Um perigoso bandido em fuga dirige-se para uma cidadezinha no interior dos Estados Unidos e cabe ao xerife local a responsabilidade de lidar com a ameaça, mesmo sabendo que não tem contingente para lidar com alguém tão perigoso. Esse enredo tão característico dos filmes de faroeste é mais uma vez reeditada neste O Último Desafio, dirigido por Kim Jee-woon e estrelado por Arnold Schwarzenegger, que interpreta o xerife de uma pequena cidade dos dias atuais próxima à fronteira com o México.
O filme, apesar de beber da fonte dos faroestes de outrora com sua música e com os tiroteios em meio à rua principal de uma pequena cidade, passa longe de ser um faroeste moderno e revisionista como Onde os Fracos Não Tem Vez (2007) dos irmãos Coen. O foco aqui é mesmo a ação exagerada e sanguinolenta no melhor estilo dos filmes de ação da década de 80 que parece estar sendo trazido de volta em filmes como este e Os Mercenários (2010).
Dito isto, fica claro que O Último Desafio não é um filme para ser levado a sério ou analisado a fundo, trata-se de uma bobagem, mas uma bobagem altamente eficiente e divertida. Se o roteiro do filme foi facilmente reduzido à frase inicial desta crítica, não se pode esperar muito mais profundidade dos personagens. O narcotraficante em fuga Gabriel Cortez (Eduardo Noriega) e seu assistente Burrel (Peter Stormare) são tão caricatos e exagerados que se tornam incrivelmente hilários.
Faz um bom tempo que a indústria americana tenta emplacar nos cinemas os grandes sucessos da indústria dos videogames, mas os resultados costumam sempre ficar aquém do esperado. Claro, temos a franquia Resident Evil que já está no seu quinto filme, embora nenhum digno de nota. A ideia de fazer um filme sobre um game que não existe e, portanto, livre das amarras que envolvem adaptar um jogo já existente parecia bastante promissora e o resultado deste Detona Ralph é realmente bom.
O filme é encabeçado por Ralph, vilão do game oitentista Fix-It Felix (algo bem parecido com o Donkey Kong original), que está cansado de todo dia ser arremessado do alto de seu prédio e ficar sozinho em um lixão sendo ignorado pelo resto dos personagens de seu game. A trama é uma mistura de Toy Story com Uma Cilada Para Roger Rabbit. Do clássico da Pixar se revisita a ideia do que fazem os brinquedos, ou videogames nesse caso, quando não estamos por perto e do segundo a mistura de personagens de diferentes universos coexistindo e interagindo. Assim, na cena em Ralph está na sua terapia de grupo dos “Vilões Anônimos”, vemos ele lado a lado com personagens conhecidos dos videogames como Zangief, Dr. Eggman, Kano e um dos fantasmas do Pac-Man. É apenas uma pena que o filme se aproveite tão pouco de suas “participações especiais”, pois seria bastante interessante ver uma cena entre Sonic e Mario ou entre Ryu e Sub-Zero nos moldes das interações entre Patolino e Pato Donald ou entre Mickey e Pernalonga em Uma Cilada Para Roger Rabbit.
Sobreviver a um naufrágio pode ser algo extremamente complicado. O cinema já nos mostrou isso em filmes como Náufrago (2001) ou para as muitas versões já produzidas pela sétima arte para o clássico da literatura Robinson Crusoé. Entretanto, mais complicado do que sobreviver a um naufrágio deve ser sobreviver a um naufrágio sendo um adolescente, em mar aberto e apenas na companhia de um selvagem tigre de bengala em seu bote salva-vidas e é esta a história que nos conta As Aventuras de Pi. O filme começa com um escritor (Rafe Spall) entrevistando Pi (Irfan Khan) sobre uma história fantástica ocorrida em sua juventude enquanto o protagonista narra tudo que lhe aconteceu.
