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sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Crítica – South Park: 23ª Temporada


Análise Crítica – South Park: 23ª Temporada


Review – South Park: 23ª Temporada
Se a temporada anterior de South Park começou tratando de um tema difícil que estava em evidência no momento ao falar dos tiroteios nas escolas. Esta vigésima terceira temporada começa também tratando um tema difícil, o da prisão de crianças imigrantes no que são, basicamente, campos de concentração. O episódio Mexican Joker lida com a questão tentando mostrar como a xenofobia estadunidense é baseada em medos de uma ameaça inexistente vinda dos imigrantes que se fundamenta em puro racismo. Assim, quando Kyle alerta para as autoridades que manter crianças em jaulas daria origem a um “Coringa mexicano” e o governo aumenta ainda mais a repressão por conta de uma ameaça que não existe.

Do mesmo modo, o episódio tenta mostrar como funcionam os mecanismos de colonialismo quando uma das crianças mexicanas é adotado por uma família branca, os Whites (brancos em inglês) e essa nova família tenta fazer o garoto se esquecer do passado e de sua origem para se tornar um White. A ideia aqui parece ser a de mostrar como a cultura estadunidense só aceita a integração de pessoas que partilham de uma visão de mundo que parte do olhar branco, dominador, normatizando esse olhar e tratando as demais visões de mundo como desviantes e como ameaça. Poderia render algo interessante, mas o texto se prende demais a trocadilhos bobos com a palavra White.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Crítica – South Park: 22ª Temporada


Análise Crítica – South Park: 22ª Temporada


Review – South Park: 22ª TemporadaA vigésima segunda temporada de South Park começou abordando o polêmico tema dos tiroteios em escolas. A escolha criou controvérsia antes mesmo do episódio ser exibido, com muita gente questionando como a série faria comédia em cima de algo tão trágico e, na verdade, eles se saíram muito bem ao abordar o tema. A série extrai a comédia não do tiroteio ou das mortes em si, mas da banalização que é feita ao redor desse tipo de evento e da inação em tentar fazer algo para coibi-lo.

O ridículo e o absurdo emergem de como esses tiroteios foram absorvidos no cotidiano das pessoas que, ao saber de um novo massacre, anunciam que seus “pensamentos e orações” estão com as vítimas apenas para continuar suas atividades como se nada tivesse acontecido. O episódio ainda traz uma subtrama envolvendo Cartman e Token sobre o fato de Cartman não ter gostado do filme Pantera Negra, o que é uma piada recorrente durante toda a temporada. Eu imagino que a intenção tenha sido parodiar as comunidades de fãs que não aceitam opiniões divergentes e atacam com fúria virulenta qualquer um que pense diferente, mas a temporada acaba não tendo nada a dizer sobre isso e apenas repete várias vezes a fala de Cartman de que o filme não é tão bom assim.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Drops – South Park A Fenda que Abunda Força: Um Drink na Casa Bonita e CroCrunch

Crítica - South Park DLC


Nossa sessão de textos curtos explora hoje os dois DLCs lançados para o jogo South Park: A Fenda Que Abunda a Força. Quando escrevemos sobre o RPG, consideramos ele divertido, ainda que um pouco inferior ao primeiro, South Park:The Stick of Truth, agora avaliaremos seus dois conteúdos adicionais que, tal como o jogo original, estão disponíveis para PS4, Xbox One, PC e Nintendo Switch.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Crítica - South Park: 21ª Temporada

Análise South Park: 21ª Temporada


Review South Park: 21ª Temporada
As duas temporadas anteriores de South Park tinham investido em tramas contínuas e arcos que se desenvolviam ao longo da temporada inteira. Era uma experimentação inesperada para a série e mostrava que os criadores Matt Stone e Trey Parker ainda estavam dispostos a brincar com a própria fórmula e tentar coisas novas. Nesta vigésima primeira temporada, eles resolvem voltar a um formato mais episódico com histórias isoladas e menos dependente de continuidade, mas o resultado acabou sendo um pouco irregular.

