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terça-feira, 22 de outubro de 2024

Crítica – Robô Selvagem

 

Análise Crítica – Robô Selvagem

Review – Robô Selvagem
Não esperava nada da animação Robô Selvagem e me surpreendi com sua narrativa singela e emocionante sobre cuidado, cooperação e maternidade. A trama é focada na robô Roz (voz de Lupita Nyong’o), que depois de uma tempestade vai parar em uma ilha habitada apenas por animais. Lá ela acaba acolhendo um bebê ganso órfão, a quem chama de Bico-Bonito, e toma para si a tarefa de criá-lo e prepará-lo para voar até o momento da migração de inverno, contando com a ajuda da raposa Escobar (voz de Pedro Pascal) para educar a pequena ave.

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Drops – Garfield: Fora de Casa

 

Análise Crítica – Garfield: Fora de Casa

Review – Garfield: Fora de Casa
Cresci com as tirinhas do Garfield e assistindo a série animada que passava no Cartoon Network, até assisti os dois live action em que Bill Murray deu voz ao gato mal humorado (o primeiro é inofensivo, o segundo é ruim), mas mesmo o retorno à animação não me empolgou muito para este Garfield: Fora de Casa. A trama tenta recontar o início da relação do gato Garfield (Chris Pratt) com seu dono, Jon (Nicholas Hoult), com Garfield eventualmente sendo sequestrado e forçado a ajudar o pai que nunca conheceu, Vic (Samuel L. Jackson), a realizar um roubo para a perigosa gata Jinx (Hannah Waddingham) como forma de pagar um dívida.

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Crítica – Meu Malvado Favorito 4

 

Análise Crítica – Meu Malvado Favorito 4

Review – Meu Malvado Favorito 4
Quando escrevi sobre Meu Malvado Favorito 3 (2017) mencionei como o filme deixava evidente o desgaste criativo da franquia, se limitando a encadear uma série de gags cômicas de modo aleatório e episódico sem uma trama que ajudasse a nos manter investidos em todo o caos. Este Meu Malvado Favorito 4 segue o mesmo caminho, partindo de um fiapo narrativo para jogar um monte de situações cômicas a esmo, sendo que uma parcela não funciona como deveria.

Gru (Leandro Hassum) se vê ameaçado pelo antigo inimigo Maxime Le Mal, que fugiu da prisão e jura se vingar de Gru e de sua família. Agora ele, a esposa, Lucy (Maria Clara Gueiros), e as filhas se mudam para uma pequena cidade, recebendo novas identidades. Ao mesmo tempo, os minions são levados para o QG da Liga Antivilões para serem treinados como agentes, o que logicamente dá muito errado e gera muitas confusões.

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Drops – Kung Fu Panda 4

 

Análise Crítica – Kung Fu Panda 4

Review – Kung Fu Panda 4
Assim como outras animações que tiveram continuações demais, Kung Fu Panda 4 dá sinais de cansaço da franquia e um senso de que tudo é feito a toque de caixa simplesmente porque é mais barato e menos arriscado financeiramente fazer mais um do que tentar algo novo. A trama coloca Po para enfrentar uma nova vilã ao mesmo tempo em que o mestre Shifu o incumbe de encontrar um novo Dragão Guerreiro para substituí-lo, já que Po deve se tornar o líder espiritual do Vale da Paz. Em sua jornada, Po encontra a raposa Zhen e se alia a ela contra a nova vilã.

A trama é relativamente previsível, sendo óbvio desde o início que Zhen vai trair Po e depois se arrepender por conta da amizade genuína que o panda mostrou a ela. Do mesmo modo, é bem evidente quem Po escolherá como seu sucessor. A vilã Camaleoa, apesar da dublagem de Viola Davis torná-la ameaçadora, acaba se revelando uma antagonista bastante genérica, longe dos vilões marcantes dos filmes anteriores, em especial o Tai Lung do primeiro filme que reaparece aqui para nos lembrar de filmes melhores da franquia. A ideia da vilã poder se transformar em inimigos do passado de Po poderia servir de metáfora para o personagem confrontar seu passado, mas na narrativa nunca faz nada de muito interessante com esse conceito.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

Crítica – Wonka

 

Análise Crítica – Wonka

Review – Wonka
Não tive lá muita vontade de conferir Wonka. A ideia de contar a origem do personagem nunca me soou como uma premissa interessante e o personagem não era o tipo que pedia um prelúdio. Na verdade, parte do charme de Willy Wonka era ter uma aura de mistério ao seu redor por não sabermos muito a respeito dele e isso lhe conferia certa imprevisibilidade. Wonka de fato não tem muito a dizer sobre seu personagem e conhecermos sua origem não traz nada que nos ajude a vê-lo sob um novo prisma, mas tem encantamento o bastante para ser uma aventura divertida.

