
A
trama é centrada em Vincent (Bill Murray), um sujeito solitário, mal humorado e
praticamente falido. Sua vida muda com a chegada de sua nova vizinha Maggie
(Melissa McCarthy) e seu filho Oliver (Jaden Liebherer). Como Maggie trabalha
longos turnos, não tem muita escolha senão deixar o filho com o vizinho e a
partir da relação dos dois vamos descobrindo que Vincent é muito mais que um
velho turrão.
Murray
traz a Vincent a sua típica persona
cinematográfica do canalha de bom coração que vem fazendo durante boa parte de
sua carreira desde filmes como Os
Caça-Fantasmas (1984) ou Feitiço do
Tempo (1993). Claro, ele continua tendo uma presença forte em cena e sua
combinação de carisma e cinismo não deixa de ser encantadora, mas, mesmo com o
cuidado em retratar o estado do personagem após um AVC, não consegue afastar a
sensação de que já vimos tudo isso um monte de outras vezes. Por sua vez,
Melissa McCarthy sai um pouco de seu lugar comum do humor histérico para tratar
de uma personagem mais contida e se sai muito bem em traduzir a compaixão e
vulnerabilidade de Maggie. Menos sorte, no entanto, tem Naomi Watts como a
prostituta russa Daka que acaba soando mais caricata do que deveria.