identidade de Nirmata, mas acaba se apaixonando por Maya (Gemma
Chan). Maya é morta em um ataque dos EUA e Joshua deixa o serviço. Isso até o
exército lhe mostrar imagens de que Maya poderia estar viva, pedindo ao soldado
que volte ao Vietnã não apenas para localizar Maya, mas para encontrar uma
suposta arma poderosa criada por Nirmata que poderia destruir o sistema de
defesa dos EUA. A tal arma, porém, se revela como Alphie (Madeleine Yuna
Voyles), uma criança híbrida entre humano e IA.