Na trama um jovem Willy Wonka (Timothee Chalamet) chega à Inglaterra para abrir sua loja de chocolates, mas enfrenta resistência de um cartel de chocolate que não vê com bons olhos as invenções de Wonka. Perseguido, Wonka conta com a ajuda da órfã Noodle (Calah Lane) e do misterioso Umpa Lumpa (Hugh Grant) para denunciar a corrupção do cartel que mantem controle até mesmo sobre o chefe de polícia (Keegan Michael Key).

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Crítica – Wish: O Poder dos Desejos

 

Análise Crítica – Wish: O Poder dos Desejos

Feito para celebrar os 100 anos da Disney, Wish: O Poder dos Desejos é uma homenagem mais focada em nos lembrar do longevo legado do estúdio do que para mostrar o espírito de inovação que o tornou tão amado. É uma produção que tem sua parcela de qualidades, mas que não tem o impacto que esperaríamos de uma celebração de um século.

A trama é focada em Asha, uma jovem que deseja se tornar aprendiz do rei Magnifico, um monarca que trouxe paz e prosperidade ao reino com seu poder de extrair e guardar os desejos de seus cidadãos, realizando-os periodicamente. Quando Asha descobre que o rei usa os desejos como forma de controlar a população ao invés de inspirá-la, ela decide devolver os desejos ao povo. A jovem faz um pedido para uma estrela e ela ganha vida. Agora, com a ajuda da estrela e seus poderes mágicos, ela decide enfrentar o rei.

É uma trama típica da Disney, com animais falantes e números musicais que nos lembra da importância de sonhar e perseguir os próprios desejos. Não tem nada aqui que quebre o molde do estúdio, mas não chega a ser um grande problema já que a produção tem carisma e encantamento o suficiente para nos manter interessados. Os números musicais são vibrantes e alguns deles, como o que envolve galinhas dançantes, remetem aos mosaicos das coreografias de Busby Berkeley. Não tem nenhuma música que soe com o impacto de hit instantâneo algo como Dos Oruguitas ou Não Falamos do Bruno de Encanto (2021), mas são canções carismáticas que entregam o que se espera.

Muito da graça do filme vem de como a trama costura referências aos vários filmes da Disney ao longo do último século, da silhueta da Malévola que aparece no livro de magia sombria do rei, passando pelo fato de que os amigos de Asha se vestem como os sete anões, que o manto que a protagonista usa remete ao da fada madrinha de Cinderela (1950) ou o vilão basicamente se tornar ao final no espelho da Rainha Má de Branca de Neve e os Sete Anões (1937). Nesse sentido, o avô de Asha ser um idoso de 100 anos em busca de alcançar seu desejo de inspirar as pessoas é uma clara metáfora para a Disney em si, que chega ao seu aniversário de um século ainda tentando nos fazer acreditar nos sonhos e na magia.

Como algo que nos diz o tempo todo que foi feito para celebrar o legado do seu estúdio, é relativamente decepcionante que ele arrisque tão pouco e prefira que sua celebração consista meramente de repousar sobre os próprios louros passados (nos lembrando de vários filmes melhores do que esse que estamos assistindo) do que em nos mostrar que a Disney ainda é capaz de inovar, de nos surpreender, de nos pegar desprevenidos e nos fazer nos perguntar “como eles imaginaram isso?” como fizemos em seus filmes mais memoráveis. Ao invés de nos mostrar como tem vigor para mais outros 100 anos de encantamento Wish: O Poder dos Desejos se acomoda em meramente nos fazer lembrar das glórias passadas. Claro, o filme tem lá seus bons momentos e não tem nada de particularmente problemático, só não está plenamente à altura de ser celebração que se propõe a ser.

 

Nota: 6/10


Trailer

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Drops – Leo

 

Análise Crítica – Leo

Review – Leo
Não sabia o que esperar de Leo animação produzida e estrelada por Adam Sandler, mas o que encontrei é uma aventura infantil razoavelmente divertida e inofensiva apesar de lugar-comum. Na trama, Leo (Adam Sandler) é um lagarto de 74 anos que vive como mascote de uma turma de quinta série em uma escola na Flórida. Quando ele descobre que pode ter apenas mais um ano de vida, decide fugir para aproveitar o tempo que resta. Acontece que ele acaba se envolvendo com os problemas pessoais dos alunos e decide ajudá-los.

