Parte
Rocky, parte Touro Indomável (1980) e parte Menina
de Ouro (2004), Nocaute acompanha
o boxeador Billy Hope (Jake Gyllenhaal), um homem de origem pobre e
temperamento esquentado que ascendeu no esporte graças a sua resistência, já
que é adepto da "técnica Rocky" de apanhar dos adversários para
cansá-los e depois finalizar rapidamente a luta. O sucesso de Billy é
interrompido quando uma tragédia se abate sobre sua família e então ele se
perde em uma espiral de raiva e autodestruição que lhe custa tudo. Sem ter o
que fazer, retorna ao bairro pobre no qual cresceu em busca do treinador Tick
Wills (Forrest Whitaker), que pode lhe colocar de volta nos eixos.
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Crítica - Nocaute
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 1 de setembro de 2015
Crítica - O Agente da U.N.C.L.E
Ao
sair da sessão deste O Agente da U.N.C.L.E,
não consegui deixar de pensar como o Armie Hammer está no caminho para se
tornar o novo Taylor Kitsch e não digo isso de uma maneira elogiosa. Se a
comparação não fez sentido, explico: lá pelo fim dos anos 2000 Kitsch despontou
na série Friday Night Lives e logo
começaram a falar de seu potencial como astro. A questão é, embora não seja
exatamente um mau ator, Kitsch engatou uma sequência de projetos equivocados
que transformaram seu nome em sinônimo de fracasso e bilheteria negativa, o
trinômio X-Men Origens: Wolverine
(2009), Battleship: A Batalha dos Mares
(2012) e John Carter: Entre Dois Mundos
(2012) praticamente encerrou a carreira dele, até que ele voltou à televisão na segunda temporada de True Detective
para lembrar do seu potencial.
Hammer
está passando por algo similar, depois de chamar a atenção em A Rede Social (2010), amargou um
retumbante fracasso no bagunçado O
Cavaleiro Solitário (2013) e agora este O
Agente da U.N.C.L.E teve uma recepção morna da crítica americana e estreou
em um decepcionante terceiro lugar nas bilheterias. Claro, é perfeitamente
possível que o filme se recupere na arrecadação internacional, mas a esse ponto
todos sabem que se esse filme resultar em outro fracasso, a posição dele em
Hollywood fica bem precária. Falo tudo isso para dizer que é o principal
problema deste O Agente da U.N.C.L.E
reside justamente em Hammer e Cavill.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Crítica - Que Horas Ela Volta?
A
trama conta a história de Val (Regina Casé) uma pernambucana que trabalha como
empregada em São Paulo e mora em um quartinho na casa de seus patrões. Os anos
passam e ela continua trabalhando e morando lá, tendo desenvolvido uma relação
praticamente maternal com o filho de seus patrões, Fabinho (Michel Joelsas). O
garoto tem mais proximidade com Val do que com os próprios pais e ela tem um
carinho genuíno por ele, porém, Val é completamente distante da própria filha,
Jéssica (Camila Márdila), que deixou em Pernambuco e raramente vê. A dinâmica
muda quando Jéssica vem para São Paulo prestar vestibular e acaba ficando junto
com a mãe na casa de seus patrões e a presença dela começa a testar as
"regras" entre patrão e empregada.
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Cinema Brasileiro,
Comédia,
Crítica,
Drama
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
Crítica - Ted 2
O
primeiro Ted era uma divertida
comédia que fazia rir pelo seu humor nonsense
que abraçava sem medo a fantasia e o absurdo que era ter um urso de pelúcia que
ganhava vida. Esta continuação, apesar de manter o mesmo espírito caótico,
enfraquece ao repetir muita coisa do anterior, além de um tom por vezes
inconsistente.
A
trama se passa alguns anos depois do filme anterior e mostra Ted (Seth
MacFarlane) casado com Tami-Lynn (Jessica Barth) e enfrentando problemas
conjugais. Para superar os problemas, decidem ter um filho e como Ted não pode
engravidar a esposa (afinal ele é um urso de pelúcia e não tem pênis), decidem
adotar. Os problemas começam quando dão entrada na papelada e descobrem que Ted
não é legalmente reconhecido como uma pessoa, mas como objeto e assim não
apenas perde a adoção como também todos os seus direitos civis. Assim, ele e
seu amigo John (Mark Wahlberg) vão atrás de um advogado para ajudá-los, mas a
única que aceita o caso é a jovem Samantha (Amanda Seyfried).
