quarta-feira, 10 de junho de 2015

Crítica - Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros

Análise Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros

Review Jurassic World: O Mundo dos DinossaurosEu entendo a necessidade comercial dos grandes estúdios fazerem continuações, remakes e filmes derivados de obras de sucesso, afinal uma marca conhecida é mais fácil de vender e traz mais garantias de retorno financeiro. A questão, no entanto, é que nem todo grande blockbuster fornece "espaço de manobra" suficiente para muitas continuações, já que não resta muito a dizer sobre aquele universo ou mesmo como expandi-lo. O primeiro Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros (1993) é um desses filmes, quando ele acaba, sentimos que tudo que se podia fazer e dizer sobre a possibilidade de reviver dinossauros em nossa época já tinha sido realizado pelo filme. Ainda assim, chega ao seu quarto filme, cujo resultado lamentavelmente comprova tudo que disse acima, não passando de uma mera reprodução de tudo que havia no original.

A história se passa anos depois da primeira trilogia e agora a Ilha Nublar é verdadeiramente sede de um parque jurássico que recebe milhares de turistas por ano. O parque pertence ao bilionário Masrani (Irrfan Khan) e é gerido por Claire (Bryce Dallas Howard) e acaba de receber os sobrinhos, Gray (Ty Simpkins) e Zach (Nick Robinson), para uma visita no parque. Ao mesmo tempo, precisa lidar com os preparativos de uma nova atração, o dinossauro híbrido Indominus Rex. A criatura, no entanto, é mais ardilosa e poderosa do que antecipado e Claire e o tratador de animais Owen (Chris Pratt) se unem para deter a criatura. 

Crítica - Sob o Mesmo Céu



A filmografia do diretor Cameron Crowe se tornou reconhecida, entre outras coisas, por feel-good movies como Jerry Maguire: A Grande Virada (1996), Tudo Acontece em Elizabethtown (2005) ou Compramos um Zoológico (2011). Os resultados nem sempre são dos melhores, mas costumam cair no espectro do minimamente aceitável, já que costumam nos mandar embora da sala de cinema com uma sensação positiva em relação ao que vimos. Isso, porém, não ocorre com este Sob o Mesmo Céu, que não consegue decolar por causa de uma narrativa sem foco e superficial e porque nem o drama nem a comédia funcionam plenamente.

A história é centrada em Brian (Bradley Cooper) um ex-militar que agora trabalha no setor privado e vai ao Havaí intermediar o lançamento de um satélite construído pela corporação pertencente ao bilionário Carlson Welch (Bill Murray). Durante a viagem ele reencontra a ex-namorada Tracy (Rachel McAdams), que agora tem dois filhos e é casada com o militar Woody (John Krasinski) e se envolve com seu contato com a força aérea a pilota Allison Ng (Emma Stone).

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Crítica - Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível

Análise Crítica - Tomorrowland

Review - TomorrowlandDepois de Piratas do Caribe (e continuações) e Beary e os Ursos Caipiras (2004), a Disney lança mais um filme inspirado em uma atração de seus parques com este Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível. A ideia de adaptar um brinquedo de parque sempre me deixa com um pé atrás, afinal não há um universo ou contexto narrativo, então há sempre o temor de que o resultado seja algo genérico, feito às pressas e sem cuidado. Felizmente isso não chega a acontecer aqui e a nova empreitada do diretor Brad Bird (Missão Impossível: Protocolo Fantasma, Ratatouille, Os Incríveis) é, em geral, bem sucedida.

A trama acompanha a jovem Casey (Britt Robertson), uma garota rebelde que sonha em ser astronauta. Quando Casey é presa depois de causar problemas em uma instalação da NASA, ela recebe por acidente um broche que a transporta temporariamente a um incrível mundo futurista. Ela, no entanto, começa a ser perseguida pelo governante do local e se alia à garota Athena (Raffey Cassidy) e ao amargurado Frank (George Clooney), que parece ter uma história mal resolvida com o local.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Crítica - Promessas de Guerra


Já foram feitos muitos filmes sobre os horrores e dores da guerra. Muitos deles sobre a Segunda Guerra Mundial, o Vietnã e as invasões recentes ao Oriente Médio. Porém, em geral, pouca atenção é dada à Primeira Guerra Mundial e é exatamente sobre esse período que irá tratar este Promessas de Guerra, estreia do ator Russel Crowe na direção.