Os arcos das crianças são tramas bem comuns nesse tipo de história, como a criança que se sente deslocada depois do divórcio dos pais, crianças inseguras com a própria aparência, outra que é superprotegida pelos pais ou uma cujos pais substituem presentes e bens materiais por afeto. Ainda assim há um calor humano genuíno nas interações entre Leo e as crianças, com o crescimento e aprendizado que elas têm sendo coerente com a dinâmica que a trama estabelece e mostrando como uma criança pode se desenvolver se lidar com seus problemas.

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Crítica – A Batalha de Natal

 

Análise Crítica – A Batalha de Natal

Review – A Batalha de Natal
Dezembro chega e inevitavelmente começam a pipocar filmes natalinos nos streamings e canais a cabo. A Batalha de Natal, produzido pela Prime Video, é o mais novo exemplar de produção feita à toque de caixa para capitalizar no espírito das festas de fim de ano. Sim, eu sei que em pleno 2023 fazer um filme de natal que seja muito diferente ou inovador é complicado considerando o volume de produções desse tipo que inundam os catálogos todo ano, mas, ainda assim, A Batalha de Natal não afasta a sensação de que já vimos tudo isso antes e que o filme funciona como uma espécie de checklist de clichês do gênero sem muita imaginação.

A trama gira em torno Chris (Eddie Murphy), um homem recém desempregado que decide vencer a qualquer custo o concurso de decoração de Natal de seu bairro para conquistar o prêmio em dinheiro da competição. Chris acaba fazendo um pacto com a elfa natalina Pepper (Jillian Bell) para vencer, mas a elfa cobra um custo e se ele não encontrar cinco anéis dourados até a noite de Natal, Chris será transformado em uma decoração natalina.

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Crítica – As Tartarugas Ninja: Caos Mutante

 

Análise Crítica – As Tartarugas Ninja: Caos Mutante

Review – As Tartarugas Ninja: Caos Mutante
Apesar de gostar do universo das Tartarugas Ninja, não estava lá muito interessado na animação As Tartarugas Ninja: Caos Mutante. Provavelmente porque os últimos dois filmes live-action não foram grande coisa e isso esfriou minha vontade de ver qualquer coisa com esses personagens. Felizmente essa nova animação acerta no espírito de aventura e na energia adolescente de seus protagonistas.

A trama reconta a origem de Leonardo, Michelangelo, Donatello, Raphael e o mestre Splinter. Animais comuns transformados em humanoides quando um mutagênico cai nos esgotos. Já adolescentes, as tartarugas querem se integrar no mundo dos humanos, mas Splinter teme que eles sejam tratados como monstros e caçados ou usados como arma. Os quatro irmãos acabam ficando amigos da adolescente April O’Neil e juntos vão investigar a gangue do Superfly, que vem aterrorizando a cidade. Ao longo da investigação descobrem que Superfly é também um mutante que lidera um bando de outros mutantes.

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Drops – Elementos

 

Análise Crítica – Elementos

Review – Elementos
O material de divulgação de Elementos não fez muito para me deixar empolgado para a nova animação da Pixar. Parecia uma trama romântica bem típica de “opostos se atraem” com os diferentes seres elementais servindo como metáfora para tensões étnicas e de classe social. Tendo visto o filme constato que era meio que isso mesmo, embora os visuais e a construção do romance seja boa o bastante para manter nosso interesse.

A trama se passa em uma cidade habitada por seres formados por elementos, com uma população de fogo, água, ar ou terra. A família de Faísca migrou para a cidade décadas atrás com o sonho de reconstruir lá suas vidas sem esquecer as tradições de seu povo. Embora Faísca queira ser uma boa filha, ela não tem certeza se quer assumir a loja do pai. Quando ela conhece o elemental da água Gota, eles acabam tendo que juntar esforços para impedir vazamentos de água no bairro do fogo e acabam se apaixonando.

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Crítica – A Pequena Sereia

 

Análise Crítica – A Pequena Sereia

Review – A Pequena Sereia
Mais nova tentativa de um live action de suas animações clássicas, A Pequena Sereia é mais uma animação a usar tecnologia de ponta para recriar de maneira bastante realista o universo submarino de sua protagonista. A exemplo de produções como o remake de O Rei Leão (2019) esse fotorrealismo mais tira do que acrescenta à experiência.

