Confesso
que me aproximei com cautela deste Frank.
A estranha premissa conseguiu atiçar minha curiosidade, no entanto temia que a
ideia terminasse diluída e resultasse em um "filme de uma piada só"
ou então que o resultado fosse um desses filmes indie que é esquisito apenas por ser esquisito e tratasse os personagens como tipos engraçadinhos e bonitinhos, ignorando seus problemas sob um olhar condescendente. Felizmente Frank evita ambos problemas e o resultado
é um filme com um ritmo singular que consegue equilibrar risos e tristeza em
igual medida, além de levantar reflexões interessantes sobre arte, o mundo da
música e problemas mentais.
A
narrativa segue o Jon (Domhnall Gleeson), um jovem aspirante a músico que por
acaso encontra a banda indie
Soronprfbs (isso não é um erro de digitação, o nome é esse mesmo). A banda é
composta por um grupo de esquisitos liderados pelo ainda mais esquisito Frank
(Michael Fassbender), um homem que passa todo tempo vestindo uma enorme cabeça
de papel machê. Apesar do primeiro show junto com a banda não dar certo, Jon é
posteriormente chamado para se juntar a eles enquanto eles se preparam para
gravar um novo disco e assim o jovem vai com eles morar em uma cabana no
interior.