
O primeiro problema talvez seja a
tentativa de juntar todas as histórias sob um arco maior, o da professora de
inglês (Cláudia Abreu) e o taxista (Michel Melamed), que serve para interligar os
demais ao invés de apresentar cada segmento como uma história isolada com
começo meio e fim. Colocar os personagens de diferentes segmentos para se
encontrarem normalmente exige um número enorme de coincidências e encontros
fortuitos e é preciso uma certa dose de boa vontade para comprar esses
encontros. Mas esta é uma questão secundária, já que o principal problema é que
essas interações não servem para nada, não avançam ou aprofundam nenhuma das
histórias ou personagens, sendo uma ginástica narrativa inútil. Quando o filme
chega ao final, ficamos a sensação que todos esses encontros, bem como essa
narrativa envolvendo o reencontro da professora e o taxista, são tão
superficiais que poderiam ter sido suprimidos.