O game Batman: Arkham Asylum foi um marco nos jogos baseados em
super-heróis, nunca um produto do gênero tinha sido tão competente em
transmitir ao jogador a sensação de controlar um personagem tão cheio de
habilidades e recursos como o Batman. O jogo acertava ao abordar com competência
as principais abordagens ao personagem: seu lado lutador se fazia presente
através de um fluido e veloz sistema de combate baseado em ataque e
contra-ataque, seu lado furtivo era sentido no modo como era possível explorar
o ambiente pendurando-se em gárgulas e andando sob grades no chão para pegar os
inimigos de surpresa, deixando-os com medo e, além disso, seu lado investigador
se fazia presente pelas pequenas investigações e análises de evidências
necessárias para seguir em frente em determinados momentos.
A sequência, Batman: Arkham City, pegava todos esses elementos e os expandia,
colocando o Batman em um amplo cenário aberto cheio de missões secundárias,
novos movimentos e novos equipamentos, além de uma história tão competente
quanto a anterior que trazia um final bombástico. Assim sendo, foi um pouco
decepcionante quando foi anunciado que o próximo game do homem-morcego não
contaria com o roteirista Paul Dini (responsável pelo excelente Batman: A Série Animada nos anos 90),
nem iria lidar com as consequências do final de Arkham City, mas recontaria os primeiros anos do vigilante e seus
primeiros encontros com super-criminosos. Mais preocupante foi o anúncio de que
o novo game não seria desenvolvido pela Rocksteady, responsável pelos
anteriores, mas pela novata WB Games Montreal, elevando os temores de que este
terceiro game na série poderia não ter uma jogabilidade tão afiada quanto os
anteriores.