
Depois
do sucesso do sensível Intocáveis
(2011), os diretores Olivier Nakache e Eric Toledano trazem mais uma comédia
dramática sobre preconceito e superação novamente protagonizada pelo
carismático Omar Sy com este Samba. O
resultado, no entanto, não é tão consistentes quanto o filme anterior da trupe.
Aqui
acompanhamos a história de Samba Cissé (Omar Sy), um imigrante senegalês que
vive há dez anos na França, mas não consegue regularizar sua situação no país.
Depois de ser preso e correr o risco de ser deportado, Samba é auxiliado por
voluntárias de uma ONG que trabalha com imigrantes. Alice (Charlotte
Gainsbourg), uma das voluntárias que o atende, é uma executiva que tenta se
reconstruir depois de um colapso nervoso afastá-la do trabalho. Com o tempo,
acabam se aproximando um do outro e se ajudam com seus problemas.
Não
é preciso estar muito atento para perceber que eles irão se envolver
romanticamente, já que os longos olhares e suspiros deixam isso pra lá de óbvio
e esse aspecto da história se desenvolve sem muitas surpresas com todas as idas
e vindas que se espera desse tipo de história. O filme trata também das
dificuldades enfrentadas pelos imigrantes e todo o labirinto
jurídico/burocrático que o governo impõe a eles, tornando quase impossível que
eles consigam os devidos documentos ao mesmo tempo em que vemos que as empresas
não pensam duas vezes em contratar ilegais como mão de obra barata e sem
vínculo empregatício, num duplo movimento que reforça o status social destes indivíduos como cidadãos de segunda classe.