O diretor Ang Lee mantém aqui seu uso estilístico de planos mais demorados, de natureza quase que contemplativa, enquanto explora as paisagens das cidades indianas ou do bote do jovem Pi (Shuraj Sharma) em mar aberto. A construção do diretor entrega-se, também, em muitos momentos de pura beleza plástica e lirismo. Em determinado momento Pi narra o quanto seu padrinho Mamaji gostava de nadar e o vemos mergulhar em uma piscina com a câmera posicionada em baixo d´água e virada para cima. Isto nos permite ver o céu além da água, dando a impressão de que Mamaji está voando e não nadando, transmitindo a sensação de liberdade que o personagem tem ao nadar. Ao longo do filme vemos outras composições bastante interessantes e belíssimas como o mar de águas-vivas e alguns outros que não revelarei para não diminuir seu impacto. A fotografia luminosa e com cores fortes contribui para a construção do tom fabulesco da obra.
Os filmes-catástrofe normalmente se estruturam em volta de uma família ou um grupo de pessoas aparentemente comuns envolvidos em alguma situação de grande calamidade. O grande problema é que por focar nas cenas de destruição os personagens ficam sempre em segundo plano, recebendo um tratamento unidimensional, esvaziando a narrativa de significado. Felizmente este é um erro que O Impossível não comete, baseado na história real de uma família que sobreviveu ao tsunami que atingiu a costa da Tailândia no início de 2004.
Com isso, não quero dizer que não há espaço para as cenas de destruição e efeitos especiais. A cena da chegada da onda gigante é muito bem construída, começando com tremores, lufadas de vento, para então os personagens notarem o tsunami vindo na direção do hotel. Os efeitos especiais conseguem de maneira bastante eficiente retratar a devastação rápida e violenta causada pelo tsunami e os cenários retratam bem o caos do pós-desastre.
Mas como eu disse, o foco é mesmo nos personagens e sua luta pela sobrevivência e os atores são absolutamente competentes em retratar sua dor, medo e fragilidade. A dor da personagem Maria (Naomi Watts) é sentida a cada passo, a cada obstáculo duramente superado ao lado de Lucas, seu filho mais velho. É claro, há o mérito também da maquiagem que torna palatável os graves ferimentos da personagem, mas é na atuação de Watts que reside nossa apreensão por seu destino. Ewan McGregor também é bastante eficiente na pele de Henry, o marido, em especial na cena em que se desespera telefonar para um parente e contar que se separou da esposa na catástrofe. É apenas lamentável que a veterana atriz Geraldine Chaplin que entra em cena para dar uma dessas “lições de vida cifradas” no melhor estilo Sr Miyagi, diz umas duas frases para os dois filhos menores de Henry e depois some por completo.
A primeira vez que ouvi que a adaptação de Peter Jackson para O Hobbit seria dividida em três filmes para poder comportar elementos da trilogia O Senhor dos Anéis fiquei com um pé atrás em relação à produção por uma série de motivos. Primeiro porque O Hobbit é mais curto que qualquer um dos volumes da trilogia do anel (cerca de 290 páginas contra a média de 500 de cada um da trilogia) e em segundo porque o O Hobbit tinha um tom bastante diferente da trilogia, com uma abordagem mais leve, bem-humorado e aventuresco em relação ao tom sombrio e grave da trilogia do anel.
Meus temores, entretanto não se confirmaram e este O Hobbit: Uma Jornada Inesperada mantém-se fiel ao espírito da obra de Tolkien, mantendo o foco em Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) e a companhia de anões liderada pelo príncipe Thorin Escudo-de-Carvalho (Richard Armitage) na viagem para expulsar o dragão Smaug (Benedict Cumberbacht) da Montanha Solitária e recuperar o tesouro dos anões. As adições à narrativa, por sua vez, preenchem algumas lacunas que são apenas citadas rapidamente no livro (ou nos apêndices acrescentados por Tolkien pós trilogia do anel, já que ele não a tinha em mente quando redigiu O Hobbit). Claro, algumas ainda são totalmente inúteis como a aparição de Frodo (Elijah Wood) na toca do velho Bilbo (Sir Ian Holm) e outra envolvendo Gandalf (Sir Ian McKellen) e Galadriel (Cate Blanchett), mas no geral servem para dar a noção de que há um mal crescente rondando a Terra-Média.
