A
história bíblica de Moisés e a fuga dos escravos hebreus do Egito já foi tema
de vários filmes como Os Dez Mandamentos
(1956) ou a animação O Príncipe do Egito
(1998), agora o diretor Ridley Scott resolve apresentar a sua versão com este Êxodo: Deuses e Reis.
O
filme começa com Moisés (Christian Bale) já adulto e um dos generais do faraó
Seti (John Turturro) ao lado do irmão de criação e herdeiro do trono Ramsés
(Joel Edgerton). Quando vai investigar o início de uma insurgência de escravos
hebreus encontra o ancião Nun (Ben Kingsley) e descobre a verdade de sua
origem. A revelação o faz ser exilado por Ramsés e em seu exílio encontra com
Deus, apresentado aqui pela figura de um garoto chamado Malak (Isaac Andrews).
Respondendo ao chamado divino, Moisés retorna para libertar seu povo.
Christian
Bale traz aqui sua habitual competência como Moisés, apresentando-o como um
homem cheio de dúvidas e incertezas que constantemente questiona sua fé e até
mesmo os desígnios divinos. Seu Moisés não é um fanático religioso, tampouco um
herói estóico e passivo que espera ordens divinas, mas um homem falho, que
caminha entre a fé e a razão, dividido entre suas obrigações com a família e as
com seu povo. Embora seu percurso seja o de uma tradicional jornada de herói,
ao construí-lo como um homem complexo e cheio de contradições se torna mais
fácil se relacionar com o personagem.