Reino Escondido se pretende grandioso desde seu título original, que em bom português seria traduzido como épico. A palavra representa também tudo que o filme não é, sendo uma decisão bastante feliz da distribuidora nacional de não traduzir o título do filme ao pé da letra.
O filme é centrado em Maria Catarina (Mary Katherine no original), ou MC como prefere ser chamada, uma garota que volta a morar com o pai, com quem mantinha um relacionamento distante, depois da morte mãe. Acontece que seu pai é um cientista que mora no meio da floresta e é obcecado por uma teoria que diz que seres minúsculos travam uma longa e secular batalha pela sobrevivência dos ecossistemas e sua crença o tornou piada da comunidade científica. Obviamente, ele está certo e sua filha acidentalmente encontra um desses seres e acaba encolhida, tendo que participar da luta para voltar a seu tamanho normal.
A floresta é palco da luta entre os homens-folha, que lutam pelo crescimento das árvores e preservação da floresta, e os boggans, seres que dominam o crescimento de fungos e desejam apodrecer toda a vida vegetal. Ao lado dos homens-folha MC precisa proteger dos boggans um botão de flor que garantirá a sobrevivência da floresta.
Tudo no filme é bastante raso e clichê, bastam poucos segundos para entendermos tudo que precisamos saber sobre os personagens. MC é uma garota que precisa ver o mundo com através daquilo que seu pai dá importância para se reconciliar com ele. Nod é um jovem homem-folha inconsequente e egoísta que precisa aprender a trabalhar em equipe. Ronin é um guerreiro sisudo e destemido que guarda uma paixão incubada pela rainha e o vilão Mandrake é…bem…é o vilão e pronto. Até o fim do filme todos vão aprender as valiosas lições de vida que precisam aprender exatamente do modo como esperamos que aprendam, sem nunca nos surpreender ou desafiar nossas expectativas.