Acompanhamos o fazendeiro australiano Joshua Connor (Russel Crowe) que parte para a Turquia em busca dos três filhos, mortos em combate durante a guerra. Ao chegar no país se depara com a hostilidade dos nativos bem como a confusa burocracia militar que envolve a busca dos corpos. Percebendo que as autoridades são incapazes de lhe dar aquilo que procura, Connor decide ir por conta própria em busca dos filhos.

Crowe se sai relativamente bem em sua estreia na direção, tecendo uma narrativa que nos mostra como a guerra traz consequências mesmo para aqueles que não combateram e como este tipo de conflito nos desumaniza e nos afasta das outras pessoas. Não é exatamente nada de novo, mas é bem conduzido o suficiente para nos mobilizar e envolver com esta história. Seu trabalho de câmera convoca a dimensão grandiosa do outback australiano e das paisagens desoladas dos campos de batalha da Turquia, enquanto as batalhas de trincheiras dos flashbacks são filmadas em planos fechados e com constantes movimentos de câmera dando um ar claustrofóbico e aterrorizante aos eventos. O uso da música, por outro lado, nem sempre é bem sucedido e muitas vezes ela soa demasiadamente intrusiva, pesando a mão no sentimentalismo em cenas que já são carregadas de enorme dramaticidade. 

Crítica - Terremoto: A Falha de San Andreas

Análise Crítica - Terremoto: A Falha de San Andreas

Review - Terremoto: A Falha de San AndreasFilmes catástrofe são normalmente mais focados na criação do espetáculo destrutivo do que em elaborar uma narrativa envolvente ou personagens interessantes. Ninguém entra para assistir um filme como este Terremoto: A Falha de San Andreas esperando um drama shakespeariano, sabemos que a história e os personagens não vão ser grande coisa, mas esperamos um mínimo de coesão e empatia. Lamentavelmente este filme se prende tanto à fórmula do gênero que acaba prejudicado por ela.

A história nos faz acompanhar Ray (Dwayne "The Rock" Johnson), chefe do grupo de resgate dos bombeiros da cidade de Los Angeles. No dia em ele tinha prometido dirigir com sua filha, Blake (Alexandra Daddario), até a faculdade, mas um enorme quando um enorme terremoto destrói a represa Hoover, ele precisa deixá-la com o padrasto, Daniel (Ioan Gruffudd). No entanto, o geólogo Lawrence (Paul Giamatti) e a jornalista Serena (Archie Panjabi) avisa que aquele pode ser o início de um enorme terremoto que provavelmente irá arrasar a Califórnia, deixado em perigo a filha e a ex-esposa (Carla Gugino) de Ray.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Crítica - A Incrível História de Adaline


A mortalidade humana e a implacabilidade do tempo são temas tratados de maneira constante pelas artes e, claro, pelo cinema, recentemente filmes Questão de Tempo (2013) ou Amantes Eternos (2014) abordaram de modo competente questões sobre mortalidade, imortalidade e uso do tempo. Este A Incrível História de Adaline, no entanto, não é tão bem sucedido e acaba soando demasiadamente superficial e arrastado.

Acompanhamos Adaline (Blake Lively), uma mulher nascida em 1908 e já adulta sofre um acidente que a deixa incapaz de envelhecer. Quando sua condição começa a chamar uma atenção excessiva das pessoas e até das autoridades, Adaline decide fugir e recomeçar a vida em outro lugar. Assim, ela passa a mudar de identidade e cidade a cada dez anos, evitando que seu não envelhecimento chame a atenção das pessoas. No entanto, começa a repensar seu distanciamento da humanidade ao se aproximar do belo Ellis (Michiel Huisman). 

Crítica - Crimes Ocultos


Análise Crimes Ocultos

Review Crimes Ocultos
Uma narrativa policial que narra a busca por um serial killer na União Soviética stalinista parecia bastante promissor, já que o cinema de gênero em Hollywood raramente faz algo do lado de lá da Cortina de Ferro durante o período de tensões ampliadas entre os soviéticos e os Estados Unidos. Lamentavelmente qualquer frescor que este cenário poderia oferecer é limado por problemas sérios de estrutura e ritmo narrativo.

