Quando um filme passa por tantos problemas durante sua produção como 47 Ronins, cujos problemas atrasaram o filme mais de um ano, pois perto do fim das filmagens teve seu diretor demitido, roteiro reescrito e novas cenas filmadas, além do primeiro diretor ter pedido a intervenção do sindicato de diretores para manter seu nome nos créditos, em geral espera-se que o resultado final seja desastroso. Exceções acontecem, como Guerra Mundial Z (2013), que é minimamente apreciável, mas em geral o que vemos são grandes desastres. No entanto, 47 Ronins não chega a ser a bomba que se esperava, mas ainda assim é um filme insípido, sem personalidade que falha em empolgar e envolver.
A trama se baseia na história real de 47 ronins durante o Japão do período do xogunato, mas adicionando elementos fantásticos a ela. Aqui acompanhamos o samurai Oishi (Hiroyuki Sanada) que torna-se um ronin depois que seu senhor, Lorde Asano (Min Tanaka) é assassinado pelo ganancioso Lorde Kira (Tadanobu Asano) e uma poderosa bruxa (Rinko Kikuchi). Na sua busca por justiça e vingança Oishi se junta aos demais samurais desonrados de sua província, mas para vencer precisa buscar a ajuda do mestiço Kai (Keanu Reeves) que aparentemente teve contato com criaturas sobrenaturais.
Sim, ao contrário do que os trailers e pôsteres dão a entender, Keanu Reeves não é exatamente o protagonista do filme, ele até tem um arco próprio, mas é um ajudante na jornada de vingança dos ronins. Na verdade, alguns outros personagens mostrados em vídeos e cartazes não aparecem mais do que poucos segundos. Tudo bem, sabemos que muitas cenas que aparecem em trailers muitas vezes são cortadas, mas fazer cartazes individuais para personagens que são meros figurantes é uma picaretagem sem tamanho por parte do estúdio.