Começando com um plano da perspectiva da câmera contida no capô de uma viatura policial e a narração do policial Brian Taylor (Jake Gyllenhaal) este Marcados Para Morrer parece ser mais um desses falsos documentários (ou mockumentaries) que se valem da farsa documental apenas para mascarar todos os defeitos de uma produção realizada com roteiros vazios, atores ruins e técnica capenga como ocorre em embustes do naipe de Atividade Paranormal, Apollo 18 e tantos outros engodos pseudodocumentários que invadem as telas quase que mensalmente. O filme acompanha a dupla de policiais formada por Mike (Michael Peña) e Brian em suas patrulhas pelas ruas dos guetos de Los Angeles enquanto que Brian filma tudo como parte de um projeto de faculdade.
A trama, entretanto, não cai refém de seu próprio formato e sempre que necessário recorre a outras fontes (sempre na forma de imagens captadas por outros personagens ou câmeras de vigilância) para mostrar eventos nos quais os protagonistas não estão presentes. O próprio formato da tela, mais estreita e portanto mais vertical assemelha-se ao de uma produção televisiva e ajuda a passar de vídeos caseiros. Por outro lado, todo o clima de documentário do cotidiano policial torna a trama bastante solta e apenas na proximidade do terceiro ato da projeção é possível vislumbrar um direcionamento para a narrativa.
Comédias são sempre um gênero difícil de
avaliar, afinal, o que é engraçado para alguém pode não ter a menor graça para
outra pessoa. Isto se mostra bastante verdadeiro para este Os Penetras, uma vez que a satisfação proporcionada pelo filme está
diretamente ligada ao quanto cada um aprecia do tipo de humor defendido pelos
dois protagonistas, Marcelo Adnet e Eduardo Sterblich. No filme, Marco (Adnet)
é um malandro que vive de penetrar em festas chiques e aplicar pequenos golpes
ao lado de seu parceiro Nelson (Stepan Nercessian) e vê em Beto (Sterblich), um
homem ingênuo que está tentando reatar com a namorada, uma vítima perfeita para
ser “depenada”, termo que o próprio personagem usa.
A verdade é que nenhum dos dois se
esforça muito para compor um personagem, se limitando basicamente à fazer as
mesmas coisas que fazem na televisão, o Beto, por exemplo canta fino do pé do
ouvido do Marco tal qual o Freddie Mercury Prateado que Sterblich faz no Pânico na Band. O roteiro se baseia em
um fiapo de triângulo amoroso entre os dois e a misteriosa Laura (Mariana
Ximenes) e o desenvolvimento disso tudo é absurdamente frouxo, dando muitas
vezes a impressão de que estamos acompanhando apenas uma sequencia de esquetes
soltos de algum programa televisivo.
Do início ao fim este filme dirigido por Ben Affleck se mostra bastante preocupado em assegurar ao seu espectador o quanto está sendo fiel à realidade em seu retrato da crise envolvendo a invasão a uma embaixada americana em Teerã, capital do Irã, em 1979 durante o auge da revolução que derrubou o xá Reza Pahlevi e levou ao poder o aiatolá Khomeini. No início acompanhamos um relato bastante didático que mistura histórias em quadrinhos com imagens de arquivo que contextualizam a revolução iraniana, deixando claro o papel do governo americano na instauração da ditadura do xá e o posterior asilo político dado a ele que motiva a revolta dos iranianos. Já no fim, o diretor contrapõe imagens do próprio filme com imagens e gravações de arquivo, demonstrando o quanto sua obra está próxima dos eventos reais.
Talvez essa preocupação venha do fato da recente popularização dos falsos documentários que brincam com as percepções de realidade da audiência nos tenham deixados mais cínicos quando vemos os dizeres “baseado em fatos reais” ou talvez seja motivada pelos próprios eventos narrados que parecem saídos de um filme de espionagem da década de 60.