Na trama Ariel (Halle Bailey) é uma sereia sonhadora que anseia em conhecer o mundo da superfície apesar de seu pai, o poderoso Rei Tritão (Javer Bardem) alertá-la dos perigos que os humanos representam. Quando Ariel salva o príncipe Eric (Jonah Hauer King) ela se torna ainda mais decidida em experimentar o modo de vida dos humanos. A sereia decide aceitar um perigoso acordo com a bruxa do mar Ursula (Melissa McCarthy) para se tornar humana, mas isso coloca os mares e a superfície em risco.

O filme recria o fundo do mar com muita fidelidade e competência técnica, mas essa escolha por realismo faz o reino submarino soar vazio, sem graça e desprovido de encantamento. Isso fica evidente no número musical de Aqui no Mar, uma das canções mais marcantes da animação que perde muito da sua energia e deslumbramento porque as criaturas marinhas estão presas a se movimentarem como criaturas marinhas. Se até o filme do Aquaman (2018) conseguiu colocar um polvo tocando bateria, não vejo porque uma trama mais lúdica e fantasiosa como A Pequena Sereia deveria se prender tanto ao realismo.

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Crítica – Minhas Aventuras com o Superman

 

Análise Crítica – Minhas Aventuras com o Superman

Review – Minhas Aventuras com o Superman
Depois que o Superman de Zack Snyder dividiu opiniões com uma visão mais cínica sobre o personagem, a impressão é que nos últimos anos a Warner vem tentado resgatar a imagem de um Superman mais esperançoso, benevolente e mais humano. Isso se aplica ao tratamento do personagem na série Superman & Lois e também nesta nova série animada Minhas Aventuras com o Superman.

A trama acompanha os primeiros anos de Clark Kent em Metropolis, iniciando como estagiário no Planeta Diário ao lado do colega de faculdade Jimmy Olsen e conhecendo a intensa Lois Lane. Clark, Jimmy e Lois logo se tornam amigos e se unem para investigar o aparecimento de criminosos usando uma tecnologia extremamente avançada. Diante da ameaça desses criminosos, Clark decide usar seus poderes para proteger a cidade como Superman, mas isso o torna alvo dos militares.

Para quem tem alguma familiaridade com o personagem muitos desdobramentos e reviravoltas são relativamente previsíveis. É bem óbvio, por exemplo, que o misterioso general investigando as ações do Superman é o general Sam Lane, pai de Lois. Do mesmo modo, os sinais na tecnologia kryptoniana que ataca a Terra claramente indicam a intervenção de Brainiac (ou algo similar) e não de Jor-El como Clark acredita.

quarta-feira, 31 de maio de 2023

Lixo Extraordinário – Super Mario Bros (1993)

 

Crítica – Super Mario Bros

Resenha Crítica – Super Mario Bros
A Nintendo conseguiu fazer uma boa adaptação de seus games com a animação Super Mario Bros: O Filme, mas essa não foi a primeira tentativa de levar as aventuras do encanador bigodudo para as telonas. A honra pertence a Super Mario Bros, lançado em 1993 e que ao invés de animação era feito com atores. O resultado foi tão atroz que a Nintendo levou décadas sem querer levar suas propriedades ao cinema até que a recente animação finalmente quebrou a resistência da empresa e fez um grande sucesso.

O filme teve uma produção conturbada, sendo dirigido por um casal (Annabel Jenkel e Rocky Morton) em seu primeiro longa-metragem e que não tinham muita noção do material ou controle da situação. O fracasso retumbante do filme, por sinal, fez que os dois não voltassem a dirigir outro filme em Hollywood. Ao longo dos anos os atores Bob Hoskins e John Leguizamo falaram inúmeras vezes da relação ruim que tinham com os diretores e que para suportar o péssimo ambiente de trabalho bebiam bastante e estavam constantemente bêbados no set. Isso inclusive levou Hoskins a se machucar durante a gravação de uma das cenas de ação.

quarta-feira, 24 de maio de 2023

Drops – Super Mario Bros: O Filme

 

Análise Crítica – Super Mario Bros: O Filme

Review Crítica – Super Mario Bros: O Filme
Depois de uma malfadada tentativa de levar os games do Mario Bros aos cinemas na década de 90 em um live action estrelado por Bob Hoskins e John Leguizamo, a Nintendo faz uma segunda tentativa de levar esse universo aos cinemas em forma de animação. O cenário é logicamente diferente, afinal agora as adaptações de games vem se provado bem sucedidas tanto no cinema e na televisão, vide os sucessos comerciais dos filmes do Sonic ou de séries como Cyberpunk: Mercenários, Castlevania ou Cuphead.

