Refazer um antigo sucesso é complicado. De um lado é preciso manter aquilo que tornou o filme original tão bem sucedido, por outro, torna-se necessário agregar novos elementos e abordagens, não apenas para situar a história em novos tempos, mas para trazer algo que justifique estar refazendo determinado filme, afinal se for pra ver a mesma coisa, melhor ficar em casa e assistir o original. Este novo Carrie: A Estranha, que refaz o icônico filme homônimo de 1976 dirigido por Brian De Palma (que, por sua vez era uma adaptação da obra literária de Stephen King), padece exatamente deste problema ao ser quase um fac-símile do filme do De Palma.
A trama é centrada em Carrie (Chloe Moretz) uma tímida e retraída adolescente de dezessete anos que descobre ter poderes telecinéticos. Sofrendo com a repressão de mãe (Julianne Moore) e a zombaria de suas colegas, ela se vê cada vez mais levada ao limite e a uma reação violenta.
O desenvolvimento da narrativa é bem similar à obra estrelada por Sissy Spacek e repete todos os momentos-chave do filme de 1976 sem grande novidade. Não chega a ser exatamente uma repetição completamente aborrecida, já que o filme é bastante competente em construir o clima de tensão crescente conforme vemos os planos das estudantes para humilhar Carrie enquanto a garota desenvolve cada vez mais seus poderes e mesmo eu conhecendo o original, fiquei apreensivo pelo que aconteceria quando a jovem sofresse uma humilhação que passaria dos limites.