Hollywood
vem há tempos tentando levar os videogames de maneira consistente às telas, mas
até agora os resultados variaram entre o minimamente tolerável (como Lara Croft: Tomb Raider) e o
completamente execrável (como Super Mario
Bros: O Filme) e essa segunda tentativa de fazer um filme com a franquia Hitman (e sinceramente não vi o
primeiro, estrelado por Timothy Olyphant) lamentavelmente não quebra essa
tendência.
Acompanhamos
o misterioso Agente 47 (Rupert Friend), um homem fruto de um projeto de
engenharia genética criado para ser um assassino, que viaja o mundo em busca de
Katia van Dees (Hannah Ware) a única pessoa que parece ser capaz de localizar o
Dr. Litvenko (Ciarán Hinds), o cientista responsável por iniciar o programa dos
Agentes. 47 não é o único atrás de Litvenko, assim como ele, o operativo John
(Zachary Quinto), trabalha para um grupo criminoso que busca encontrá-lo para
reiniciar o programa.
A
trama parece bem simples e básica, como se espera de um filme de ação, feita
apenas para dar um mínimo de contexto à pancadaria e levá-la do ponto A ao
ponto B. O problema é que ela insiste em se complicar mais do que deveria
criando reviravoltas em cima de reviravoltas (muitas já mostradas no trailer)
que não levam a lugar nenhum e não acrescentam nada aos personagens, resultando
em uma bagunça confusa, cheia de furos e com vários elementos que nunca são
explicados, seja por escolha deliberada (para serem tratados em uma
continuação) ou puro descuido. A misteriosa organização à qual 47 serve, por
exemplo, jamais recebe qualquer atenção e o filme termina sem que saibamos quem
são aquelas pessoas ou o que elas pretendiam.