Cinquenta Tons de Cinza não é um filme para qualquer um. Não, não estou me
referindo ao tão alardeado conteúdo sexual que passa longe de ser excitante,
chocante ou interessante. Falo porque desde o livro que o originou trata-se de
um produto completamente pensado e desenhado para um público bastante preciso,
com gênero, faixa etária e comportamento bem determinado e se você não se
encaixa perfeitamente no perfil de leitor visado pela autora E. L. James, essa
narrativa tem pouco o que te interesse. Isso, no entanto, não é o que torna a
obra tão repreensível ou problemática, mas o olhar que lança sobre seu tema
principal.
A
trama acompanha a jovem Anastasia Steele (Dakota Johnson) que recebe de uma
colega de faculdade a incumbência de entrevistar o jovem magnata das
telecomunicações Christian Grey (Jamie Dornan). A jovem se sente intimidada
pelo empresário que parece se fascinar por ela. Aos poucos eles se envolvem e
ela descobre que ele é um praticante de sadomasoquismo e a convida para uma
relação de dominador/submissa e conforme tudo avança ela passa a questionar
esse estilo de vida.