Primeiro preciso deixar claro que
não vi o primeiro Winter: O Golfinho,
então tudo que direi aqui é sob os olhos de um neófito neste universo que não
conhece os fatos que se desdobraram no primeiro filme.
Baseada em fatos reais, a trama é
centrada no jovem Sawyer (Nathan Gamble), que trabalha de voluntário em um
aquário em Miami cuidando de Winter, uma golfinho com problemas na espinha e
sem a nadadeira traseira que precisa de uma prótese para nadar igual aos demais
golfinhos. Quando a outra fêmea que divide o espaço com Winter morre de velhice,
Winter passa a agir de modo retraído e agressivo, o gestor do aquário, o Dr.
Clay (Harry Connick Jr), é notificado pelas autoridades que não poderá manter o
animal sozinho e caso não haja outra fêmea para conviver com Winter, ela terá
de ser transferida para outra instalação.
O filme acerta em não romantizar
demais a relação entre homem e animal, lembrando o tempo todo que golfinhos são
animais selvagens e carnívoros que, caso hajam de modo hostil, não devem ser
subestimados ou tratados de forma leviana. Também acerta na sua construção
sobre o papel e a função do aquário, que não deve ser uma espécie de parque
aquático com animais sendo explorados para diversão, mas um local de estudos
desses animais, voltado para a reabilitação e cura dos animais, devolvendo-os à
natureza assim que estiverem curados. Inclusive há uma tentativa de construir
conflito entre Clay e seus investidores, já que o veterinário quer devolver os animais
curados à natureza o mais rápido possível, mantendo só aqueles incapazes de
sobreviver sozinhos, enquanto os investidores querem também manter os animais
saudáveis e explorá-los como atrações para arrecadar mais e expandir o aquário.