A relação de um músico com a família e a influência da mesma em sua carreira não é exatamente um tema novo para o diretor Breno Silveira, responsável pelo longa Dois Filhos de Francisco (2005), no qual ele mostrava o quanto o pai da dupla Zezé de Camargo e Luciano influenciou para a iniciação e formação musical dos dois. Pois bem, neste Gonzaga: De Pai Para Filho a temática é resgatada e acompanhamos o músico Luis Gonzaga (Land Vieira) desde sua juventude no interior de Pernambuco, quando trabalhava com seu pai consertando acordeons, passando por seu sucesso e relação atribulada com seu filho Gonzaguinha (Julio Andrade). A trama inicia com Gonzaga já idoso, recebendo a visita do filho que visa se reaproximar dele e a partir de então Gonzaga passa a relatar sua vida.
O amplo escopo temporal (que vai da década de 20 aos anos 80) do filme acaba se revelando um dos maiores problemas da fita, já que no desejo de abranger a maior quantidade de eventos possíveis a grande maioria dos personagens passa rapidamente pela narrativa, recebendo um tratamento bastante unidimensional, como a segunda esposa de Gonzaga (interpretada por Roberta Gualda) que se torna quase uma madrasta má da Cinderela, ou então passam tão rápido que o público não tem tempo de estabelecer quaisquer laços afetivos. Assim, quando uma pessoa próxima do protagonista morre, o filme precisa recorrer a uma música bastante intrusiva na tentativa de extrair uma reação emocional, já que não houve muito tempo para nos importarmos com o destino daquela personagem.
É meio difícil tentar definir o capítulo final de Lost que foi exibido neste domingo nos US and A ou todo impacto causado pela série ao longo dos seus seis anos de exibição. Relembrar o fenômeno cultural que a série foi ou a maneira genial como, ao longo de seis temporadas, Lost foi subvertendo sua estrura narrativa para melhor contar a sua história ou ainda a maneira como o público reagiu de modo tão intenso(para o bem ou para o mal) aos seis anos de série. Falar tudo isso seria chover no molhado.
Ao longo de seis anos fomos nos envolvendo com aquele grupo de pessoas que, de algum modo, se reunia naquela ilha cheia de mistérios. Acompanhávamos suas virtudes, seus defeitos, suas crenças, seus medos e seus traumas e nos interessávamos cada vez mais sobre o que aconteceria com aquelas pessoas que, no fim das contas, não eram boas ou más, não estavam certos ou errados, eram apenas pessoas, com toda a complexidade inerente ao ser humano. Vimos Jack abandonar sua exagerada frieza e racionalidade e tornar-se um homem de fé, vimos Sayid buscar redenção por seu passado e para mostrar que ainda havia bondade em si, acompanhamos Sawyer enquanto ele deixava de ser um golpista interesseiro para se tornar um estóico protetor de seus aliados e também vimos John Locke ser traído por sua própria crença quando, ao fazer o que acreditava ser certo, foi manipulando por uma entidade antiga que estava numa cruzada de vingança(e que também era uma vítima ao seu próprio modo), vimos o Desmond ser fodão e vimos a Kate...err...bem... vimos a Kate render uns episódios chatos pra cacete(e apesar disso a personagem se mostrou indispensável no final).
Sim, era por isso que via Lost, pelas pessoas. Claro que os mistérios eram interessantes e muitas vezes ficava matutando sobre o que diabos seria a ilha, mas, desde que a explicação de que era um local com abundante energia eletromagnética, eu sabia que a revelação final não iria além de "a ilha é um lugar mágico e ponto final", então desencanei de qualquer resposta mais elaborada ou complexa. Até porque, não importa o que dissessem, qualquer explicação apenas frustraria aqueles que não tiveram suas teorias atendidas, então melhor deixar que cada um use sua subjetividade para preencher as lacunas. O crítico Pablo Villaça inclusive fez uma ótima análise dessa necessidade de respostas que cito aqui:
"...considero-me inteligente o bastante para compreender que as lacunas podem ser preenchidas com minhas próprias teorias e "viagens". O mundo real não oferece respostas a tudo (algo que Michael Haneke adora esfregar na cara de seus fãs) e, assim, é interessante que às vezes nos divorciemos de nosso comodismo de espectadores e percebamos que, por mais que exijamos respostas para tudo, nem sempre seremos atendidos - e mesmo que fôssemos, qual a diferença? Seria uma resposta tão arbitrária e maniqueísta quanto qualquer outra que pudéssemos imaginar sozinhos. Lembrem-se do casal brincando na praia ao fim de Desejo & Reparação e percebam que uma série de respostas atiradas no final seria algo tão artificial, falso, como aquela cena - embora certamente fosse despertar uma sensação de "satisfação" em boa parte do público."
