
O filme acompanha a história de
Zamperini (Jack O'Connell) velocista que serviu durante a Segunda Guerra
Mundial em um avião bombardeiro. Quando o avião é abatido, Zamperini e dois
companheiros passam semanas à deriva no oceano em um bote salva-vidas. Como se
isso não fosse o bastante, eles são resgatados por um navio japonês que os
prende, fazendo-os passar o resto da guerra em um campo de prisioneiros.
O principal problema é o retrato
raso que o filme faz de seu protagonista. Desde as primeiras cenas da sua
infância o filme vai estabelecendo-o como mártir em potencial em uma profusão
de diálogos que falam sobre a importância de sobreviver sob condições ruins e
como Lou é capaz de suportar qualquer coisa. Daí para frente o filme se acomoda
em fazer apenas isso, nos mostrar o calvário do personagem enquanto ele sofre
todo tipo de violência e humilhação. É como se o filme apontasse sua câmera e
nos dissesse "olhe lá, ele está sofrendo, se emocione", mas fica
difícil se engajar quando tudo que temos diante de nós é pedaço de carne sem
personalidade. Jolie consegue muito bem capturar seu sofrimento, mas nunca
penetra em seu íntimo