Este
O Imperador é daqueles filmes que
você já entra na sala de cinema sem esperar grande coisa, mas, pelo menos, que
seja daqueles tão ruins ao ponto de se tornar divertido. Infelizmente nem isso
ocorre e O Imperador é apenas ruim
que aborrece.
A
trama acompanha Jacob (Hayden Christensen), um ex-cavaleiro que abandonou as
cruzadas depois de presenciar uma brutal carnificina e se refugiou no oriente.
Lá encontra um jovem príncipe e sua irmã que estão em fuga depois que seu irmão
usurpou o trono. Decidido a compensar pelos erros do passado, Jacob decide
acompanhá-los, mas para ter sucesso em sua missão, precisa da ajuda de seu
antigo tutor, o cavaleiro Gallain (Nicolas Cage).
Ao
contrário do que o material de divulgação dá a entender, Cage é praticamente
uma ponta de luxo, aparecendo por no máximo uns vinte minutos de filme. Quando
ele está em cena, trabalha no modo "devorador de cenário" com o qual
vem trabalhando em boa parte dos filmes ruins que vem fazendo. Sua atuação é
pra lá de exagerada, todos os diálogos são sussurrados ou gritados, sem meio
termo e ele vai da profunda amargura à risada histérica em menos de um segundo.
Sua caracterização não ajuda a levá-lo a sério, com suas extensões capilares
artificiais e uma tosca cicatriz sobre o olho. Além disso exibe o sotaque mais
bizarro que vi em muito tempo, uma mistura esquisita entre o sotaque americano
e o britânico e o resultado, por vezes, é comédia involuntária. Christensen
exibe a mesma escolha pouco ortodoxa de fala, mas sua composição rígida e
apática não consegue divertir nem pelo exagero.