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
terça-feira, 25 de agosto de 2015
Crítica - Corrente do Mal
Depois
de várias semanas com péssimos filmes de terror como A Forca ou Exorcistas do Vaticano invadindo os cinemas brasileiros, enfim um bom exemplar do gênero
chega às nossas telas (ainda que atrasado) na forma deste bacana Corrente do Mal.
A
trama acompanha a adolescente Jay (Maika Monroe), que recentemente começou a
namorar com bonitão local Hugh (Jake Weary). Quando eles finalmente fazem sexo
no banco de trás do carro, Jay é inesperadamente nocauteada com clorofórmio e
acorda amarrada a uma cadeira de rodas dentro de um prédio decrépito. Hugh
então explica a situação (e a trama) para ela: aparentemente alguém
"passou" uma maldição para ele e essa maldição consiste em ser
seguido o tempo todo por uma aparição que constantemente muda de forma e,
apesar de lenta, nunca para de te seguir até seu alvo estar morto. O único modo
de continuar vivo é "passar adiante" a maldição através, claro, do
sexo, e torcer para o próximo amaldiçoado se manter vivo, caso contrário o
espectro passará a seguir o "infectado anterior".
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
Crítica - Expresso do Amanhã
Depois
de muitos atrasos e adiamentos a ótima ficção científica Expresso do Amanhã do diretor Bong Joon-Ho (de O Hospedeiro) finalmente chegou aos
cinemas brasileiros, curiosamente estreando ao lado de outro filme
constantemente adiado, o terror Corrente do Mal. A essa altura eu acredito que muito de seu público em
potencial já tenha visto o filme por outros meios, mas, bem, antes tarde do que
nunca.
A
história se passa no futuro quando a humanidade acidentalmente congelou o
planeta em uma tentativa de combater o efeito estufa. O que restou da
humanidade agora habita um enorme trem, o Snowpiercer, que vive em constante
movimento ao redor do globo. Os recursos são escassos e divididos de forma
desigual, enquanto os ricos vivem nos espaços amplos da frente do trem, com
acesso aos melhores alimentos, todo o restante da população vive apertada nos
vagões traseiros comendo apenas as barras de proteína (e a revelação de como
são feitas torna tudo ainda mais desumano). Cansado de ser tratado como um
indivíduo inferior, Curtis (Chris Evans) decide bolar um plano para tomar o
controle do motor do trem, que fica na frente, e assim promover uma revolução
no lugar. Para isso contará com a ajuda do seu mentor Gilliam (John Hurt) e seu
amigo Edgar (Jamie Bell) e do engenheiro responsável pelo controle das portas,
preso pelas autoridades que controlam o trem.
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Ação,
Aventura,
Crítica,
Ficção Científica
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Crítica - Hitman: Agente 47
Hollywood
vem há tempos tentando levar os videogames de maneira consistente às telas, mas
até agora os resultados variaram entre o minimamente tolerável (como Lara Croft: Tomb Raider) e o
completamente execrável (como Super Mario
Bros: O Filme) e essa segunda tentativa de fazer um filme com a franquia Hitman (e sinceramente não vi o
primeiro, estrelado por Timothy Olyphant) lamentavelmente não quebra essa
tendência.
Acompanhamos
o misterioso Agente 47 (Rupert Friend), um homem fruto de um projeto de
engenharia genética criado para ser um assassino, que viaja o mundo em busca de
Katia van Dees (Hannah Ware) a única pessoa que parece ser capaz de localizar o
Dr. Litvenko (Ciarán Hinds), o cientista responsável por iniciar o programa dos
Agentes. 47 não é o único atrás de Litvenko, assim como ele, o operativo John
(Zachary Quinto), trabalha para um grupo criminoso que busca encontrá-lo para
reiniciar o programa.
A
trama parece bem simples e básica, como se espera de um filme de ação, feita
apenas para dar um mínimo de contexto à pancadaria e levá-la do ponto A ao
ponto B. O problema é que ela insiste em se complicar mais do que deveria
criando reviravoltas em cima de reviravoltas (muitas já mostradas no trailer)
que não levam a lugar nenhum e não acrescentam nada aos personagens, resultando
em uma bagunça confusa, cheia de furos e com vários elementos que nunca são
explicados, seja por escolha deliberada (para serem tratados em uma
continuação) ou puro descuido. A misteriosa organização à qual 47 serve, por
exemplo, jamais recebe qualquer atenção e o filme termina sem que saibamos quem
são aquelas pessoas ou o que elas pretendiam.