A trama é tão simples quanto nos games, Mario é um encanador do Brooklyn que cai por acidente em outro universo, o Reino dos Cogumelos. Lá ele se alia à princesa Peach para derrotar Bowser e resgatar Luigi, que foi capturado pelo vilão. O estúdio Illumination, responsável por Meu Malvado Favorito, conduz todo o filme com seu estilo de trama ágil, com muita coisa acontecendo, piadas sucessivas, mas superficial no modo como trata seus personagens.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Crítica – Batman e Superman: Batalha dos Super Filhos

 

Análise Crítica – Batman e Superman: Batalha dos Super Filhos

Review – Batman e Superman: Batalha dos Super Filhos
Conheço mais Damian Wayne (por conta do arco do Grant Morrison com o Batman) do que Jonathan Kent e nunca tinha visto nenhuma história dos dois interagindo, então não sabia muito o que esperar deste Batman e Superman: Batalha Super Filhos. Felizmente o resultado é uma aventura divertida, que explora bem o conflito entre os protagonistas e seus pais.

Na trama, Jonathan Kent tem uma relação um pouco distante com o pai. Na ótica do garoto, o pai passa mais tempo preocupado com seu trabalho como repórter do que com ele. As coisas mudam no aniversário de Jonathan quando ele manifesta poderes e Clark revela a ele que é o Superman. Clark procura ajuda do Batman para saber se Jonathan irá manifestar seus mesmos poderes e nessa viagem Jonathan entre em atrito com o agressivo Damian, filho do Batman e seu atual Robin. Damian, no entanto, é obrigado a recorrer a Jonathan depois que Batman, Superman e toda a Liga da Justiça são dominados pelo vilão Starro.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Crítica – Gato de Botas 2: O Último Pedido

 

Análise Crítica – Gato de Botas 2: O Último Pedido

Review – Gato de Botas 2: O Último Pedido
Confesso que não tive interesse nenhum em assistir Gato de Botas (2011) quando foi lançado. Só fui assistir anos depois em algum final de semana sem ter o que fazer quando passava na TV a cabo e era exatamente o caça-níqueis inane que imaginei que seria. Por isso também não tive lá grande vontade ou expectativa para conferir este Gato de Botas 2: O Último Pedido. Esperava que fosse ser o estúdio chutando o cavalo (ou gato nesse caso) morto de uma franquia que deveria ter acabado uns três filmes atrás. Depois de conferir o filme, no entanto, o resultado é surpreendente e muito superior ao anterior. É praticamente O Sétimo Selo (1957) ou Logan (2017) no universo Shrek.

Na trama o Gato (Antonio Banderas) está na última de suas nove vidas e na mira do temível caçador de recompensas conhecido como Lobo (Wagner Moura). Com medo de perder sua última vida, o Gato empreende uma jornada para uma misteriosa floresta buscando encontrar um fragmento de estrela cadente para que possa realizar um desejo. O problema é que ele não é o único atrás da estrela.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Drops – Matilda: O Musical

 

Análise Crítica– Matilda: O Musical

Review – Matilda: O Musical
Confesso que nunca tive lá grande vínculo com o clássico da Sessão da Tarde Matilda (1996), achava divertido, assistia quando passava, mas não foi algo tão presente na minha formação cinéfila. Ainda assim, fiquei curioso para conferir este Matilda: O Musical, que adapta o musical teatral baseado no livro de Roald Dahl que inspirou o filme de 96.

A trama é a mesma da versão da década de 90, Matilda (Alisha Weir) é uma garota precoce e genial negligenciada pelos pais picaretas que é mandada para a escola dirigida pela rígida Sra. Trunchbull (Emma Thompson), que sente prazer em humilhar as crianças. Felizmente, Matilda encontra refúgio nos amigos e na professora Honey (Lashana Lynch).

Tal como o primeiro filme, a narrativa é sobre como adultos não entendem ou subestimam as crianças, além de criticar um modelo educacional repressivo que tenta colocar as crianças dentro de um padrão restrito de conduta através de castigos arbitrários que não educam coisa alguma. Através de Matilda somos lembrados da inventividade e senso de imaginação que temos durante a infância, bem como o fato de que crianças as vezes tem motivos compreensíveis para agir de um modo que adultos considerariam como travesso.

