Uma
narrativa policial que narra a busca por um serial
killer na União Soviética stalinista parecia bastante promissor, já que o
cinema de gênero em Hollywood raramente faz algo do lado de lá da Cortina de
Ferro durante o período de tensões ampliadas entre os soviéticos e os Estados
Unidos. Lamentavelmente qualquer frescor que este cenário poderia oferecer é
limado por problemas sérios de estrutura e ritmo narrativo.
Neste
Crimes Ocultos acompanhamos Leo (Tom
Hardy), um herói de guerra soviético que se tornou investigador da MGB, o
Ministério de Segurança do Estado. Leo cai em desgraça quando se recusa a
denunciar a esposa, Raisa (Noomi Rapace), como traidora e ambos são exilados de
Moscou e enviados para uma erma cidade no interior. Em meio a isso tudo Leo se
depara com a morte em série de crianças e desconfia se tratar da obra de um serial killer. A hipótese, no entanto, é
rechaçada por seus superiores, já que consideram assassinato algo parte do
capitalismo e dentro da utopia em que vivem tal coisa não pode existir. Assim
sendo, Leo deve ir contra as próprias estruturas do regime, incluindo um agente
rival da MGB, Vassili (Joel Kinnaman) para por um fim às mortes.