A premissa de monstros lutando contra robôs gigantes não é exatamente novidade, produções para cinema e TV com esse tema são feitas desde a década de 50, em especial no Japão. Assim sendo, não é estranho que boa parte deste Círculo de Fogo se passe no continente asiático.
No filme a humanidade é atacada por monstros gigantes extradimensionais, os kaiju, que surgem de um portal na fenda do Oceano Pacifico e para combatê-los são criados os jaegers robôs gigantes que precisam ser pilotados por duas pessoas devido ao seu complexo funcionamento. A trama é centrada em Raleigh (Charlie Hunnam) um piloto que abandona o programa depois da morte de seu irmão e co-piloto Yancy (Diego Klattenhoff). Anos se passam e os ataques de monstros não cessam, assim o marechal Stacker (Idris Elba) decide chamá-lo de volta para operar o seu velho jaeger com a ajuda da jovem Mako (Rinko Kikuchi) que, assim como ele, também precisa superar traumas do passado.
A premissa é bem básica e genérica e transcorre de maneira absolutamente previsível sendo muito fácil prever o que irá acontecer e até mesmo o que os personagens irão dizer. Tudo bem, não dá para esperar muito mais do que isso de um filme sobre monstros e robôs gigantes, mas mesmo uma trama convencional pode convencer e envolver e aqui ela simplesmente não funciona. Parte disso deve-se ao próprio roteiro que estabelece situações de forma forçada e inorgânica acontecendo por mera conveniência narrativa, em especial o envolvimento entre Raleigh e Mako que acontece simplesmente porque tem de acontecer. O mesmo acontece no desfecho do filme que covardemente poupa alguns personagens de um modo que nega própria lógica que a trama previamente estabeleceu.