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Drops – Wendell & Wild

 

Análise Crítica – Wendell & Wild

Review – Wendell & Wild
Tenho um fraco por animações em stop motion, então logo que vi esse Wendell & Wild no catálogo da Netflix me interessei em ver. É uma aventura que mistura comédia e terror, fazendo uma boa mescla dos dois gêneros. A trama é protagonizada por Kat, uma garota órfã que retorna à sua cidade natal apenas para descobrir que uma mega corporação agora é dona de praticamente tudo. Desejando retomar a cidade, incluindo o negócio de seus falecidos pais, Kat acaba fazendo um acordo com os demônios Wendell e Wild, trazendo-os para o mundo material e tirando-os de sua prisão infernal em troca de que eles ressuscitem seus pais. O problema é que os demônios não são exatamente competentes no que fazem e ressuscitam pessoas erradas, causando uma grande confusão.

O longa chama atenção por seu aspecto visual e a criatividade com a qual concebe seu plantel de seres infernais, mortos vivos e seres sobrenaturais. São designs bizarros o suficiente para soarem fora de nosso mundo, mas ao mesmo tempo divertidos o suficiente para não assustarem um público infantil. Boa parte dos personagens remete aos dubladores como os demônios Wendell e Wild, cuja aparência remete a Jordan Peele e Keegan Michael Key, que fazem as vozes da dupla em inglês.

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Crítica – Turma da Mônica: A Série

 

Análise Crítica – Turma da Mônica: A Série

Review – Turma da Mônica: A Série
Depois de dois filmes, Turma da Mônica: Laços e Turma da Mônica: Lições, a trilogia live-action da turminha criada por Maurício de Souza se encerra neste Turma da Mônica: A Série, feita para a Globoplay. Tinha minhas dúvidas se o material iria funcionar no contexto de uma série, mas felizmente o resultado é tão bom quanto os filmes.

A trama gira em torno de descobrir quem sabotou a festa da Carminha Frufru (Luiza Gattai), com a fofoqueira do bairro, Denise (Becca Guerra), assumindo a investigação e interrogando as crianças do local. As suspeitas, claro, recaem sobre Mônica (Giulia Benite) e sua turma, já que eles não se davam bem com a garota. Devo confessar que, de todas as possibilidades de contar uma história da turminha, uma trama investigativa/policialesca seria a última coisa que imaginaria, principalmente com um mistério tão bem manejado.

Claro, quem conhece a história e o universo da turminha vai conseguir perceber com certa antecedência quem estava por trás de tudo, no entanto, saber o real culpado não significa que o desenvolvimento da trama não tenha suas surpresas. Cada episódio é centrado no testemunho de um dos personagens envolvidos, nos dando a perspectiva dessa pessoa para os eventos e permitindo que pouco a pouco montemos o quebra cabeça.

quinta-feira, 7 de abril de 2022

Drops – Apollo 10 e Meio: Aventura na Era Espacial

 

Análise Crítica – Apollo 10 e Meio: Aventura na Era Espacial

Review – Apollo 10 e Meio: Aventura na Era Espacial
Dirigido por Richard Linklater, realizador que já fez outros trabalhos com animação em rotoscopia (quando se desenha por cima das performances de atores reais) e neste Apollo 10 e Meio: Aventura na Era Espacial busca recriar o clima dos anos de 1960. A trama segue Stan, um garoto chamado pela NASA para a missão de testar um módulo espacial que foi erroneamente construído muito pequeno. Assim, Stan seria a primeira pessoa na Lua, antes de Neil Armstrong e a missão da Apollo 11.

Toda a aventura tem um clima de nostalgia, que tenta nos deixar imersos na experiência de como seria viver na década de 60. De certa forma, Linklater parece mais interessado em reconstruir essa experiência sensível a partir do que filme, do que contar sobre a aventura de Stan no espaço. A trama se entrega a longas digressões que impedem a progressão da trama, mas que valem pelo amplo panorama que pintam sobre como era a vida neste período, tudo contado com muito humor e afeto pela maneira com a qual Linklater constrói suas imagens e pela narração de Jack Black, que faz a versão adulta de Stan. Em muitos momentos, a impressão é que a trama envolvendo Stan e a NASA nem precisaria existir para dar conta do que Linklater quer.