Liam
Neeson continua em sua empreitada como astro de ação neste Noite Sem Fim, no qual trabalha novamente com o diretor Jaume
Collet-Serra cuja parceria anterior tinha rendido o bacana Sem Escalas (2014). Dessa vez, no entanto, o resultado não chega a
ser tão bom, já que o filme se perde em meio a uma estrutura problemática e
personagens pouco envolventes.
Acompanhamos
Jimmy Conlon (Liam Neeson) um assassino da máfia que passa seus dias se embriagando
e lamentando por todos os erros do passado. Depois de anos distante do filho,
Mike (Joel Kinnaman), eles precisarão se reaproximar quando Mike testemunha um
crime e apenas Jimmy poderá ajudá-lo. As coisas se complicam quando Jimmy mata
Danny (Boyd Holbrook), filho do poderoso Shawn (Ed Harris), o mafioso ao qual
Jimmy serviu durante anos. Sabendo que Shawn não irá desistir até matar Jimmy e
Mike, os dois precisarão correr noite adentro para livrarem de seus
perseguidores.
A
natureza derivativa da trama é algo que incomoda bastante, uma vez que o filme
jamais se esforça para evitar os clichês e lugares-comuns e, na verdade, parece
se dar por satisfeito com eles. Nunca vamos além do criminoso amargurado e
solitário, do filho ressentido ou do chefão implacável. Neeson e Ed Harris
conseguem conferir carisma e uma presença imponente aos seus personagens, mas
nem o talento dos dois consegue afastar a sensação de que já vimos tudo isso
antes muitas vezes.