Com Star Trek (2009) o diretor J.J Abrams conseguiu trazer de volta aos cinemas a famosa franquia de ficção científica que estava distante das telas desde o fracasso de Nêmesis (2002), trazendo um novo fôlego e um novo olhar a estes personagens tão queridos e interessantes sem se esquecer de suas origens. Pois bem, este Além da Escuridão: Star Trek (a colocação bizarra do subtítulo na frente do título é culpa da distribuidora brasileira e não minha) é um capítulo igualmente sólido da franquia que traz novas dinâmicas aos seus personagens sem se esquecer de suas origens e o que fez a série original ser tão memorável.
O filme já começa movimentado com os integrantes da Enterprise tendo que salvar um planeta primitivo da ação de um vulcão que pode destruir toda vida que há nele. No curso da ação Kirk (Chris Pine) ignora os regulamentos de não-interferência da Federação e empreende um plano arriscado para conter o desastre. O capitão é então chamado de volta para Terra para prestar contas sobre suas ações ao almirante Pike (Bruce Greenwood) quando um ataque terrorista perpetrado pelo ex-oficial John Harrison (Benedict Cumberbatch) coloca a Frota em alerta. Cabe então a Kirk, Spock (Zachary Quinto) e o resto da Enterprise deterem o vilão.
Assim como no longa anterior são as relações entre os personagens que movem o filme e são elas que nos deixam engajados na trama e boa parte do mérito reside no talentoso elenco. As composições de Quinto e Pine dão várias camadas de nuances a Kirk e Spock e os dois atores exibem uma sinergia que torna a relação entre eles bastante orgânica e verossímil.