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Ação,
Aventura,
Crítica,
Ficção Científica
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Crítica - O Pequeno Príncipe
Por mais que eu adore o livro de
Antoine de Saint-Exupéry, vê-lo adaptado para o cinema sempre traz uma certa
apreensão, já que não se trata de uma obra simples, mas um texto rico, cheio de
metáforas e simbolismos que não são necessariamente fáceis de traduzir para as
telas. Felizmente este O Pequeno Príncipe
é uma versão bastante competente do tradicional conto e, apesar de algum
excesso de didatismo aqui e ali, consegue captar muito bem a força do texto
original.
A trama acompanha uma menina (Clara
Poincaré / Larissa Manoela) que se muda com sua mãe para ingressar em uma nova
e melhor escola. Na nova casa, sua mãe lhe impõe uma severa agenda para se
preparar para o começo das aulas, já que ela tem todo um plano de vida para a
garota. Ela, porém, começa a se aproximar do excêntrico vizinho, um velho
aviador (André Dussollier/ Marcos Caruso) que começa a lhe contar uma história
sobre um príncipe que conhecera quando seu avião caíra no deserto.
O filme acerta em seu belo design que constrói a cidade como um
lugar completamente padronizado, no qual todas as casas são iguais e com as
mesmas plantas, as cores são frias e sem vida e os adultos são seres
cadavéricos, quase como assombrações, como nos mostra a cena da entrevista no início.
Em oposição a isso, a casa do aviador é a única "fora do padrão", o
que sugere sua percepção de mundo diferente, e também o único local em que as
cores são vivas e marcantes. Nos momentos em que narra a história o filme, a
estética muda, com personagens que lembram estátuas de papel machê, quase como
se as ilustrações de Saint-Exupéry tivessem saltado das páginas e ganhado vida.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
Crítica - Exorcistas do Vaticano
Algumas
semanas atrás falei do péssimo terror A Forca e como ele era completamente incapaz de criar qualquer medo ou tensão
graças a uma trama frouxa e personagens pouco interessantes. Agora me deparo
com este Exorcistas do Vaticano, um
péssimo terror que, mais uma vez, é completamente incapaz de criar qualquer
medo ou tensão graças a uma trama frouxa e personagens pouco interessantes.
Sim,
eu copiei e colei parte da primeira fase na segunda, mas, bem, se o filme nem
se esforça para cumprir o mínimo daquilo que promete, porque eu deveria? Sim,
este é relativamente diferente de A Forca,
já que o primeiro é um "found
footage" e esse está mais próximo de um "filme de
exorcismo", tal qual O Exorcista
(1973), O Exorcismo de Emily Rose
(2005) ou O Último Exorcismo (2010,
que ironicamente teve uma continuação), mas a preguiça e o piloto automático
imperam tanto em A Forca quanto neste Exorcistas do Vaticano. A diferença é que muitos dos momentos de
terror deste filme são involuntariamente engraçados. Fico me perguntando como
filmes como esse chegam tão fácil aos cinemas enquanto que bons exemplares do
gênero como The Babadook ou Corrente do Mal (que parece que
finalmente irá estrear no fim de agosto) demoram tanto a chegar por aqui.
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
Crítica - A Escolha Perfeita 2
O
primeiro A Escolha Perfeita (2012)
era um musical de bastidores (ou backstage
musical) bem tradicional e formulaico, mas que funcionava graças aos
interessantes números musicais com versões a
capella de famosas canções pop, bem como a química entre o elenco. Esse
segundo filme é praticamente uma cópia carbono do primeiro, o que significa que
temos mais músicas bacanas, mas também uma repetição desgastada daquelas mesmas
estruturas pra lá de batidas que o anterior usava.
Aqui,
depois de passar vexame em uma apresentação, as Barden Bellas precisam provar
seu valor em uma competição entre grupos a
capella para recuperar seu prestígio e para isso precisarão da ajuda de uma
novata. Sim, é exatamente a mesma trama do primeiro filme e é repetida aqui sem
a menor vergonha. A diferença é que agora a competição é internacional e a
novata da vez é a aspirante a cantora Emily (Hailee Steinfeld)
Doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, pesquisador da área de cinema, mas também adora games e quadrinhos.
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