Os problemas começam já no primeiro episódio, White People Renovating Houses, que tenta zoar a marcha neonazista ocorrida no interior dos Estados Unidos esse ano. A série trata a situação de uma maneira relativamente rasa, longe da contundência e acidez pela qual South Park é famosa, abordando tudo como apenas uma ação estúpida de um monte de caipiras burros. Não deixa de ter certa razão (eles são caipiras burros), mas ao mesmo tempo suaviza de algum modo a gravidade do caso, já que ter pessoas com armas e símbolos nazistas gritando o extermínio de judeus e negros nas ruas é algo que está em um outro patamar para além da estupidez sendo esse um dos raros casos em que a série parece não compreender plenamente o que está satirizando.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Crítica - South Park: A Fenda Que Abunda Força

Análise South Park: A Fenda Que Abunda Força


Review South Park: The Fractured But Whole
Eu não esperava que South Park: The Stick of Truth fosse tão legal quanto acabou se revelando. Além de manter o espírito e senso de humor anárquico e crítico da série animada, era também um competente RPG que pegava elementos da série Paper Mario. Com isso a expectativa para esta continuação, South Park: A Fenda Que Abunda Força (The Fractured But Whole em inglês), estava bem alta e é muito bom constatar que ele não decepciona.

A trama começa com Cartman desistindo da brincadeira de fantasia medieval do jogo anterior e decidindo começar uma brincadeira de super-heróis com o intuito de transformar seus personagens em uma grande franquia cinematográfica tal qual os filmes da Marvel e da DC. Os garotos acabam brigando entre si pela criação desse universo compartilhado e se dividem entre duas facções. Cartman, que se tornou o herói Guaxinim, lidera o grupo Guaxinim e Amigos e recruta o "Garoto Novato" (o personagem do jogador) para seu grupo. Logicamente o que começa como uma brincadeira acaba saindo do controle e gera consequências absurdas com os garotos esbarrando em um esquema de drogas e tudo progredindo para tramas ainda mais sem noção, incluindo a revelação de quem estava por trás de tudo.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Crítica - South Park: 20ª Temporada

Análise South Park Temporada 20

Review South Park Temporada 20
South Park pegou todo mundo de surpresa na temporada anterior quando decidiu adotar uma estrutura mais serializada com arcos narrativos longos que se desdobravam ao longo dos episódios da temporada. Não eram apenas as piadas que iam sendo levadas de um episódio para outro, mas as tramas iam continuando construindo uma longa história ao longo dos dez episódios. Chegando nesta vigésima temporada, ficava a questão se os criadores Matt Stone e Trey Parker manteriam o formato ou se foi apenas uma experimentação. Ao que parece, eles gostaram das possibilidades que essa estrutura trazia, já que a vigésima temporada continua com aquilo que foi iniciado no ano anterior com arcos que se estendem ao longo da temporada. O texto a seguir pode conter alguns SPOILERS.

O ano vinte começa com a escola dos garotos Stan, Kyle, Cartman e Kenny sofrendo ataques em seu site de um troll de internet chamado Skankhunt42. O troll, cuja identidade é anônima, entra na página e constantemente dirige insultos às meninas da escola, o que leva a todos a desconfiarem de que é um dos meninos. Ao mesmo tempo há a aparição das Member Berries, frutas falantes que apelam para a nostalgia e se tornam uma febre entre os moradores da cidade, que parecem se afundar na nostalgia proporcionada por elas e se apegam cada vez mais ao passado.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Crítica - South Park: The Stick of Truth

Análise South Park: The Stick of Truth


Resenha South Park: The Stick of Truth
A animação South Park não vinha tendo sorte em suas adaptações para videogames. Os resultados eram normalmente caça-níqueis simplórios que falhavam em capturar o espírito da série e em suas próprias mecânicas de jogo. Felizmente, depois de muitos atrasos, a falência da primeira produtora (a THQ), a passagem para a Ubisoft e mais atrasos, é finalmente possível dizer que este RPG desenvolvido pela Obsidian é, enfim um produto digno da série animada.

A trama pega o gancho sugerido no fim do episódio triplo da última temporada Song of Ass and Fire, que zoava Game of Thrones, mas ver esses episódios não é essencial para entender o que se passa aqui. Na história, os garotos estão engajados em uma espécie de LARP (live-action role play), uma variante do tradicional RPG de mesa no qual os jogadores agem diretamente ao invés de jogar dados. Divididos entre humanos, liderados por Cartman, e elfos, liderados Kyle, as duas facções brigam pelo controle do Bastão da Verdade (que é apenas um galho), cabe então ao jogador, na pele do garoto (ou garota) que acabou de chegar na cidade, desequilibrar este “épico” conflito. Claro, como de costume na série, a brincadeira sai do controle e ganha proporções épicas e absurdas envolvendo abduções alienígenas, gnomos das cuecas, zumbis nazistas, um passeio pelo ânus do Sr. Escravo e toda sorte de bizarrices que South Park sabe criar tão bem.