O
físico Stephen Hawking tem uma história de vida incrível. Não apenas pelo modo
como foi capaz de mudar a ciência o modo como pensamos o tempo e o espaço, mas
por fazer isso tudo sob o julgo de uma brutal doença degenerativa que
provavelmente teria acabado com a motivação de pessoas menos resolutas. No
entanto, este A Teoria de Tudo não é
exatamente sobre isso, mas sobre a relação do físico com a esposa, Jane,
enquanto o resto fica para segundo plano.
A
trama acompanha Hawking (Eddie Redmayne) a partir da juventude, enquanto fazia
doutorado em Cambridge e conheceu Jane (Felicity Jones). A partir daí vemos a
relação dos dois florescer enquanto o físico lida com o descobrimento e
agravamento de sua doença. A escolha pelo romance, no entanto, acaba diluindo a
força da história de Hawking, já que torna secundário aquilo que havia de mais
particular para abraçar uma tradicional história de "boy meets girl" (ou garoto encontra garota, em bom português).
Entendo que para tornar atrativo ao grande público que desconhece o físico
seria necessário adequar a história a um formato mais familiar, um "filme
de gênero".