Ao invés de assistir o finale com uma listinha de perguntas que eu queria que os realizadores me respondessem, eu desprentensiosamente sentei e assisti, apreciando um final incrivelmente bem construído, que fechou os arcos de todos os personagens principais e alguns nem tanto(eu nem me lembrava da Shannon), trazendo interpretações inspiradas de todo o elenco, inclusive daqueles que estavam ali fazendo apenas participações especiais como Dominic Monaghan(Charlie) e Elizabeth Mitchell(Juliet). Como não se comover com a cena em que Juliet e Sawyer lembram um do outro, mostrando com apenas um olhar a emoção acumulada durante uma vida inteira(chorei feito uma menininha nessa cena, aliás durante boa parte dos 100 min. do finale) ou do sincero e singelo "Senti sua falta" de Kate para Jack, dos olhares de felicidade contida de Jin e Sun ao verem Sawyer, mesmo quando ele não lembra dos dois. Me surpreendi com a capacidade dramática de Jorge Garcia(Hurley) em seu diálogo final com Matthew Fox(Jack) na ilha, já que ao longo de seis anos me acostumei a vê-lo como alívio cômico.
Há de se destacar também o trabalho de Michael Emerson que teve uma trajetória brilhante como Ben Linus e encerrou o arco de seu personagem de forma não menos brilhante, da expressão de surpresa e admiração ao ser convidado por Hurley a ajudá-lo na ilha, mesmo depois de todo o mal que fizera, até o reencontro na realidade paralela evidenciando o respeito mútuo que os dois desenvolveram ao longo de uma vida; "Você foi um bom nº2", diz Hurley e Ben devolve "E você foi um bom nº1", uma fala simples, mas que revela a humildade adquirida pelo personagem, mostrando que ele não é mais aquele homem egoísta e ambicioso. Tocante também é a cena final entre Ben e John Locke(o também brilhante Terry O'Quinn), quando Ben se despe de toda vaidade e se mostra vulnerável ao homem que matou e pede seu perdão. O cuidado dos atores em suas composições é visto a cada quadro, até em pequenos gestos dos personagens como quando o "homem do delineador", Richard Alpert(interpretado por Nestor Carbonell), se mostra totalmente confuso na colocação do cinto de segurança, algo perfeitamente compressível já que o personagem nasceu no início do século 19(quando, obviamente, não existiam aviões).
A explicação sobre a natureza da realidade paralela pode não ter sido uma surpresa(e devo destacar que o vitral da igreja do flash-sideway exibe símbolos sagrados de diferentes religiões), já que era algo que se cogitava desde o início da série, mas ela, juntamente com a cena final da "realidade verdadeira"(que num plano bastante elegante encerrou inverso ao contrário do plano inicial da série), servem apenas para reafirmar que nada acaba em definitivo, todo fim remete a seu início, tudo que acaba traz consigo um novo começo e se o fim da jornada é inevitável e igual para todos, tudo o que nos resta é olhar para as pessoas com quem compartilhamos nossos momentos mais importantes e ver como tudo foi bom, como tudo valeu a pena,(tanto que aqueles que mais agiram por conta própria como Ben ou Ana Lucia "não estavam prontos" para entrar na capela) pois, como dizia Shakespeare: "não há ventura maior que a de lembrar os bons amigos.
P.S: Vejam abaixo os hilários "finais alternativos" exibidos pelo programa humorístico Jimmy Kimmel Live