
Felizmente o filme se mantém bem fiel à trama original, trazendo um grupo de jovens se isolando numa cabana no meio da floresta, encontrando um antigo livro de feitiços e acidentalmente invocando entidades demoníacas que trazem os mortos de volta à vida, dando início à matança e à sanguinolência desenfreada. É bem interessante, entretanto, como o filme vai cuidadosamente construindo a atmosfera de que há algo errado naquela cabana, desde a fechadura arrombada, passando pelas manchas no chão e os gatos queimados no porão.
Com todos estes indícios qualquer um poderia questionar o motivo de todos terem continuado lá, mas personagens tomando atitudes idiotas e se expondo ao perigo de forma extremamente imbecil, ignorante e desnecessária faz parte da poética do trash, assim como fazem parte também as mortes brutais, regadas a chafarizes de sangue, vômito e outras coisas igualmente nauseantes que surgem quase como punições para a incrível burrice de seus personagens.
Afinal, é pela violência absurda, normalmente beirando o hilário, que vamos ver esse tipo de filme, o prazer da apreciação não reside na expectativa de triunfo dos personagens e sim na expectativa de que eles sofram mortes incrivelmente insanas e cruéis. Assim sendo, do mesmo modo que a obra original, este A Morte do Demônio não é um filme para se esperar seriedade dramática, é uma bobagem, feita para chocar e divertir com sua violência exagerada.