É muito triste quando vemos um competente ator veterano chegar a um ponto de sua carreira onde ele passa anos se limitando a aparecer basicamente como ele mesmo (ou como a persona pública que criou para si) em filmes sofríveis que desperdiçam seu talento. Acontece com Robert De Niro (que voltou a ter um papel digno somente com O Lado Bom da Vida), e com dois dos protagonistas deste Amigos Inseparáveis, Al Pacino (até hoje não entendo como ele foi parar no horrendo Cada Um Tem a Gêmea que Merece) e Christopher Walken. Do trio principal apenas Alan Arkin parece manter uma consistência, tendo participado de projetos premiados como Argo(2012) e Pequena Miss Sunshine (2006), além de projetos com sucesso modesto como Agente 86 (2008). Dito isto, é ótimo constatar que Amigos Inseparáveis dificilmente irá constar no rol de recentes porcarias homéricas feitas por Pacino e Walken.
O filme acompanha o mafioso Val (Al Pacino) em seu primeiro dia de liberdade depois de passar vinte e oito anos preso e seu reencontro com os amigos da velha guarda, Doc (Christopher Walken) e Hirsch (Alan Arkin). O dia do trio, entretanto, não é apenas nostalgia, já que o mafioso Claphands deseja eliminar Val como vingança por ter matado seu único filho e contratou Doc para isso. Assim, Doc planeja aproveitar o tempo que resta ao lado do amigo.