Vingadores: Ultimato tinha
a ingrata missão de encerrar um ciclo de narrativas iniciadas há mais de dez
anos, contendo inúmeros personagens e tramas. Poderia ser confuso, bagunçado ou
cansativo, mas o filme é um desfecho competente e digno a todas essas
histórias, respeitando e celebrando o próprio legado.
A trama começa no ponto em que Vingadores: Guerra Infinita (2018) terminou. Com o Capitão América
(Chris Evans), Viúva Negra (Scarlett Johansson) e os demais tentando descobrir
o que fazer depois da dizimação de Thanos (Josh Brolin). Ao mesmo tempo, Tony
Stark (Robert Downey Jr.) e Nebulosa (Karen Gillan) estão à deriva no espaço
depois da batalha no planeta Titã.
Dizer mais seria dar estragar a experiência, já que é melhor
assistir sabendo o mínimo possível, mas o começo faz um eficiente trabalho em
evidenciar o peso da derrota sobre os heróis e do caos que se instaurou no
mundo após a dizimação. Todo o começo serve para dar peso e motivação para os
eventos que segue e, por mais que demore para chegar onde precisa, é necessário
para que compreendamos devidamente o que está em jogo para cada personagem.