Neste Crimes Ocultos acompanhamos Leo (Tom Hardy), um herói de guerra soviético que se tornou investigador da MGB, o Ministério de Segurança do Estado. Leo cai em desgraça quando se recusa a denunciar a esposa, Raisa (Noomi Rapace), como traidora e ambos são exilados de Moscou e enviados para uma erma cidade no interior. Em meio a isso tudo Leo se depara com a morte em série de crianças e desconfia se tratar da obra de um serial killer. A hipótese, no entanto, é rechaçada por seus superiores, já que consideram assassinato algo parte do capitalismo e dentro da utopia em que vivem tal coisa não pode existir. Assim sendo, Leo deve ir contra as próprias estruturas do regime, incluindo um agente rival da MGB, Vassili (Joel Kinnaman) para por um fim às mortes.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Crítica - Mad Max: Estrada da Fúria


Análise Mad Max: Estrada da Fúria

Review Mad Max: Estrada da Fúria
Com tantos remakes e continuações de antigos pipocando ultimamente nos cinemas, estava difícil ficar empolgado com este Mad Max: Estrada da Fúria, já que a grande maioria destes produtos fica muito aquém do original. Isto, no entanto, não é o caso deste filme, que entrega uma insana e intensa em jornada em um mundo cuidadosamente bem concebido.

Acompanhamos Max (Tom Hardy, herdando o papel que foi de Mel Gibson) tentando sobreviver em um hostil deserto pós-apocalíptico enquanto é assombrado por problemas do passado. Os problemas começam quando o personagem é capturado e inadvertidamente arrastado para uma perseguição à Imperatriz Furiosa (Charlize Theron) que está em fuga depois de ter libertado e levado consigo as "esposas" de um poderoso líder tribal e religioso, algumas das poucas mulheres ainda capazes de gerar filhos saudáveis. Cabe a Max ajudá-las enquanto luta pela própria sobrevivência.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Crítica - O Franco-Atirador

Análise O Franco-Atirador

Review O Franco-AtiradorDepois que Liam Neeson renovou sua carreira ao se tornar um astro de ação no primeiro Busca Implacável (2008), muitos artistas que pouco tinham se aventurado em produções do gênero resolveram buscar este tipo de filme para aumentar sua rentabilidade e se aproximar do público que vai ao cinema para acompanhar os blockbusters de ação. Este O Franco-Atirador (que nada tem a ver com o filme homônimo de 1978 dirigido por Michael Cimino) parece ser a tentativa do oscarizado Sean Penn de criar para si  uma franquia de ação para chamar de sua, tanto que trabalha ao lado do mesmo Pierre Morel que comandou Neeson em Busca Implacável. O resultado aqui, no entanto, fica aquém do esperado.

Penn interpreta Jim Terrier, um ex-militar que trabalhou como mercenário durante a guerra civil do Congo. Anos depois ele retorna ao país africano para realizar trabalhos humanitários, mas seu passado o alcança quando homens invadem a ONG na qual trabalha e tentam matá-lo. Acuado e sem saber quem lhe persegue, Jim retorna para a Europa e busca o traiçoeiro Felix (Javier Bardem), o único que pode saber o que está acontecendo.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Crítica - Para o Que Der e Vier

Análise Crítica - Para o Que Der e Vier

Review - Para o Que Der e Vier
Quando saí da sala de cinema depois de ver o vergonhoso O Destino de Júpiter (2015), achei que dificilmente veria algum outro filme tão ruim quanto este nos cinemas ainda em 2015. Para o meu azar eu estava enganado, já que este Para o Que Der e Vier  é ainda mais terrível com sua narrativa sem foco, personagens detestáveis e uma conivência com atitudes e discursos anacrônicos e inaceitáveis nos dias de hoje.

A narrativa acompanha os amigos de infância Ben (Zach Galifianakis) e Steve (Owen Wilson), dois homens imaturos com claros problemas em lidar com a vida adulta. Quando o pai de Ben morre, os dois precisam ir ao interior para o funeral. No retorno à cidade natal precisam lidar com a controladora irmã de Ben, Terry (Amy Poehler), bem como a sua jovem e hippie madrasta Angela (Laura Ramsay).

Galifianakis repete aqui o mesmo tipo crianção imaturo que fez em filmes como a trilogia Se Beber, Não Case ou Um Parto de Viagem (2010). Se você viu alguns desses filmes certamente já está mais do que acostumado com sua histeria infantilizada e provavelmente irá revirar os olhos a cada tentativa sua de soar engraçado que basicamente consiste em correr, gritar, falar coisas sem sentido e ficar nu. Algumas inclusive são mais ofensivas do que engraçadas como o momento em que ele diz para madrasta que ela deveria virar professora de "coisas de mulher como cozinhar e arrumar a casa", uma ideia antiquada, machista e pouco engraçada. O personagem até tenta tomar jeito depois que sua loucura obviamente sai do controle e ele é obrigado a se medicar, mas a transformação acontece rápido demais e é pouco explorada já que o filme muda seu foco para o personagem de Owen Wilson que consegue ser ainda menos interessante.